16.6.09

A VIA RUSSA DO SENHOR AHMADINEJAD

Enquanto batalhões de "especialistas" ocidentais derramam nos jornais, nas televisões e nos blogues sobre o Irão e o sr. Mahmoud Ahmadinejad, a criatura voou até à Rússia para tratar, muito adequadamente, da vida dele. E da do Irão. Pensem nisso e deixem-se de "tratados" inúteis sobre eleições, sondagens e democracia. Esta mania de "exportar" valores (os nossos, muitos dos quais, aliás, nada recomendáveis) para além de cega, não leva a lado algum. Em compensação, o sr. Mahmoud Ahmadinejad sabe muito bem para onde vai.

12 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Pois abe e melhor seria se por lá ficasse a deglutir bliniss e bortsch. A miudagem de Teerão já tem imensos objectos "decorativos" para pendurar nos postes de iluminação de Teerão e Ahmadinedjad é uma fraca gambiarra.

alexandre o médio disse...

post repugnante

acabaste de relativizar o combate à tirania como uma "exportação dos nossos valores, muitos dos quais nada recomendáveis".

estás tão empenhado em combater preconceitos que perdeste a noção do que vale a pena ser combatido

é uma pena

garganta funda.... disse...

Dá-me vontade de rir, ao ler e ouvir as análises apaixonadas dos "nossos" comentadores, jornalistas, intelectuais, enfim, democratas, sobre o Irão e toda aquela faixa geo-politica, religiosa e civilizacional do planeta.

Faz-me lembrar as nossas exportações (Europa e América)de "socialismo", "democracia" e "direitos humanos" para África...

Em pouco tempo, África, nas décadas de 80 e 90 regressou aos tempos de Diogo Cão...

Anónimo disse...

É ainda pior. Se ao menos estes imbecis percebessem que só um povo com acesso a informação, culto e corajoso teria este comportamento... Mas faço um desafio, e eu sei porque conheço alguém que ali viveu sete anos, sete. Onde há mais livrarias, em Lisboa ou na capital iraniana? E gente a ler livros, e gente culta, etc etc. Vá lá, era um bom exercício! Quanto ao armandinojad, nada a dizer, cretinos há em todo o lado!
Rita

Anónimo disse...

Personagens que (já) fizeram igualmente história:

O xeque Ahmed Yassin, fundador e guia espiritual do grupo de resistência palestino Hamas, foi "assassinado" por um ataque aéreo israelense.

Do xeque Yassin, sobraram apenas os aros da cadeira de rodas.

A

Rui

PS. Era mau como as cobras.

vasco disse...

Imagino as rodinhas da cadeira de rodas a girar sozinhas, meio empenadas, com um ligeiro tiquetreado de ferro, para usar a expressão de Baudelaire.

Anónimo disse...

Bom conjunto de fotos destes tumultos

http://www.boston.com/bigpicture/2009/06/irans_disputed_election.html

Obviamente demito-o disse...

Deixem o anão pintelhudo tratar da sua vida sim, que Israel se transforme de oásis no meio do deserto a uma cratera coberta de nuvens de radiação. Pode ser que depois a Europa dos cães infiéis seja poupada à fúria da sacrossanta Jihad. A questão who made who já não se pôe: antes tratar com soviéticos reciclados do que com fanáticos religiosos. Longe, muito longe. Também gostava de estar em Isfahan, mas isso não altera nada.

Dr. Merkürdigliebe

Anónimo disse...

E a Russia não perdeu tempo a dizer que as eleições do sr. Ahmadineijad eram um assunto interno do Irão. A população faz o que pode e vai deixando os seus mártires na rua.
As economias estão a sobrepor-se aos hábitos democráticos e outros "empecilhos". Por cá é o que se vê: não somos bom exemplo para ninguém, mas o líder já fala em humildade. Ahmadinejav, como Sócrates, agarra-se ao poleiro.

observador disse...

" o sr. Mahmoud Ahmadinejad sabe muito bem para onde vai."

Pois!

Mais um émulo de S?

João Gonçalves disse...

Vc, observador, é tão tristemente patético. Vê-se mesmo a origem... da espécie. Cumprimentos.

observador disse...

Concordo consigo, no que diz respeito à origem comum da "espécie".

Em ambos os casos, temos:
- a reverência religiosa, de cariz único e exclusivo face ás restantes religiões;
- serem out-sideres(?) das elites usuais, sobre as quais teem uma visão "justicialista";
- apoiarem-se nos elementos mais "rústicos" e iletrados da população;
- ambos se procuram apresentar como "pessoas simples" que chegaram ao poder por vontade divina;
- ambos teem uma argumentação rendilhada.

Enfim, poderia continuar com paralelismos, para lhe demonstrar que usam isso, do mesmo modo que outros usam fatos Armani ....