O Salazar é que havia de aparecer cá para isto tudo com moral! A moral obrigatória! O João Gonçalves é taxista? Porque não vai para um convento? Assino anónimo porque com pessoas com o João nunca se sabe.
Mas somos obrigados a ler coisas quase inenarráveis!!! Dois exemplos:
1) No Diário de Notícias de 12 deste mês, um tal João Miranda, investigador de profissão, escreve um artigo sobre Ópera, área da cultura que se presume tenha investigado. E que propõe? Nada mais, nada menos do que a sua extinção, porque só interessa a uma minoria e essa minoria é composta por ricos. Recorrendo a direitos positivos e negativos, conclui que é uma maioria de pobres que sustenta uma actividade sem qualquer interesse e manifestamente elitista.
Que possa haver alguém a expender tal opinião é já em si um espanto. Agora, que um jornal com a história e a responsabilidade do Diário de Notícas publique semelhante artigo "de opinião" ultrapassa os limites não só do bom gosto mas também do bom senso e do respeito dos leitores. Assim vai a nossa imprensa.
2) No PÚBLICO de hoje, Nuno Pacheco escreve que uma anciã de 70 anos, em tratamento em Oncologia, vai agora ser julgada por se ter apropriado há um ano num supermercado de um creme (que aliás devolveu na ocasião) no valor de 3,99 euros. O preço de uma bica num hotel de luxo. Claro que se deve punir quem furta. Mas é necessário um mínimo de bom senso, e também de bom gosto. A menos que andemos a brincar aos tribunais. Assim vai a nossa justiça.
O João é um cómico, também ninguém é obrigado a ser de esquerda, mas o João enxovalha (pelo menos tenta) a esquerda neste espaço todo o santo dia. É porquê? Porque a esquerda está no poder e mexe com o seu quotidiano e esferas sociais e económicas? Pois, é mais ou menos como o poder que a Igreja Católica se arroga ter neste nosso Portugal. E mal estaria (ainda mais) a Igreja se só falasse para dentro e para quem bebe nela a sua praxis.
Para dizer a verdade, é-se realmente obrigado a ser-se cristão. Tanto quanto sei ainda ninguém perguntou a opinião aos milhões de bebézinhos com umas semanitas de vida que são baptizados sem serem tidos nem achados. E a partir daí são cristãos, é que não tenham dúvidas.
5 comentários:
O Salazar é que havia de aparecer cá para isto tudo com moral! A moral obrigatória! O João Gonçalves é taxista? Porque não vai para um convento? Assino anónimo porque com pessoas com o João nunca se sabe.
Ninguém é obrigado a ser cristão!
Mas somos obrigados a ler coisas quase inenarráveis!!! Dois exemplos:
1) No Diário de Notícias de 12 deste mês, um tal João Miranda, investigador de profissão, escreve um artigo sobre Ópera, área da cultura que se presume tenha investigado. E que propõe? Nada mais, nada menos do que a sua extinção, porque só interessa a uma minoria e essa minoria é composta por ricos. Recorrendo a direitos positivos e negativos, conclui que é uma maioria de pobres que sustenta uma actividade sem qualquer interesse e manifestamente elitista.
Que possa haver alguém a expender tal opinião é já em si um espanto. Agora, que um jornal com a história e a responsabilidade do Diário de Notícas publique semelhante artigo "de opinião" ultrapassa os limites não só do bom gosto mas também do bom senso e do respeito dos leitores. Assim vai a nossa imprensa.
2) No PÚBLICO de hoje, Nuno Pacheco escreve que uma anciã de 70 anos, em tratamento em Oncologia, vai agora ser julgada por se ter apropriado há um ano num supermercado de um creme (que aliás devolveu na ocasião) no valor
de 3,99 euros. O preço de uma bica num hotel de luxo. Claro que se deve punir quem furta. Mas é necessário um mínimo de bom senso, e também de bom gosto. A menos que andemos a brincar aos tribunais. Assim vai a nossa justiça.
O João é um cómico, também ninguém é obrigado a ser de esquerda, mas o João enxovalha (pelo menos tenta) a esquerda neste espaço todo o santo dia. É porquê? Porque a esquerda está no poder e mexe com o seu quotidiano e esferas sociais e económicas? Pois, é mais ou menos como o poder que a Igreja Católica se arroga ter neste nosso Portugal. E mal estaria (ainda mais) a Igreja se só falasse para dentro e para quem bebe nela a sua praxis.
Bem!Ninguém obriga ninguém.
Para dizer a verdade, é-se realmente obrigado a ser-se cristão. Tanto quanto sei ainda ninguém perguntou a opinião aos milhões de bebézinhos com umas semanitas de vida que são baptizados sem serem tidos nem achados. E a partir daí são cristãos, é que não tenham dúvidas.
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