Parece que uma actriz brasileira - daquelas que estão sempre a fazer juras ao eterno amor luso-brasileiro - gozou literalmente com a nossa querida pátria. Vai daí levantou-se um coro de carpideiras e de prosélitos contra a pequena idiotia. O mais extraordinário não é a actriz ter gozado com "isto" na televisão brasileira. O que impressiona mesmo é verificar como, num país que nem se respeita nem se dá ao respeito, se indignam facilmente com palhaçadas alheias quando vivem permanentemente numa tenda de circo vai para trinta e seis anos.
9 comentários:
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FALA O DESILUDIDO - Eu procurava homens grandes, nunca encontrei mais do que macacos de imitação do seu próprio ideal.
Diogo Torralva
Foi só Albert Einstein que escreveu que «a estupidez humana dá ideia do Infinito...»
Ainda um menino, de nome Sousa Tavares, que, pelos visto, cheirou tal bichaninha, vai dizendo (CM, hoje) que nós portugueses somos provincianos, falhos de sentido de humor. Onde está a graça? Nojo, que já vomitamos, não cuspimos, como essa menina-bem Maitê nomeada, estes, estas, outros, outras donos, donas amestrados do ESPECTÁCULO.
Ela até é engraçadita, mas como actriz é um fracasso.
"quando vivem permanentemente numa tenda de circo vai para trinta e seis anos"
infelizmente não é verdade; se assim fosse, de facto, com esta nova lei que proíbe animais raros nos circos poderiamos finalmente ter alguma esperança no futuro...
Mais pena tenho da SIC=Regime. Que deve ter contrato pago (e bem pago) e assinado com a Globo para o exclusivo das novelas brasileiras até lá para 2050, e estas já não dão as audiências de outros tempos. Onde vai o Balsemão buscar o argent para manter a funcionar o canal de propaganda do mini Costa, mais os seus Fedorentos, Eixos e Expressos do Regime portanto? Farto de perder dinheiro já ameaçou há uns tempos fechar-lhes a torneira.
Quanto às indignações patrioteiras dos tuguex, já dizia Ayn Rand qualquer coisa como "a man who surrenders his value is at the mercy of anyones will". Os que livremente entregaram o seu amor-próprio há quase 40 anos e desde então o acentuaram, estes episódios esporádicos de indignação, de "ser português", estão ao nível dos acessos do patriotismo futeboleiro das bandeiras do PRP com os pagodes chineses penduradas às janelas à chuva e ao vento durante anos. São histéricos e volúveis como mulheres. No país dos gajos porreiros que nem se respeitam não se dão ao respeito, estas reacções de choque e despeito fazem lembrar o premier Sócretino quando berra indignado na sua voz aguda: ninguém leva a sério e só é passível de suscitar riso.
"O que impressiona mesmo é verificar como, num país que nem se respeita nem se dá ao respeito, se indignam facilmente com palhaçadas alheias quando vivem permanentemente numa tenda de circo vai para trinta e seis anos."
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Lapidar!!!
Anda metade do país indignado com o vídeo que Maitê Proença fez para o programa brasileiro Saia Justa. Penso que a intenção desta senhora não era insultar quem quer que seja. Maitê pretendeu, mais uma vez, fazer humor e saiu-se mal.
Pode-se fazer humor com Portugal. Não é tabu e os nossos melhores artistas têm, ao longo de séculos, mostrado a sua mestria, criticando o país e corrigindo os costumes.
Dizem os entendidos que o humor é das formas de teatro mais difíceis de realizar. Ter graça não está ao alcance de qualquer um, mesmo daqueles actores que representam muito bem o género dramático.
Maitê não conhece as ferramentas do humor: a ironia, a sátira, a hipérbole, o sarcasmo… Estranharia certamente as farsas e os autos de Gil Vicente, se alguma vez os tivesse lido. Para fazer humor é preciso uma inteligência específica e o domínio de certas técnicas. Quando tais capacidades não existem, o melhor é não tentar ter graça. O risco é muito grande. Pode-se cair no “gozo” puro e simples, que é uma manobra defensiva quando o jeito está ausente. Gozar é próprio dos tolos. E suscita pena por parte de quem vê. Revela sempre ignorância e falta de atributos intelectuais.
Maitê Proença não tem os atributos necessários e, por essa razão protagonizou um espectáculo deprimente, auxiliada por umas hienas que acham piada a qualquer coisa.
Actrizes consagradas como Fernanda Montenegro, Denise Fraga ou Tônia Carrero nunca fariam um sketch deste teor. Sabem que o humor exige trabalho e um esforço de representação. Quando satirizam, fazem-no com classe e profissionalismo. Nunca entrariam numa palhaçada de mau gosto como esta porque entendem que a hospitalidade paga-se com gratidão.
Maitê Proença não é uma comediante a sério. Nem sequer é uma actriz. Foi em tempos um objecto sexual e daí tirou os seus dividendos. Actualmente, com o peso da idade, já nem isso consegue ser. Tem que se disfarçar de actriz, poetisa, humorista. Só acredita nesta triste farsa quem tiver vistas curtas. Quem tem dois dedos de testa, sabe ver a diferença entre um bom palhaço e uma trocista de ocasião.
No Brasil, a comédia é ainda mais importante do que na generalidade dos países. Entretém e faz esquecer. Tem uma função anestésica para a maioria dos brasileiros que vive num cenário de extrema pobreza, de corrupção ao mais alto nível, com índices assustadores de criminalidade violenta. Fazer esquecer toda a miséria do Brasil é uma tarefa árdua para actores a sério, aqueles que sabem ter graça. Protagonizando um vídeo de tão má qualidade, Maitê falha na sua tarefa de pôr a rir aqueles que vivem nas favelas, que são assaltados todos os dias, que ganham salários de fome.
Acima de quaisquer más intenções, este vídeo revela a falta de talento de uma mulher que se tornou conhecida por participar em cenas eróticas.
Gostei muito do comentário do anónimo das 6:07PM
"vivem permanentemente num circo vai para trinta e seis anos"??? eu diria mais, vivem permanentemente num circo vai para 866 anos...
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