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18.3.09

O PERIGOSO MACHADO

Em comentário a este post, um leitor escreveu (os links são meus):

«Novo caso de devorismo, agora sob a forma de antropofagia, é o de Mário Machado. Uma semana após publicar documentos com possível relevo para o caso Freeport, relativos a tios e primos do nosso Bem Amado Líder, já está preso, sem assistência do seu advogado e , depois de passar a noite na prisão, amanhã é presente ao TIC. Ainda há quem diga que a nossa Justiça não é célere... Durante a tarde certa imprensa informada por policias não identificados já acusava o homem de tentativas de homicídio. Afinal, segundo o Sol, trata-se tão só de umas alegadas zaragatas com um gang de motards especialistas em narcotráfico ocorridas, pasme-se, há 5 ou 6 meses. Mais uma semelhança com o caso dos flamingos. Tudo parado quando dá jeito. Aceleração brusca quando é necessário calar, intimidar, encobrir. Será que os ingleses também decidiram investigar as alegadas zaragatas?»

21.7.08

CONSCIÊNCIAS TRANQUILAS

Lembram-se dos contingentes policiais mandados para o Algarve em Maio de 2007? Das missas? Das "peregrinações" familiares à improvável praia da Luz? Da "voz do povo"? Das velinhas? Dos "sites"? Do circo montado à porta da PJ de Portimão? Das televisões? Do "Jerry", da "Kate" e do ursinho que já eram quase, por assim dizer, da nossa família? Pois bem. Este espectáculo produziu o fim abrupto de uma carreira policial, o arquivamento do inquérito e a continuação da ausência inexplicável de uma criança deixada a dormir no quarto do hotel com os irmãos enquanto os pais e os amigos jantavam por perto. Ignora-se se é viva ou morta. Ainda vai dar para, certamente, extorquir uns cobres ao Estado (o sr. Murat, muito adequadamente, vai reflectir sobre a hipótese e não sei se a Kate" e o "Jerry" não pensarão nisso) e para umas quantas conferências de imprensa do melancólico casal inglês, e dos seus advogados, em busca do tempo perdido. Como diria a minha amiga Teresa Ribeiro, tudo como dantes, quartel-general em Abrantes.

8.5.08

«MAL VISTO»

Este magistrado, por acaso, é casado com uma conhecida minha. Não é tagarela e, talvez por isso, é mais "verdadeiro". Ao dizer o que diz, resume, com candura, o que os outros pensam mas disfarçam sob o manto diáfano da retórica corporativa: "se eu ficasse, seria mal visto pelos meus colegas do Ministério Público.» Não lhes ocorre que, sendo o MP titular da acção penal, talvez seja mais adequado que a investigação decorra sob a supervisão da PGR e não com a PGR, através do director-geral ou dos directores-adjuntos da PJ, metidos nela. Os mais recentes exemplos de "envolvimento" directo do magistrado director-geral da PJ em investigações em curso foram suficientemente desastrosos para que se lhes recomende, finalmente, alguma discrição.

7.5.08

O POLÍCIA


Os senhores magistrados não gostam de polícias. Precisam deles, mas não gostam. A escolha de um profissional da investigação criminal para chefiar a PJ é, em conformidade com esta "doutrina", uma "ofensa". O polícia é licenciado em direito, logo presume-se que sabe quem é que é responsável pela acção penal e que, por aí, não virá mal ao mundo. A PJ teve, nos últimos anos, apenas directores oriundos das duas magistraturas. Se tivesse corrido bem, ainda hoje lá estaria um. Os sindicatos dos senhores magistrados deviam meditar nesta evidência antes de atirarem as pedras da sua habitual sobranceria para cima do polícia. Deixem o homem trabalhar.

6.5.08

A PRÓXIMA VÍTIMA


O dr. Alípio, da PJ, vai-se embora. Tratava por "tu" o dr. Costa, ministro da justiça que, mais uma vez, cometeu um erro de casting. Não lhe serviu para nada. Não percebeu que, em certos cargos, a discrição é fundamental. Quando a violam, é bom que saibam medir o que dizem. Alípio, pelo contrário, foi avulso e vulgar. A corporação - outra com um sindicato poderosíssimo - não esteve com ele. E a gestão do insuportável caso "Maddie" foi-lhe fatal. Santos Cabral, uma escolha de Santana Lopes, nunca devia ter saído. Chega, em breve, a próxima vítima.

4.2.08

OS NOSSOS

A PJ tinha um excelente director nacional chamado Santos Cabral. Era, por assim dizer, "pacífico" dentro de um certo PS (Vera Jardim, por exemplo). Foi, entretanto, nomeado por Santana Lopes e Aguiar-Branco. Este derradeiro "pecado original", à mistura com posições próprias em defesa da "casa", condenou-o junto do dr. Alberto Costa. Costa trocou-o por um magistrado do MP que trata por "tu". Alípio Ribeiro é seguramente um bom homem, a pior coisa que se pode dizer de um homem público. Não devia ter dito o que disse sobre o estado de arguido. Quem desconfia - o "povo", não o casalinho mediático inglês e a sua corte de advogados - da justiça e da investigação criminal domésticas, não ficou descansado com as palavras de Alípio. Não se pode constituir arguidos ou deixar de constituir porque sim. De facto e na dúvida, não se deve contribuir, na investigação, para que se constitua. E não é o casalinho que me preocupa. São os outros "abaixo" do casalinho. Os nossos.

23.10.07

NÃO EXISTEM

Como é que o dr. Alberto Costa, ministro da justiça, e o director da PJ, dr. Alípio Ribeiro, podem garantir a quem quer que seja, a começar a eles próprios, que não existem escutas ilegais em Portugal? Já o senhor conselheiro Pinto Monteiro, por acaso PGR, não comunga, pelos vistos, desta solene opinião. Nos colóquios costuma afirmar-se com ênfase que a democracia se avalia pela estado da sua justiça. Vejam bem o estado da nossa.