30.5.07

MORTE OU GLÓRIA - 2

Só quem serviu as forças armadas, fosse em teatro de guerra, no Ultramar, fosse aqui, após o "25/4", pode perceber o texto que a seguir transcrevo.

"Podem vender arrendar ou destruir o Regimento Lanceiros 2 mas jamais poderão destruir o Espírito de tantos Lanceiros que por aí passaram.Um lanceiro desde Caracas Venezuela da CPM 8247 "OS ÍNDIOS".Um abraço para todos os Lanceiros da velha e nova geração.

Artur Pereira 062511/73."

"Morte ou Glória"

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro João:

O Regimento de Lanceiros 2, antigo Regimento de Lanceiros da Rainha (D. Maria I), do qual el-rei D. Carlos foi oficial honorário, enfim uma Unidade coberta de honra e plena de História encontra-se em vias de sucumbir à lógica do camartelo, que é a lógica dos energúmenos que tomaram de assalto este pobre país em 1974. Dessa História, convirá reter que Sidónio Pais encontrou ali uma unidade leal e patriótica, que o ajudou a apear os corsários da chamada «república velha», a de Afonso Costa, João Chagas, António José de Almeida e «tutti quanti». No trágico dia 25 de Abril, foi a única Unidade que resistiu, heroicamente, ao golpe militar dos esfaimados que, para nossa desgraça, hoje mandam. Sei do que falo, porque eu próprio ali cumpria o meu serviço militar nesse dia de má memória. Resistimos até ao fim da tarde, e só depusemos armas depois de cercados pelas Panhards da tropa fandanga do Grândola Vila Morena. Aguentámos quase 20 horas, o que, para mim, continua a ser um feito de que muito me orgulho e de que me não canso de transmitir à minha família e aos meus amigos. Agora que o garboso «Morte ou Glória» vai desaparecer, quero dirigir daqui uma palavra de profunda admiração - e em continência - ao coronel Pinto Bessa (Comandante), ao major Paula Santos, ao capitão Cebola, ao tenente Ravasco, tudo homens de uma só cara, homens corajosos que fizeram frente aos meliantes do Otelo até onde foi possível. Bem-haja João, ex-Lanceiro como eu, por ter publicado este post, pois só avivando a memória é que se conseguirá derrotar de vez o 25 de Abril e reencontrar Portugal. 25 de Abril, nunca!

Anónimo disse...

A tempo: onde se lê (D. Maria I) deve ler-se (D. Maria II).

Anónimo disse...

Caro João,
TAVIRA VERÃO DE 1986 - PELOTÃO DE JURISTAS
Para além dos óbvios juristas e advogados, uns mais conhecidos que outros.
Deu um “clone”!
E, um excelente e perspicaz “bloggista” e aprumado lanceiro!
A “tropa”, no saudoso Serviço Militar Obrigatório, transmitiu à nossa geração, mesmo aos que já estavam preparados para a “vidinha” com licenciaturas, mestrados e até doutoramentos (nesse tempo ainda não havia a U.I. e similares, bem ... na verdade havia “batatada” na Livre), ensinamentos de “vida”, de grupo e camaradagem e sentimentos de serviço e dever perante a Pátria, que nenhuma Universidade dá.
Não queria que os meus filhos passassem pelo que as heróicas gerações que nos precederam sofreram, inglóriamente, no Ultramar, mas estou certo que um S.M.O. não seria, para eles, tempo perdido, até porque, como já “comentei” anteriormente, o S.M.O. era a expressão máxima do verdadeiro poder nas mãos do povo, que o Estado Novo não temeu, mas estes “democratas” de pacotilha trataram de destruir para se fazerem guardar por “profissionais”. Quem tem cu tem medo!
R.A.I.

Anónimo disse...

Lanceiros 2 era um Regimento de Cavalaria que, até ao funesto 25/4 cultivava, nas suas tropas, as Mais Nobres Virtudes Militares e cívicas.
Tenho orgulho de nele ter servido como Oficial Miliciano de Cavalaria
durante quase 3 anos com mais 27 meses de comissão em Angola, durante os anos 60 (62-67).
É pena que tenham acabado com o SMO que tão útil era para País.
F. d'Aguiar