Pina Moura, como os mentideros sabem, é um profissional. Foi-o no PC, ao lado de Cunhal, foi-o ao lado de Guterres e está a ser com os espanhóis. Mário Soares, na altura de Guterres, insinuava permanentemente ao bonzinho que era preciso correr com Pina Moura porque era um homem de "interesses". Mal sabia o dr. Soares que ia aparecer um Chávez na vida dele. Nunca se deve cuspir para o ar. Mas adiante. Privei uma tarde inteira com Pina Moura, então ministro das finanças, e com o seu secretário de Estado, Fernando Pacheco. Era uma coisa qualquer chamada "sistema integrado de controlo interno" da administração pública em que estavam representadas todas as inspecções-gerais sectoriais do Estado. Eu representava o saudoso dr. Rodrigues Maximiano, então inspector-geral da administração interna. Foi há oito ou nove anos. O que Pina Moura diz hoje ao bíblico Expresso, disse-o nessa reunião. Já aí se entrevia o desastre sobre o qual, aliás, estávamos ali todos irresponsavelmente a dissertar. Não me surpreende, por isso, que considere o programa de Ferreira Leite "duro, divisor de águas e focado". E que acentue que parte do princípio - básico, aprendido em quaisquer noções fundamentais de economia e não nas tendas da propaganda - de que "os recursos são escassos". Nunca foram outra coisa como também explicou ontem, em Loulé, o Chefe de Estado. Pina Moura era conhecido no Rato por ser o primeiro a chegar e o último a sair. Não o devem subestimar.
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
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29.8.09
30.4.07
A IDEÓLOGA

O dr. Afonso Costa continua a estar muito bem representado na "opinião que se publica". Desta vez, a sua dileta descendente ideológica (a diferença é que, no tempo do Costa, a senhora não tinha pura e simplesmente direito a emitir opinião porque essa coisa da "ética republicana" é muito "machona") escreve esta preciosidade acerca do "tema" Pina Moura/TVI/ José Lemos (convém não esquecer este "segundo homem") :"... entregar um canal à Igreja foi só e apenas uma decisão ideológica, com o propósito absolutamente claro e confesso de criar um mecanismo de influência político-ideológica da sociedade. Pelos vistos, há 15 anos, os que agora gritam de pavor viveram bem com isso. Ou mudaram muito ou não mudaram nada. Que é que acham?". Eu acho que a Fernanda não leu a entrevista do ex-delfim do dr. Cunhal, ao Expresso, até ao fim. Lá pelo meio ele explica que a sua escolha tem um "pressuposto ideológico". Talvez conviesse à jornalista, e não à "ideóloga", fazer o trabalho de casa.
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TVI
28.4.07
A SÉRIO?
Parece que ando a embirrar consigo, Eduardo, mas não é verdade. Acontece que, ultimamente, V. tomou-se de amores pela "situação" e apenas quer ser "diferente". Conheço o Freire Antunes desde 80, ou seja, desde mais ou menos a segunda campanha de Eanes. Se não se lembra, recordo-lhe que passou pela mona do JFA ser presidente do PSD num congresso qualquer. Já não sei quem, outro dia, disse-me que os "santanistas" (quiçá, apenas o próprio) andavam a "treinar" o Zé Freire Antunes para líder. Ele é suficientemente mitómano para levar isto e, pior, a si mesmo a sério. A sério, a sério, só lhe levo os livros e não são todos.
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27.4.07
O PROFISSIONAL- 3
"Identifico-me com o programa do Governo e com a história do PS", afirmou o dr. Pina Moura na entrevista da RTP. Este oxímoro - já que este governo tem tanto a ver com a "história do PS" como eu - resume o cinismo estalinista deste grande gestor nacional (Moura disse que a PRISA o convidou por causa dos seus extraordinários méritos gestionários, sem se rir, como se os espectadores fossem todos retardados mentais). Pina Moura é daquelas criaturas que devem ser escrutinadas minuto a minuto. Aliás, seria interessante recordar como é que o "camarada" Mário Soares o avaliava quando ele era ministro das finanças e da economia e o que dele murmurava junto do bonzinho Guterres. Todavia, como Pina Moura não mudou uma vírgula no seu cânone e Soares já acha sublime o bacharel Pinto de Sousa, tudo é possível.
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PS
25.4.07
A ÉTICA DELE
"Bom exemplo de uma ética", disse Sócrates a propósito de Pina Moura. Republicana?
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Regime
21.4.07
SENTIDO DO ESTADO A QUE ISTO CHEGOU
Na maravilhosa entrevista que concedeu ao Expresso - ia a escrever desavergonhada - Pina Moura cita (e ele não profere uma palavra que não tenha um sentido), entre outros, Vital Moreira, Jaime Gama e Vitor Constâncio como algumas das pessoas com quem se "aconselhou" antes de "aceitar" mais um serviço espanhol, desta vez na TVI. Quanto a Vital, estão bem um para o outro dado o passado comum. Já a segunda figura do Estado e o eterno governador do Banco de Portugal constituem um caso mais sério. Então, segundo o moralista Pina Moura na mesma entrevista, para umas coisas o negócio é privado e para outras já se pode auscultar quem deve recato à nação? Ou é tudo uma e a mesma coisa como nem sequer era no tempo da União Nacional? Ao menos Salazar possuía uma coisa chamada sentido de Estado, uma coisa que esta gente mete na gaveta com a mesma facilidade com que meteu o "socialismo".
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Vitor Constâncio
O PROFISSIONAL E O AMADOR
Por vezes tenho dúvidas se prosas deste teor são fruto de algum deslumbramento provinciano pelos videirinhos ou se são frustrações prosódicas por não chegar aos calcanhares de Vasco Graça Moura.
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