8.10.08

OS RELAÇÕES PÚBLICAS


A versão "oficial" é que o Estado não "contratou" com a empresa que "fabrica" os "Magalhães". Só as "operadoras" de internet é que trataram com a JP Sá Couto. Muito bem. Assim sendo, significa que vinte e tal membros do governo de Portugal, desde o primeiro-ministro ao mais remoto secretário de Estado, fazem part-time como "relações públicas" das referidas operadoras e do sr. Sá Couto. Um luxo. Talvez asiático. Talvez latino-americano.

9 comentários:

Anónimo disse...

as empresas de telecomunicações contrataram com a jp sa couto por ordem do plano tecnológico e do secretário de estado paulo campos, a quem coube coordenar esta operação de marketing. tudo o resto é fantastia. se cada um dos operadores tivesse liberdade de escolher o forncedor de hardware, teria optado por quem quisessem. p ex, pelo portátil asus, mais barato e confiável.

Anónimo disse...

Caro João,

É a ética republicana em todo o seu esplendor...

Anónimo disse...

Cheira-me que estas notícias foram colocadas por alguém que também tem dívidas ao estado (e se apropriou dos célebres fundos europeus dos anos 80) e está com inveja por desta vez ter sido preterido na distribuição do bolo.
Business as usual aqui no rectângulo, a norte de Africa

Fernando Antolin disse...

Lobo Xavier,na "Quadratura do Círculo",repetiu mais que uma vez que as operadoras de telecomunicações não tinham parte neste negócio.Penso que o fez com conhecimento de causa,ainda que com a natural reserva que a sua condição de advogado,eventualmente com clientes nessa àrea,impunha.Insiste-se na tese que é tudo "negócio" doutros.Bom,temos então um Governo de delegados comerciais.Certo,sempre por bom caminho...e segue. :-((

Bmonteiro disse...

Aliás, comentava um coronel meu amigo, num almoço de fim de semana: ele passa a vida em eventos públicos, numa roda viva sem parar. Que tempo lhe resta, de que tempo dispõe, para o estudo e a reflexão?
Esta tarde na AR, em resposta à oposição: «é preciso ter lido história da economia social do século XX, anos vinte» (!)... em reacção ás criticas sobre os projectos das mega obras públicas.
1º. Ainda bem que o PM, com a sua licenciatura em engenharia civil, teve tambem tempo para ler economia.
2º. Não deve ter lido sobre o século XIX, o fontismo do regime liberal, e a banca rota de 1892.
Admitindo até, que este governo tenha andado a fazer algo do que era preciso fazer.
Lamentàvelmente, pouco e mal, tirando um ou outro sector.
BM

VANGUARDISTA disse...

Não papa, eu não fui às putas, eu só fiquei a ver o "serviçinho" feito ao Tózinho!
Desculpas destas só de meninos do 1º ciclo.
Falta de vergonha, desonestidade moral e cívica!
Que patranhice!.
Que nojo!
Merda de governantes ... e de governados!

Anónimo disse...

"Onde morre a vergonha nascem os expedientes desonrosos"
Camilo Castelo Branco

Anónimo disse...

Temos que ficar satisfeitos! Olha se as "operadoras" (continuo com dúvidas se de facto foram as "operadoras) têm comprado esses coputadores a uma empresa ligada ao Bin-Laden ou a narcotraficantes mexicanos!?
Quanto ao resto, temos que achar normal que toda essa "corte" tenha servido de relações públicas dessas empresas: é uma espécie de estágio - quando saírem do governo quantos deles não irão para os concelhos de administração dessas empresas?

Anónimo disse...

Mas qual foi o papel do bom do Estado, neste negócio entre fabricante e empresa(s) de telecomincações? Não se sabe.
Pela “sessão de apresentação” apadrinhada pelo governo, o produto “Magalhães” beneficiou de grande marketing, até excessivo, lá isso é verdade.
(Até pensei que a encomenda do Magalhães tinha partido do governo…)
A tal ponto, que fiquei mesmo com uma dúvida: se iria comprar o chorudo Magalhães ou se iria votar no José Sócrates.

E que tal se o governo se preocupasse com a educação, e também por exemplo, com a distribuição atempada dos livros escolares, que tardam a chegar? Não o faz, pois mais importante, é cimentar uma rede preferencial de negócios, um trampolim para outros saltos.