As aulas do terceiro período da Escola Carolina Michaëlis, no Porto, começam, por ordem da DREN, com uns minutinhos de "reflexão" e de "educação cívica". Também foi estabelecido que os telemóveis "apanhados" dentro das salas de aula serão confiscados. Quanto a isto, e depois do que se viu, quem é que terá coragem para confiscar telemóveis àqueles monstrinhos? De resto, é a mesma treta "pedagógica" e o experimentalismo a funcionarem. Não se fabrica "cidadãos" por passes de mágica. Muito menos se passa, de um dia para o outro, do jardim zoológico para a escola, sobretudo quando o experimentalismo e a "pedagogia" não têm feito outra coisa senão destruí-la. Não existe escola onde os professores têm medo de dar aulas.
16 comentários:
Você não passa disto. Vou deixar de o ler. Prometo que quando passar por Santa Comba, tentarei visitá-lo barbearia. Adeus.
O caso do Carolina Michaelis é apenas a ponta do iceberg, foi a face visível por mero acaso. Há escolas no Porto onde ser professor é uma aventura perigosa que se vai ultrapassando à custa do sacrifício da dignidade dos docentes. Oficialmente, contudo, está tudo bem, não há problema nenhum...viva a hipocrisia!!!
Enquanto os distintos estudiosos e doutos (por Fax) colegas governamentais vão estudando a complexa problemática,qualquer pessoa com sentido práctico e experiência de comando podia ir pondo tudo na linha.
Quando terminassem os aturados estudos,entretanto,o problema estaria também resolvido...
Se continuarmos a aplicar o método de para mudar uma cadeira pedirmos meia dúzia de estudos e uns tantos paraceres,consultas aos alunos,ao gato da vizinha,etc,vamos continuar a viver esta ficção tipo B ou C.
Penso que a ocorrência registada na escola Carolina Michaelis, no Porto, surgiu por mão divina, para bem dos professores quer querem exercer a sua actividade com dignidade e dos alunos que querem estudar e ser gente digna e de respeito. Isto já só lá vai com escândalo público.
Adeus caro anónimo das 10:50am, como dizem os brasileiros, não deixe a porta bater-lhe na bunda ao sair.
É preciso dar um passo mais. Não é apenas a indisciplina que não deve ser tolerada. É também a cabulice e a batota. Talvez este vídeo tenha sido uma graça dos céus. É preciso dizer aos portugueses que os alunos têm deveres (assim mesmo, é estranho, mas são mesmo deveres), entre eles o do respeito aos outros, o do estudo (sim, é um dever) e o de não fazer batota.
O problema é que se acha normal o aluno não lhe apetecer estudar, ou é normalíssimo copiar para obter resultados positivos. Esta permissividade já antiga formata os futuros cidadãos.
Chamo ainda a atenção para as políticas educativas deste governo: estão a sustentar uma permissividade com atitudes adversas à aprendizagem inaceitável. E não é só o famigerado estatuto do aluno.
Caro João Gonçalves
Louvo a sua "teimosia" em cismar neste assunto. O termo "Escola" não é o apropriado mas algo perto de "Jardim Zoológico", como bem sugere! Por muito que custe a aceitar a escola não funciona pois todos os limites, parâmetros e princípios que instituiam esse sistema eclipsou-se. Ninguém tem culpa? Tem! O abandalhamento começa nas leis, digo, no glorioso abrilismo e acaba no povão que sonha com o "prometido" canudo que há-de converter e igualar tudo e todos. Pior, só a febre estatística que bacocamente teima em produzir licenciados à força para nos "igualar" à europa. Resultado: cada vez mais burros e mais malcriados. Os professores? Passaram de mentores a joguetes/paus-mandados.
Sempre me pareceu simples pôr o ensino na ordem e sem precisar de grandes divagações filosóficas, que dão no que dão, como pode ver-se no Estatuto do Aluno. Leccionei num instituto militar e nunca me passou, sequer, pela cabeça que um aluno não se comportasse civicamente. Se isso acontecesse, havia que atalhar de imediato, de acordo com RDM. Ali, todos estavamos cientes quem mandava. Dando um exemplo compreensível, a falta de disciplina deve ser atacada como um incêndio: muito rapidamente enquanto as coisas estão no princípio, sem necessidade de recorrer a grandes meios e antes que o fogo alastre. O resto está na competência e no respeito mútuo.
Que exagero! As entrevistas aos pais e alunos da escola C. M. não corroboram esta ideia de um quadro negro com monstros, macacos e tudo o mais.
Vejo muitos destes miúdos no metro, e são apenas miúdos como os outros. Pelo menos no metro eles "sabem estar".
Proponho que o Lemos, o Pedreira e, já agora, a Milu Rodrigues sejam destacados para a escola C.M. e colocados a 'dar' aulas à turma da 'menina' guerreira.
Assim, "ENSINARIAM" os professores como lidar com a indisciplina, em vez de, pública e constantemente, retirarem a autoridade a quem tem a nobre missão de ensinar.
Não posso, sequer, duvidar dos "óptimos" resultados daquele "trio de ataque" ... de estéril, oco e fétido blá-blá.
Se apenas os conhece do metro,peça a Deus para não os conhecer no kilómetro!
As suas palavras dão razão aos comentários.
Se conseguem comportar-se bem em determinados locais e junto das mamãs e papás,que não conhecem o seu lado primitivesco,então porque se sentirão livres para dar largas aos seus maus instintos nas escolas?
Está bom de ver,não?
O que me parece deveras extraordinário é verificar que, após tudo aquilo que vimos e que posteriormente ouvimos quanto a este caso, ainda haja lugar para o politiquêsmente correcto. O João está a pecar, sim. Por moderação. Porque o que se ouve na rua e no café, é pior, MUITO pior.
O aluno que filmou a cena no Carolina não devia ser punido. Goza de uma atenuante extraordinária: se não fosse a sua imprevidente mas premonitória decisão de registar o facto, ninguém tinha tido este ensejo fantástico (e o gozo orgástico) de palpitar sobre a Escola, a Educação, a Autoridade, Alunos vs Profes, a Cidadania e a Democracia, acordando mais uma vez periodicamente da letargia quotidiana para se insurgir. Sim, porque de vez em quando lá se gosta de exercer o direito à indignação para variar do «deixa andar» costumeiro. Para mim, este aluno, o «gaijo» debia dar-se-le o prémio de reailização do próximo FANTASPORTO.
À porta do banco onde trabalho passam todas as manhãs magotes de meninos e meninas a caminho da escola secundária vizinha. Basta observar o desfile e ouvir as conversas para se ter uma noção aterradora de quais são os valores e como vai a educação e a juventude neste país. São verdadeiros marginais em evolução e, curiosamente, em matéria de linguagem desbragada e de percentagem de cigarrinho nos dedos, elas não ficam atrás. Bem pelo contrário. O qualificativo do Vicente Jorge Silva afirma-se cada vez mais verdadeiro. Oficialmente, está tudo controlado. Não há problema nenhum, estamos a melhorar os índices do sucesso escolar. Pois...
"deixem-nos fazer porcarias à nossa vontade". voltou a ribaldaria carago! vamos à Boa ver tripas à carola
SE querem saber o que nos espera leiam a time desta semana: U.K.Youth - the kids aren't all right
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