23.6.09

A FICÇÃO DEMOCRÁTICA


«No meio da hecatombe, salva-se naturalmente o PS: o PS que quer ter uma palavra a dizer sobre o novo programa do dr. Vitorino, o PS que vai finalmente ser ouvido, o PS que já, na última Comissão Política, conseguiu debitar umas opiniões perante a complacência do chefe. Infelizmente, esse PS, com que sonha agora o PS, deixou pura e simplesmente de existir: neste últimos quatro anos, transformou-se numa mera caixa de ressonância do Governo, onde predominam Lelos e companhia, incapaz de transmitir qualquer sinal exterior de inteligência política. Resta, portanto, por muito que isso custe a algumas sibilas retroactivas, o eng. Sócrates e a sombra dos seus ministros. Com mais ou menos simpatias, com mais ou menos sorrisos, é ele que irá a votos nas próximas legislativas. Não o PS, essa ficção democrática que, com ele, deixou de existir. E, sem ele, pagará caro o facto de não ter existido.»

Constança Cunha e Sá, Correio da Manhã

3 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Cada vez se parece mais com o Partido Progressista de há cem anos. O pior é que o ersatz dos Regeneradores não vale grande coisa, se excluirmos a chefe.

Anónimo disse...

Dado o cunho populista do "Admirável Líder", aqui fica a "sensibilidade para memória futura", e isso na sequência de uma reflexão a um "post" colocado pelo João relativamente ao Prós & Contras.

Do sucesso que tem sido o branqueamento de "ilicitudes" cometidas pelas Fátimas Felgueiras, Isaltinos Morais & Cª, será que o "nosso admirável lider" não irá cair na tentação de "nivelar" pela mesma bitola!

Será o sufrágio legislativo, o suficiente e necessário do povo português para que o passado ainda recente acabe por "prescrever"?

Fica a "dica".

A

Rui

PS.: Respeitinho portanto:

"Miserere" - Zucchero with Andrea Bocelli - Luciano Pavarotti

Pequenino disse...

este rapaz é espantosamente ignorante. nada sabe de nada, mas persiste na ilusão de que tudo sabe.