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17.8.11

DO MAIS


«Poesia não, é a parte underground da minha actividade.» Não é nada. Não imita ninguém. Nem dança ao som das "modas" como um vulgar poetastro.

10.1.09

PEDRO MEXIA OU AS MAMAS DE JANE RUSSELL


O Francisco teve a amabilidade de ler este post. Com Bénard da Costa não me apetece gastar mais tempo. O post-scriptum do Francisco poupa-me o exercício: «ele cravou-me um cigarro e eu ouvi-o, deliciado, a falar sobre, repito, as mamas de Jane Russell.» Sublime Bénard. Quanto a Pedro Mexia, é-me indiferente que dirija a Cinemateca ou deixe de a dirigir. Limito-me a constatar a facilidade com que em Portugal se forja um mito. Até ser subdirector da CN, não se conhecia a Mexia nenhuma qualidade extraordinária que o recomendasse para a função. Como escrevi nessa ocasião, «não convinha que Mexia estivesse já a pensar na Cinemateca como uma futura coutada pessoal, seguindo o mau exemplo do benemérito e venerando Bénard.» O Francisco dá a entender que assim não acontecerá graças ao seu «valor intelectual» e à «capacidade para exercer um cargo» (sendo que há pessoas com grande «capacidade para exercer o cargo» que não têm «valor intelectual» substantivo)» já que «o Pedro Mexia tem ambas as coisas, embora ele suponha que não tem a segunda delas e nunca se pôs em bicos de pés para chamar a atenção para a primeira.» Confesso que ainda não me inscrevi no partido dos que acham Mexia «uma das pessoas mais talentosas quer para escrever sobre cinema, quer para falar sobre literatura, quer para fazer o que lhe apetecer.» Tal como nunca aderi - e, nessa altura, era quase equivalente a ter um "passe social" - ao clube dos que desmaiavam com qualquer frase escrita por Miguel Esteves Cardoso. Também confesso um inexpiável crime. Nunca lhes prestei demasiada atenção.

9.1.09

O CÍRCULO VICIOSO

Por falar em Pulido Valente, lembrei-me de Bénard da Costa. Noticiaram que, por motivos de saúde (sempre lamentáveis, naturalmente), o director praticamente eterno da Cinemateca Nacional vai-se embora. Foram quase trinta anos. Bénard sucedeu a Luís de Pina e, graças a ele e ao longo cortejo de amigos que possui por aí, quase pareceu que Pina nunca existiu. Bénard gosta muito de cinema e tem, sem ironia, bom gosto e escreve bem. Só que dirigiu a coisa como se estivesse em casa. "Muito lá de casa", como reza o título de um livro dele. Era o mesmo que eu, tendo passado pela direcção do São Carlos, só produzisse Wagner, Verdi e Puccini, por esta ordem. Agora o incumbente é Pedro Mexia, outro sério candidato à eternidade e a novo cortejo de amigos. O círculo é mesmo vicioso.

7.6.08

A CINEMATECA BENARDIANA


Isabel Pires de Lima é seguramente melhor deputada do que foi ministra. E cumpre melhor como deputada do que Pinto Ribeiro como ministro. Primeiro, por causa do "acordo ortográfico". E, agora, num artigo no Público, sobre Bénard da Costa e as "dúvidas" do "only one" sobre a criação de um "pólo de programação da Cinemateca" no Porto. É bem feito para Isabel. Aquando da procissão a favor da continuação daquele director-geral em funções para além do legal limite de idade, Pires de Lima, então ministra, "cedeu" à pressão da vasta confraria "benardiana". Bénard, graças ao raro privilégio de que goza no regime, trata a Cinemateca não como nacional mas como coisa sua. A "confraria", aliás, não admitiria outro propósito. Desconheço a intenção de Pinto Ribeiro em colocar Pedro Mexia como "número dois" de Bénard. Espero que não tenha sido para o envelhecer precocemente e, pior do que isso, no mesmo sentido do seu vitalício director. Não convinha que Mexia estivesse já a pensar na Cinemateca como uma futura coutada pessoal, seguindo o mau exemplo do benemérito e venerando Bénard. A Cinemateca existe para prestar serviço nacional. Não é só de Lisboa. Nem, sobretudo, é só de Bénard.