Existe um "herói" anónimo na blogosfera portuguesa - que provoca, aliás, justos derrames e delíquios noutra blogosfera não anónima e, até, respeitável - que dá pelo nome de "maradona". Parece que gostava de fazer stand up comedy mas, lamentavelmente, ainda não o contrataram. Por isso escreve. E é incensado. E já sei que vou receber muitos comentários anónimos a insultarem-me por dizer mal deste grande "herói" - uma espécie retorcida e tardia do MEC dos anos oitenta sem o talento do outro quando era vivo - da blogosfera amiguista. Coisas como esta, porém, "escritas à pressa, sem paciência" e com erros parecem mais apropriadas à D. Câncio ou ao dr. Dias Loureiro quando, em momento particularmente inspirado da apresentação da hagiografia do querido líder, aquele afirmou que «o optimismo de Sócrates faz bem a Portugal.» Remata, pois, o "nosso" extraordinário "maradona": «Faço questão de não colocar qualquer tipo de empenho, racionalidade e responsabilidade na minha opção de preferir mil vezes o Portugal de José Sócrates e do seu PS que qualquer outro Portugal que alguma vez conheci. Se não se importarem, claro está.» Esteja à vontade. Sinta-se "livre" como uma sublime cagadela de pombo.
36 comentários:
Não deixa de haver alguma auto-crítica na maneira como ele rematou o seu texto. De facto, preferir Sócrates é irracional e irresponsável - daí o Maradona afirmar que "não coloca qualquer racionalidade e responsabilidade na sua opção".
Pois quanto a mim, acho que é também por causa desse tipo de falta de empenho, falta de racionalidade e de irresponsabilidade nas opções políticas de muito boa gente, muita dela até muito inteligente, que estamos "entregues aos bichos".
Verdadeiramente, existe Liberdade sem Racionalidade e sem Responsabilidade? Pelo exemplo de Portugal, como não dar razão a Kant?
Não sei nem quero saber quem é esse maradona (conheci pessoalmente o outro, o verdadeiro), mas não me resta qualquer dúvida: o texto em causa é mesmo de uma besta. Coisa que não deixei de dizer em comentário no local próprio (veremos se aparece...).
Meu caro Veterinário,
se o comentário é de "besta", então merce o seu carinho ou não fosse V. Exa tratador delas.
Caro Anónimo, ninguém como o "tratador" - como V. Exª diz - conhece e pode caracterizar a sua animalesca "clientela".
Um gajo que diz preferir o "Portugal de José Sócrates" ou do "PS" só pode estar a gozar com a malta ou então deve estar com uma "pedrada" digna dum Maradona...
Vai pr'a Cuba te tratar, ó triste!
Tu!, triste traste, da "causa que foi modificada" nunca viveste para além desta parvónia de chulos e corruptos; tu que não conheces a sensação e a fragrância da liberdade dos verdadeiros países livres e democráticos, bem podes enrolar ao pescoço uma corda e ir desta pr'a melhor!
Nasceste servo e servo queres viver.
Não mereces estar entre homens que querem ser LIVRES!
o soutôr gonçalves foi toureado de forma hilariante e esta pobre investida só torna o gozo mais ostensivo. grande maradona!
Ele há coisas! Não sabia que este maradona existia. Confesso que já não tenho pachorra para ler estas prosas. Li na diagonal e fiquei esclarecido. Do querido líder, j'en ai assez; de maradona, só golos. Disse.
É sempre este cenário, recorrente, de treinadores de bancada.
Estou a referir-me exclusivamente aos comentadores deste post.
A diferendo João Gonçalves vs Maradona, são outros quinhentos.
Confesso que o teor desta postagem me surpreendeu.
Se me tivessem contado, duvidaria. Como está escrito pelo punho do próprio...
Caro João Gonçalves
Sempre acreditei que apesar de tudo tivesse um bocadinho de sentido de humor.
Enganei-me.
Cumprimentos
Para o Maradona preferir o Portugal de Sócrates a outro que tenha conhecido é porque não terá mais do que 4 anos de idade!
Os admiradores do dito "maradona" têm a porta aberta para derramar o que entenderem.É a prova de que eu tenho sentido de humor. Divirto-me imenso com idiotas.Força.
olhe, joão gonçalves,fui ver o post e consegui ler até mais ou menos à quarta ou sexta linha. ainda passei um burlesco "vejemos", mas depois perdi-me. é certo que olhava,com um certo receio, para aquelas fotografias. não me lembro já do nome do blogue. ainda bem.
Não gosto do Maradona!
Um insulta, o verdadeiro deu cabo da vida com drogas!
E golos com a mão????????
Let's bafle him with bullshit!
assim é que é, joao nao se deixe ir abaixo
Diogo Torralva
Impressionantes as coisas de "caca" q'esse "maradona" escreveu pr'aí...esse hipócrate não deve ter mesmo nada debaixo dos cabelos nojentos,CREDO!!?
Além do mais deve ser um INVEJOSO sério do teu SUCESSO JoãoGonçalves!!!
Ok,com bacôcos destes,tens + é q ignorar - não vale 1chavo furado, nem nome de gente ... e, olha,ele até o deve saber:a prova é esconder-se por trás dum "maradona" qualquer.
João,mete isso no LIXO e não te rales com esta ralé!
Bjs. FPD
Ainda ví o Maradona (da mão de Deus) em Alvalade. Tão grande jogador como desequilibrado no mundo das aparências. Genuíno. É desse que falam?
Dá-me a ideia que o "maradona" é uma daqueles meninos "coisa rica dos papás e vóvós". Para eles, ele é e sempre foi (e fizeram sempre questão de lho dizer) a coisa mais espantosa em todo o Universo.
Em minha opinião, do que escreve e como escreve o "maradona", sobresaem a presunção e imaturidade. Faz-me lembrar aqueles jovens que concorrem ao "Ídolos" e que, estando habituados às melhores e entusiásticas "críticas" dos papás, vóvós e titios, descobrem aí que, no mínimo, são vulgares.
Caro JG, como diz a minha mãe "elogio em boca própria é vitupério". Essa de 'postar' um texto do Medeiros Ferreira a elogiá-lo não lembrava a um careca!
(PS: E quem é admirador do maradona é 'idiota'. Helas! Sempre democrata!!)
Anónimo.
O único problema da liberdade das sublimes cagadelas de pombo é elas cairem-nos em cima.
Só levei com esta por culpa do João, que eu não me armo em estátua, à mercê de tais passarões.
O texto de Medeiros Ferreira é o excerto do prefácio de um livro. E, naturalmente, não tenho culpa que alguns dos comentadores ignorem o papel que MF teve na consolidação deste regime que permite que as pessoas, entre outras coisas, possam ser idiotas à vontade. E assim sucessivamente, como diria o João César Monteiro. Por que é que não vão comentar para o maradona já que gostam tamto dele?
Vc não podia responder ao «maratona». Não podia. Nunca.
Deixava-o a bradar só na outra banda. Assim deu-lhe respeitabilidade.
acho óptimo que V. não simule a indiferença olímpica
Esse Maradona não se chamará Zézito Maradona?Que snifa coca e assalta balizas?
O Maradona deve ter razão. O Medeiros Ferreira deve estar mais do que farto da colagem que o João Gonçalves lhe faz quase sempre a despropósito.
e eu que sempre julgara que portugal dos pequeninos era um nome irónico para o blogue. afinal,trata-se somente de uma constatação.
este portugal dos pequeninos é exactamente como o outro em que vivemos. aqui, quem não bajula, é prontamente etiquetado de idiota. e quanta raiva pueril aqui se encontra. quanto pus. quanta falta de humor. quanto anseio pelo pensamento único. heil!
Coitado do esquizofrénico, esta manhã esqueceu-se de tomar as gotas que lhe receitei.
Eu, que não pretendo publicar estas anotações tolas, gosto muito de ser pequenino, neste país onde todos são grandes
Num prefácio a mais uma obra saltitante (da blogosfera para as livrarias, das livrarias para a blogosfera) o Professor Medeiros Ferreira - o mais esclarecido comentador desportivo/ex-ministro do negócios estrangeiros,/professor universitário/militante do PS/crítico literário amador - faz a seguinte afirmação: «Considero haver algumas analogias entre um pensador como o autor de "Esta grande época ainda tão pequena" [Karl Kraus] e o nosso João Gonçalves». João Gonçlaves é o ilustre autor do Blog Portugal dos Pequeninos e lançou uma obra original e acutilante, coroada por um título inaudito: «O Portugal dos Pequeninos». Ao que parece, temos instalada em Lisboa a Viena dos anos 30, com cafés luxuosos, intrigas políticas e comentadores satíricos vomitando a sua acidez felina, castigando – com suas alfinetadas de dama – os passeantes dos corredores de S. Bento, os titulares da soberania. Ora, isto é, na verdade, tremedo. Como tremendas são as ideias de Gonçalves. No seu blog posta um figura de Lucas Pires e comenta: «O cartaz da foto recorda a extraordinária campanha de Lucas Pires nas primeiras "europeias" nacionais, em 1987. Cavaco arrebatou uma maioria absoluta no mesmo dia em que Pires, pelo CDS, obtinha um excelente resultado. Tudo o que não existe nesta campanha, passou-se nesse longínquo mês de Julho de 87. Rua, alegria, bons tempos de antena, debate, festa, multidões, punch. Agora quase toda a gente parece andar a fazer um enorme frete, um frete a que, muito apropriadamente, pouca gente liga. O calor não ajuda. Os protagonistas não ajudam. As ideias não abundam.» Com efeito, não abundam extraordinárias campanhas de líderes políticos entretanto falecidos. João Gonçalves, porque não é pequenino, não tem a tendência incontrolável de apelidar de extaordinários os nossos companheiros entretanto mergulhados na penumbra do Hades. Gonçalves é um original, um crítico de boa cepa onde abundam estas clarificações que nos falam do passado com o odor romântico dos verões de província, o cheiro a feno, as corridas pelos bosques, a alegria dos almoços debaixo da latada, em que se discutia Horácio, Píndaro, a guerra do Peloponeso e a possibilidade da União Europeia nos sagrar a fronte como cidadãos livres e irrepetíveis. Além do punch, claro. Nesse tempo sim, havia protagonistas, de gravata apropriada e rosto talhado no granito, intelectuais com fibra, de voz recortada e estilo apurado, prontos a fazer jorrar o seu sangue – qual nascente súbita – a bem da ideia da Europa. Depois veio a derrota e com ela a desilusão que a passagem do tempo acumulou sobre os nossos ombros. Gonçalves lamenta o calor, os protagonistas, as moscas, a direcção do vento, a inclinação do solo, o lado das árvores onde cresce o musgo, o facto de apenas na Nazaré existir sardinha seca à venda. Somos todos um imenso bando de condenados, fazendo o frete da política, incapazes de acender nos cidadãos os bons sentimentos da discussão pública. Impreparados, dolentes, derrotados, desistentes, tíbios, impotentes. Só nos resta mesmo rasgar as vestes, insultar a roda da fortuna, e correr à livraria mais próxima a comprar o livro o Portugal dos Pequeninos.
Será mero acaso o blogue do maradona ser hoje destaque do sapo..?
Não consigo deixar de sentir um piquinho a azedo intelectual quando leio a posição extremada do JG ou, ao menos, uma violenta dissonância cognitiva que, inferida tardiamente (e com ajuda, arrisco), o impediu de dar o braço a torcer na interpretação do texto aqui sob-fogo. Maldito seja tu, oh maradona... sobretudo pelo link disponibilizado e que aqui me trouxe!
Levede à vontade porque o Madeira- é o nome dele - esteve comigo no Pulo do Lobo a apoiar o Cavaco. Quem lhe diz que isto não foi combinado entre nós, a Bertrand, a Maçonaria, a Opus Dei, a Câncio, Bilderberg e o Martinho da Arcada?
O alf é mais um que não respeitou o que lhe prescrevi.
Começa a ser preocupante a descontracção com que esta bicharada se esquece de tomar as gotas.
AHAHAHAHAHAH!!!!!
Bem respondido JG Looooooolllllll
Maradona, incensado na blogosfera? Só se for na blogosfera que eu não frequento..
Muito bom, João Bontempo...
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