Foi o grande "companheiro" de palco e de disco de Maria Callas. Juntamente com Carlo Bergonzi, ainda vivo, é seguramente um dos maiores tenores italianos do século XX. Aquando da sua última aparição em Lisboa, decidiu vir de carro. Chegou cansado e a voz traiu-o. Aceitou acompanhar a Callas nas suas terríveis digressões "em concerto", três anos antes da morte da cantora. Ambos eram, tragicamente, apenas uma sombra dos anos de glória. Dirigidos por Karajan numa inesquecível e indispensável versão "ao vivo" da Lucia de Lamermoor ou, em estúdio, no Il Trovatore, ou ainda por de Sabata em Tosca, Callas e Di Stefano formaram uma extraordinária "dupla" que representa uma época do teatro lírico que não volta mais.
4 comentários:
Paz à sua alma,como à de todos os que viveram da e pela Música. Não tinha a fluidez e a beleza sonora inultrapassavel do Gigli,não tinha a elegância do Schipa(mas tambem não pretentia ser tenore di grazia) não tinha a aristocracia vocal do Bergonzi,mas é verdade que era mais "correcto" que os desbocados Monacos e Corellis(o ultimo tão estimado no nosso S.Carlos dos anos 50 e 60). O.K.,acompanhou a Callas,e,só isso já lhe garante com certeza um confortavel lugar no Paradiso.
Obrigada por este momento de esplendor; a «Tosca»!!!
Sim,sim,Cristina,mas sempre pensei que a Tosca do Sabbata,que é talvez a mais notavel realização gravada de qualquer ópera,vale sobretudo pela espantosa direcção do Sabbata,pela Callas inultrapassavel e pelo Gobbi,mais do que pelo Di Stefano. Mas nesta altura,como diziam os nossos ancestrais,"de mortuis nil nisi bonum".
Hélas,tambem tenho de me auto-corrigir; não é "Sabbata" o grande maestro,um dos maiores do século, ,mas Sabata,Victor de Sabata. Que ele me perdoe o lapso no Paradiso,onde acabou de acolher o Cavaradossi-Di Stefano.
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