A forma como os "correspondentes" das televisões na Irlanda estão a "cobrir" o referendo à constituição europeia - conhecida por aí como Tratado de Lisboa - é elucidativa. Apresentam como dado adquirido a vitória do "sim" com um argumentário digno do mais infantil dos panfletos que Bruxelas jamais poderia produzir. Mais. Reduzem a Irlanda a um país insignificante, cuja população corresponde "apenas" a 1% do total da Europa (como se nós fossemos gigantescos e um "modelo" de europeus) e que não faz mais do que maçar os outros com a sua impertinência democrática. Estes "correspondentes" parecem mais umas esfregonas bruxelenses do que verdadeiros jornalistas. Na verdade, o que é que se pode esperar duma "escola" que começou aqui?
4 comentários:
"Na verdade, o que é que se pode esperar duma "escola" que começou aqui?"
Sim, por cá temos a escola da adivinhação clarividente. Quando vão para fora, vão fazer o doutoramento em serem aguadeiros de pé-rapado do poder.
Cada vez mais me vejo obrigado a esperar pela madrugada para seguir a emissão da Euronews no Canal 2 e assim poder ter uma informação televisiva com um mínimo de qualidade.
Constato o crescente recurso às aspas para pretender negar o significado das palavras entre as ditas.
Dois dos vocábulos em que esta necessidade, de longe, se tem vindo a impor, respeitam a "notícia" e a "jornalista".
Conjugando esta constatação com este post do João Gonçalves relativo à doença de que padecem os "correspondentes" no estrangeiro, à falta de recurso a um Orwell, só me ocorre a solução das duplas aspas. Qualquer coisa como ""jornalistas"" correspondentes.
Essas esfregonas, pelo que vi e ouvi, não percebem nada. Nem da Irlanda nem do carácter dos Irlandeses. E ainda me ri de um inchado, com a mania que é superior aos indígenas. O coitado nunca deve ter lido uma linha, de um, dos quatro Nobel da literatura.
Um Irish, bebe um pint e mija na esfregona.
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