Interrompo a leitura do livro sobre os "petralhas" brasileiros, olho para a televisão, e que vejo eu? Os "petralhas" domésticos a tagarelar com a D. Campos Ferreira sobre "desenvolver competências" e o dr. João Soares, noutro lado, com ar de prisão de ventre, sem conseguir condenar a escandalosa ocupação de Alcântara, durante 27 anos, por contentores do tamanho de um prédio de quatro andares. Como é que há pachorra para aturar todos estes "tocadores de tuba" ?
6 comentários:
às 21 e 30 Mário Crespo invectivou João Soares. vão esconder mestre Almada (Negreiros era no período colonial). "Morra o ... pim, pam, pum".
no socialismo é tudo a descer
até a linha do horizonte subtende
radical livre
Caríssimo,
Gostaria apenas de lhe chamar a atenção para um problema do seu post. Julgo que não deveria misturar o problema da prorrogação do termo do contrato do terminal (uma "manobra criativa" que já António Guterres fez quando as finanças do pântano começaram a apertar, na altura com os contratos de concessão dos casinos - cuja prorrogação julgo estar ainda a ser contestada em tribunal por empresas que queriam concorrer quando as concessões actuais acabassem) que é claramente mais uma das "receitas extraordinárias" que este governo disse não ir usar (e que provavelmente foi feita de forma ilegal ou para-legal, com recurso aos típicos pareceres a pedido) com o problema da existência de terminais de contentores e portos comerciais em cidades de grande dimensão. Estes são estruturas visualmente muito agressivas e criadoras de tensões urbanas muito difíceis de resolver mas, ao mesmo tempo, são estruturas fundamentais para o funcionamento e competitividade da economia (quando estudei minimamente o assunto li que, no caso de Barcelona, o porto de carga gerava 2x mais valor que o turismo). Casos semelhantes ao de Lisboa, existem por toda a Europa - Barcelona, Corunha, Palma de Maiorca, Génova, Marselha, Nápoles, Atenas, Tessalónica, Roterdão, Edimburgo, Copenhaga, etc. vão resolvendo melhor ou pior os seus encontros com a água (o de Barcelona é excelente, fruto do trabalho genial do Manuel de Solà-Morales que veio fazer o remate do parque da cidade aqui ao Porto), mas têm uma grande parte da sua frente marítima ou fluvial ocupada com estas mega-estruturas. Mas nenhuma põe seriamente em causa a existência do porto de mar pela importância que este tem para a economia da cidade e do país.
Mas percebo o problema do processo como em quase tudo no país que passa pelo Governo e envolve dinheiro - corre tudo em sentido único, sem discussão, e cheira sempre a negociata (aparecem sempre os nomes conhecidos). Mesmo que a decisão tenha os seus méritos, o fim não justifica os meios.
Fico curioso à espera do seu livro aPeSsoado
Cumprimentos,
Manuel Montenegro
Não há. Já há muito tempo que não há pachorra para os tais tocadores de tuba. Isso é um facto. Os portugueses, como de resto os europeus, na sua maioria, já não suportam esta gentalha, e a prova disso mesmo é que são cada vez menos, veja-se no caso recente dos Açores, a eleger estas animálias incontinentes na sua viscosa vulgaridade. Mas esta gentalha defendeu-se bem ao longo do último século, alimentando a vulgaridade nos outros, a ignorância, espartilhando a capacidade de reflexão dos indivíduos. Por isso, hoje, esses mesmos indivíduos, sabem que estão fartos deles, só não sabem como agir em função dessa certeza. Como disse premonitoriamente JL Borges, estes filhos da puta conduziram o rebanho para o pensamento quadrado das imagens como único instrumento de reflexão, deles afastando a dialéctica. É por isso que nos dias que escorrem sujos e viscosos, o "povo" sente mas é incapaz de agir em conformidade. Falta-lhe o escopro ideológico, o cinzel pragmático(isto assim não vai, bora ai partir umas montras). Por isso, estes cus enfonados estão safos... por agora! Mas cuidado, há umas "imagens" giras da Bastilha que podem gerar umas súbitas vontades de espernear!!!
Para mim são mais "tocadores de bicho".
«O joão soares com ar de prisão de ventre»...ah,ah,ah,
está porreira,esta!!!
«O joão soares com ar de prisão de ventre»
Ná... Aquilo não é prisão de ventre, a avaliar pelas merdas que fez.
E ainda tem muito para dar ao país.
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