De facto, Bettencourt Resendes e Luís Delgado (sobretudo este último que resfolega com quem quer que mande) pareciam dois parolos a comentar, na SIC Notícias, a despropositada reportagem "intimista" de Raquel Alexandra sobre Sócrates (passa na íntegra sábado à noite). Não houve um segundo naquela reportagem em que Sócrates fosse "espontâneo" ou "humano". Ter recebido a senhora à entrada de casa, ter ido com ela "tomar uma bica", mostrá-lo na cansativa corridinha ou ao telefone com Zapatero, em nenhum momento da reportagem se fugiu à propaganda política mais reles. Sócrates é tudo menos aquela figura artificalmente simpática que conquistou Delgado como, aliás, no passado, Santana Lopes havia, por igual, conquistado. O que Sócrates está a ensaiar, mais a sua pequena corte de conselheiros, é apenas uma outra "imagem" para 2009 com o trivial beneplácito de alguns jornalistas mais afoitos. Como os "experimentados" Resendes e Delgado, mais virão a seu tempo alinhar no embuste.
20 comentários:
Aquela conversa na SIC, espécie de conversa em família (?)da nova era, valia um bom estudo numa faculdade de psicologia.
Sobre a arte de representar e a capacidade de ser e não ser.
JB
Um fulano que tira um curso com cunhas e planta casebres ordinários na paisagem pode auto-intitular-se generoso? Eu acho que não: no mínimo está a roubar e a prejudicar toda a gente e o País.
Não é para admirar que os srs. jornaleiros, perdão: jornalistas, se tenham rendido de admiração pelo PM. Vale mais prevenir que remediar... Suponhamos que o dito PM volta a ser eleito com maioria. Há que defender, a tempo, a manutenção e/ou renovação dos tachos...
O Luís Delgado não mudou,está é rendido.Ele sabe porquê e nós suspeitamos.
Quanto áquela farsa,a SIC e as outras tv's são a mão que embala o berço...
... generoso ... para com o grotesco, os capitalistas, a insensabilidade aos desprotegidos, os 'afortunados' (leia-se lambe-botas, caciques ou afilhados) do regime ... enfim, com "tanta" genorosidade, em paradoxo ... NINGUÉM pode ser "generoso".
... nem mesmo um ENORME MENTIROSO ...
Até na colocação da voz se notava que estava a representar um "dado" papel
Impressionante (com laivos de maqievelismo)
TeB
... generoso ... para com o grotesco, os capitalistas, a insensabilidade aos desprotegidos, os 'afortunados' (leia-se lambe-botas, caciques ou afilhados) do regime ... enfim, com "tanta" genorosidade, em paradoxo ... NINGUÉM pode ser "generoso" ... nem mesmo um ENORME MENTIROSO ... como ele !
O pior é que já há muita gente a viver desta "coisa". Coitados dos outros...
Estão a admirar o "azul-PSD".
mas quem é, afinal, esse tal Delgado? ehehehe
O mais admirável consistiu na inusitada frequência de fulanos vestidos de fato e gravata que andavam numa fona, rua acima, rua abaixo... Quem eram? Personagens do Matrix? No Bairro Alto, num domingo de manhã bem cedo? Hummmmm, que estranho...*
*Afinal o Premier e a entrevistadora parece terem sido bem guardados por seguranças. Tudo na mesma, na frente ocidental, vulgo WC.
Cá estou eu de novo. Não é "expontâneo",meu caro,é espontâneo. Se é exigente para algumas coisas,seja-o tambem na ortografia,que só lhe fica bem. Quanto à suposta falta de espontaneidade do Sócrates,prefiro-ao popularunchismo (neologismo acabado de sair do forno) do Menezes,com a primária exploração dos filhinhos,ridiculo treino de futebol,barbeiro e tasca,etc.Gostos. O Sócrates foi "artificial"porque ele é naturalmente artificial. Mas manteve alguma dignidade e compostura perante as óbvias armadilhas deste tipo de entrevista. E não sou socrático,excepto quanto ao Mestre do Platão...
No seu post escreveu "expontâneo" assim, entre aspas, para mitigar a indecisão ortográfico e fazê-la passar por recurso estilístico?
Ou realmente não sabe que se escreve
ESPONTÂNEO
e não expontêneo?
Bons 'posts'!
não tempo para ver porcarias. os sabujos habituais estão sempre prontos para fazer jornalismo da voz do dono.
"quem paga manda dançar" ditado russo
Agradeço à brigada do prof. Casteleiro a chamada de atenção ortográfica pelo que me penitencio pelo erro "espontâneo".
Que é que você esperava daquelas rameiras da pluma? Quando cheira a poder e a umas borlas, o Resendes e o outro até rabiam.
Por mim Salazar, António Ferro, Caetano,... estão todos perdoados. É que estão mesmo perdoados. Dir-me-ão que, então, ou ia e aplaudia ou não ia e tinha de explicar muito bem porque não fui ou então ficava debaixo d'olho. Não é menos verdade que o mal não estava neles, estava na falta de televisão: se houvesse televisão sempre podia dizer que sim, que vi na televisão e não podiam saber se aplaudi ou não.
Tudo isto- a prostração dos jornalistas, dos patrões dos jorbalistas, as televisões, as reportagens intimistas - tudo isto é muito reles.Louvo a Deus por "a televisão" não ter cheiro. Tudo isto está muito pior do que se possa imaginar.
Penitencio-me e peço perdão a toodos os meus concidadãos por todas as ocasiões (e foram todas menos duas que não estava em Portugal - umas europeias e umas autárquicas)que com o meu voto expresso válido e explícito caucionei toda esta porcaria.Haja quem me perdõe!
David Oliveira
Valeu que na época não havia televisões pois, caso as houvesse teríamos a reportagem sobre a D. Maria mais as galinhas de Salazar. Seria também um retrato intimista de um homem generoso (todas as mães dizem o mesmo) que gostava de andar de pantufas.
Seria uma reportagem igual a esta para devolver a imagem de humanidade, de um homem que a tinha perdido.
Não insulte os simpáticos e atentos anónimos que amavelmente corrigem a sua por vezes cambaleante ortografia,invocando o sinistro Casteleiro,autor moral e material do criminoso desastre que nos espera com a aprovação do imbecil acordo que inutilmente abrasileirá ainda mais o pobre Português,afastando-o ainda mais das suas raízes greco-latinas. Abrenúncio!
Meu caro HKT: há coisas que não dependem apenas dos decisores televisivos mas sobretudo daqueles que se prestam e desejam ser objecto das atenções dos media. sócrates presta-se a isso pois é "vulgar" e considera que a reportagem sobre ele ser-lhe-á benéfica para as eleições que se avizinham. Outros há que nunca permitiriam a devassa da sua vida privada, seja com galinhas e com D. Marias ou com amantes pois tinham a lucidez de separar aquilo que era público do privado. Salazar era um desses, goste-se ou não da criatura. Até porque ele, com o seu regime, não precisava de se autopromover.
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