Perdoem-me as almas mais sensíveis, mas Saramago não me interessa nada. Já li do homem o que tinha a ler. E jamais me passaria pela cabeça dar atenção a uma conversa entre ele e a mulher, a fatal Pilar. O Expresso, o "diário da manhã" semanal do regime, dedicou-lhes ontem uma revista praticamente inteira. Parece que o confundem com o "esplendor de Portugal". Ao estado a que isto chegou, se calhar têm razão.
18 comentários:
Não seja mau... Olhe em volta logo aqui ao lado (Espanha) Saramago não é o esplendor é o sistema solar. Goste ou não goste não altera o merito de quem o tem.
Por acaso li quase um quarto de Memorial do Convento. Quanto ao que Saramago é, aqui ou em Espanha ou no diabo que o leve, quer dizer só uma coisa: Saramago vende. E depois isso é o quê ?!
Saramago é horrível como pessoa e como escritor. Não presta.
Não tem qualquer mérito. A sua campanha de perseguição a colegas de profissão ilustra bem o perfil moral da criatura.
É incrivel onde chega o fanatismo politico, só por o Grande Saramago ser comunista há que o menosprezar. Infelizmente Portugal carece de referências internacionais e até nacionais. Sendo um País onde a sua língua é falada nos 5 continentes e onde a língua é o seu grande embaixador, Saramago oferece-nos isso mesmo a maior referência cultural viva de Portugal e dos Portugueses no mundo fora e é sem dúvida o nosso Esplendor.
A entrevista é útil, por confirmar que o sujeito está completamente cheché e tanto ele como a mulher não têm nada a dizer, coisa que, aliás, acontece há vários anos.
Adicionalmente, mostra o absurdo da casinha da Câmara - nem mais nem menos que a Casa dos Bicos, calcule-se! - que o Costa acabou de dar ao necessitado casal.
Vao falar e ver em que condicoes ele xaramagu deixou antigos trabalhadores do defunto DIARIO DENOTICIAS. Na av da LIBERDADE!
"Aprendemos das lições da vida que de pouco nos poderá servir uma democracia política, por mais equilibrada que pareça apresentar-se nas suas estruturas internas e no seu funcionamento institucional, se não tiver sido constituída como raiz de uma efectiva e concreta democracia económica e de uma não menos concreta e efectiva democracia cultural. Dizê-lo nos dias de hoje há-de parecer um exausto lugar-comum de certas inquietações ideológicas do passado, mas seria fechar os olhos à simples verdade histórica não reconhecer que aquela trindade democrática – política, económica, cultural -, cada uma delas complementar e potenciadora das outras, representou, no tempo da sua prosperidade como ideia de futuro, uma das mais apaixonantes bandeiras cívicas que alguma vez, na história recente, foram capazes de despertar consciências, mobilizar vontades, comover corações. Hoje, desprezadas e atiradas para o lixo das fórmulas que o uso cansou e desnaturou, a ideia de democracia económica deu lugar a um mercado obscenamente triunfante, finalmente a braços com uma gravíssima crise na sua vertente financeira, ao passo que a ideia de democracia cultural acabou por ser substituída por uma alienante massificação industrial das culturas. Não progredimos, retrocedemos. E cada vez se irá tornando mais absurdo falar de democracia se teimarmos no equívoco de a identificar unicamente com as suas expressões quantitativas e mecânicas que se chamam partidos, parlamentos e governos, sem atender ao seu conteúdo real e à utilização distorcida e abusiva que na maioria dos casos se vem fazendo do voto que os justificou e colocou no lugar que ocupam.
Não se conclua do que acabo de dizer que estou contra a existência de partidos: eu próprio sou membro de um deles. Não se pense que aborreço parlamentos e deputados: querê-los-ia, a uns e a outros, em tudo melhores, mais activos e responsáveis. E tão-pouco se creia que sou o providencial criador de uma receita mágica que permitiria aos povos, doravante, viver sem ter de suportar maus governos e perder tempo com eleições que raramente resolvem os problemas: apenas me recuso a admitir que só seja possível governar e desejar ser governado conforme os modelos supostamente democráticos em uso, a meu ver pervertidos e incoerentes, que nem sempre de boa-fé certa espécie de políticos andam a querer tornar universais, com promessas falsas de desenvolvimento social que mal conseguem dissimular as egoístas e implacáveis ambições que as movem. Alimentamos os erros na nossa própria casa, mas comportamo-nos como se fôssemos os inventores de uma panaceia universal capaz de curar todos os males do corpo e do espírito dos seis mil milhões de habitantes do planeta. Dez gotas da nossa democracia três vezes ao dia e sereis felizes para todo o sempre. Em verdade, o único verdadeiro pecado mortal é a hipocrisia."
(José Saramago)
Não há no mundo inteiro alguém que a todos agrade.
José Saramago é uma referência incontornável da cultura em geral e da literatura em paricular.
Gosto do seu estilo.
Admiro a sua escrita.
Só perde quem não o lê ou escuta, goste-se ou não.
Cumprimentos.
Este Couto das 6:11 PM diz ter 127 anos (parabéns!) e, no seu blog, dá conselhos ao Papa Bento XVI, a quem indica o silêncio como forma de encarar a questão do uso do preservativo.
Só podia ser admirador incondicional do Saramago, não?
Saramago não é mau escritor. Tem é um estilo de escrita que obviamente não agrada a muita gente por ser complexo e até, diriam alguns, chato. O que me irrita sobre o senhor é que apesar de tudo, cuspiu no prato onde comeu, para além de ser do mais convencido e arrogante que existe. Por vezes, o facto de se ser muito talentoso numa determinada área não compensa outras qualidades de carácter.
A Terra gira em volta do Sol Queiram ou não queiram.
Saramago é o escritor português mais lido do mundo e ao contrário de muitos é uma referência de qualidade.
Está xoné? Foi mau colega? Não tem as minhas cores? Ok.
Saramago é Escritor e o primeiro nobel (vale o que vale) da literatura em lingua portuguesa. Fazer xacota disso e dizer que leu um quarto do Memorial do Convento não passam de invejazinhas mesquinhas... ninguém é obrigado a gostar do que não gosta. Eu por exemplo detesto como pessoa Wagner e como musico pouco me interessa contudo Wagner é e será sempre um magistral musico .
Não sou admirador de Saramago, nem do escritor, nem do Homem, que me parece de uma arrogância excessiva. O homem parece julgar-se a coisa mais "iluminada" à face da Terra!
Como eu penso que a arrogância é proporcional à estupidez ...
Para mim os homens não valem pelo que fazem mas sim pelo que são.
Nada vale, para mim, o medico que, embora considerado sábio, usa os seus conhecimentos para,interesseiramente, fazer mal a outrém; nada vale, para mim, o advogado que, mesmo sendo uma sumidade em leis, as usa simplesmente para vigarizar todo aquele que dele se aproximar; nada vale para mim, quem se dedica à escrita e que, muito embora galardoado com prémios de alto gabarito, não passa de um sabujo e reles sacana.
"reles sacana", diz o cáustico e está tudo dito.
olhemos de frente para a literatura e deixemos o saramago em paz. aliás, ele também se põe, muitas vezes, a jeito...
Caro Álvaro Pais,
antes de mais os meus agradecimentos por ter visitado o meu blogue e ter-se dado ao trabalho de o ler. Mas, se me permite, não retirou a ideia fundamental que "este Couto" tentou que transparecesse no post. Ao contrário do que afirma não advogo o silêncio do Vaticano sobre o uso do preservativo, apenas considero que seria menos nefasto do que a intervenção que foi feita. Ou o meu caro é daqueles que subscreve incondicionalmente, tal como é sugerido, o não uso da "camisinha"?
Cumprimentos.
P.S. As minhas desculpas por utilizar este blogue para fazer comentários que não se referem totalmente ao post em questão, mas uma vez que a mim se dirigiram em público,e neste local, creio ter direito de resposta pelo mesmo meio.
Saudações.
"Ou o meu caro é daqueles que subscreve incondicionalmente, tal como é sugerido, o não uso da "camisinha"?", pergunta Couto.
Claro que não. Como é que o meu comentário pode ter-lhe sugerido tal coisa?
Eu tento distinguir o homem da obra- gostei muito do Memorial dO Convento, mas, confesso, a criatura é abjecta, de uma arrogância atroz, de uma secura de alma quase execrável... em Lanzarote, disseram-me alguns populares que a postura da criatura é essa...pelo que dizem, queixa-se muito por a ilha já não ser só reservada às elites, em termos turísticos...
Mas acho que até escolheu o local indicado para ir desovar a sua secura de alma- a aridez de Lanzarote assenta-lhe como uma luva...
Quanto aos saneamentos do Diário de Notícias, ainda nos poderia explicar qual a sua participação nessa ignóbil missão...ah, mas o que estou eu a dizer? um génio que não da lâmpada a explicar-se ao vulgo? que barbaridade!
a banalidade do mal corrompe mesmo..
outra coisita- alguém não acha o eNsaio sobre a Cegueira um intertexto da Peste do Camus? É só uma ideia...
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