18.6.09

CUIDADO

Convinha explicar ao sr. Chora, da comissão de trabalhadores da "Autoeuropa", e ao dr. Carvalho da Silva que a administração da dita é alemã. Ou seja, não é meridional como nós. Não brinca em serviço e não encara a crise com a leveza de um país habituado ao sol e a tremoços. Cuidado.

15 comentários:

JLR disse...

Com muita pena minha, mas é a maneira de pensar da maior parte do povo português. Ganhar sem fazer nenhum... Uma desilusão...

Nuno Barata disse...

Caro João
Eu penso que, neste particular, o Sr. Chora sabe bem do que se trata. Reparou na cara de vergonha com que ele anunciou ontem os resultados do plenário?

Anónimo disse...

Esta gente que não se responsabiliza nem sente orgulho na empresa onde trabalha, devia ser posta no olho da rua sem indeminizações.

Anónimo disse...

Depois do plenário ter desautorizado a comissão de trabalhadores, não respeitando o pré-acordo, a Autoeuropa está muito mais livre para escolher outra alternativa, incluindo a deslocalização. A menos que Sócrates avance com uma ajuda - é um mãos largas com o dinheiro dos contribuintes - a coisa começa a estar negra.

joshua disse...

Não se pode elogiar o exemplar desempenho dos trabalhadores da Autoeuropa ao longo de estes anos e depois, chegados aqui, às contingências da Crise, castrar-lhes os direitos sem resistências de qualquer espécie. Para isso, ainda há a Índia e a China.

Sempre haverá um ponto de convergência entre a continuidade da muitinacional em Portugal e um mínimo digno para os colaboradores portugueses desde que o bom senso de parte a parte impere.

sts disse...

Pois que se fodam , e boa viagem.Que vontade não lhes falta.E chular alemães é outra história. Eh pá tanto gajo para o desemprego! Mas esta merda dá emprego a alguém tirando os chulos?

Karocha disse...

Os Anglo-Saxónicos, não brincam em serviço, algo que os Latinos não entendem!

Anónimo disse...

1) trabalhadores desautorizam sindicatos, no seguimento da perda de controlo pelos sindicados do movimento dos professores. Uma versão sindical do que já se vai vendo na política.

2) será que a autoeuropa é em portugal "too big to fail?"

para acompanhar.

Anónimo disse...

Alguém se lembra da OPEL da Azambuja?!
Parece que não serviu de exemplo...
Para onde foi?
Espanha!
Portanto não saiu de cá por causa dos custos de produção.
Se os alemães se puserem na alheta e levarem a produção para outro sítio qualquer, depois o António chora e choram os outros todos!
Algarvio do Barrocal

Anónimo disse...

A situação não está mesmo para brincadeiras.

Recordando um dos relatórios de Michael Porter - Monitor, o cluster automóvel nunca seria uma "oportunidade" para Portugal.

A recente opção da GM em sair de Portugal tem exactamente a ver com a posição excêntrica de Portugal face ao centro da Europa / aos mercados / peças para assemblagem / custos logisticos.

Em termos de produção industrial, a optimização dos custos está certamente reduzida ao mínimo dos mínimos. A nível comercial as margens também não existem. Budjet para marketing e comunicação são agora mínimos, mesmo nulos.

Aqui ao lado, Espanha tem todas as marcas de automóveis representadas, e não vai abdicar de as manter satisfeitas em Espanha.

Como se não bastasse, a qualidade da liderança no Ministério da Economia e Inovação é a que se sabe.

Do apuramento dos custos com a "nacionalização" dos BPN's, qualquer governo tem uma margem muito reduzida de manobra. Não há caroço.

A parte vizivel agora são os trabalhadores, mas isso 8quanto a mim) passa por esconder outras fragilidades / realidades encobertas, mas bem presentes, e a decisão não passa por Portugal (Qimonda).

A

Rui

PS. Estive recentemente na Alemanha - Mainz, e carros acabados existem por todos os lados. Os próprios limites dos parques fechados são excedidos, até aeródromos são alugados para parquear viaturas.
Camiões betoneiras e de transporte, pura e simplesmente "perdem" a matricula e são encostados.

BMW 530 com 8 anos (antes da inspecção) vendem-se por cerca de 1.500 euros.

Seria talvez positivo que a Comissão de Trabalhadores e outras "partes interessadas" fossem, por exemplo fazer uma viagem à Alemanha. Era capaz de ficar mais barato.

Anónimo disse...

O Sr. Gonçalves e os seus doutos comentadores acha portanto que metade e mais um bocado de três mil trabalhadores andam a brincar.

Curioso. Durante anos a fio - quando nem se falava de crise como agora - venderam-nos os trabalhadores da AutoEuropa como trabalhadores empenhados que não esticavam a corda e aceitavam sucessivos pactos com as empresas.

Venderam-nos o Sr. Chora como o sindicalista capaz de ser razoável, ao contrário dos habituais membros da CGTP.

E agora querem convencer-nos que toda essa gente, que sempre foi "razoável" e em alturas em que não tinha tanto a perder, destrambelhou da cabeça.

Logo numa altura em que a ameaça de encerramento é forte como nunca e que a crise anda bem presente na mente de todos é que eles forçam a barra.

Não fará pensar (claro que não, ingenuidade minha) que se calhar têm alguma razão?

Não vejo que metade dos trabalhadores de repente tenha começado a ter mais vontade do que antes de ir para o desmrpego, ainda por cima numa fase em que nem sequer há esperanças de virem aí dias melhores

Anónimo disse...

Chega de 14 anos de negociações da autoeuropa sempre com a retirada de direitos aos trabalhadores. A administração da dita fábrica não tenta propor estes acordos com os alemães, porque sabe que tem parelizações bem mais graves, com quedas de produção vertiginosas. Chega de injustiças, durante anos e anos os trabalhadores da autoeuropa têm se preocupado mais com a fábrica em palmela que a própria empresa mãe. Já há muito tempo que a Volkswagen tenta acabar com a fábrica em portugal para ir explorar outro país em que a mão-de-obra é mais barata e ainda têm menos direitos no que toca à legislação laboral.
É uma vergonha a maioria destes comentários postados. Eu gostava de vos ver a trabalhar, se é que alguns o fazem?, na respectiva fábrica com o mesmo vencimento e regalias que os funcionários da autoeuropa. Tenham vergonham, gentinha ignorante.
Ass: Luís Morais

Anónimo disse...

De facto, ...., ou há moralidade, ou comem todos.

Anónimo disse...

Será que 3000 trabalhadores podem ser reduzidos ao dumping social, tornados reféns do PIB português?

Anónimo disse...

O papel dos sindicatos da esquerda não é defender os trabalhadores é chular as empresas para as levar à falência e depois tornar a culpa aos outros. Os sindicalistas esses vivem sem trabalhar.

Veja-se o que se passa com as negociatas da CCOO e UGT em Espanha: especulação imobiliária, subvencões, etc, etc. O trabalhador que se lixe. Um da Fábrica da Azambuja não encontrou trabalho. Acha que era de ser "Coordenador sindical" imagine-se. Um trabalhador numa empresa de automóveis sai com este curriculum.