Mostrar mensagens com a etiqueta Fundação Gulbenkian. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Fundação Gulbenkian. Mostrar todas as mensagens

9.11.08

UMA GULBENKIAN "CORRECTA"? - 2

Marçal Grilo, administrador da Gulbenkian, disse ao Público que enquanto durar o processo disciplinar contra Joana Morais Varela "haverá um director interino da revista [Colóquio-Letras], mas que neste momento ainda não existe um nome para esse cargo." Talvez não haja um "interino". Porém, na cabeça destes "pilares" do regime, já deve pairar o "definitivo". Pelo menos, fãs não lhe faltam.

7.11.08

UMA GULBENKIAN "CORRECTA"?


A Fundação Gulbenkian, dirigida pelo venerável Vilar - uma eminência ao nível de um Constâncio ou de um Rui Machete para não "discriminar" ninguém -, prepara-se para despedir Joana Varela. Para quem não sabe, Varela é a directora da Colóquio-Letras, umas das poucas revistas dignas do epíteto de "literárias", recentemente colocada online desde o primeiro número. Antes dela, a revista foi dirigida por gente tão notável como Hernâni Cidade, David Mourão-Ferreira e Jacinto Prado Coelho. Joana Varela soube estar à altura destes homens mas não escapou ao "modismo" a que nem a Gulbenkian de Vilar (um administrador profissional do regime), Marçal Grilo (o profeta da educação de Guterres), Teresa Patrício Gouveia (antiga e insignificante SEC) ou Isabel Mota (uma "manelista" do PSD) souberam fugir. A Gulbenkian foi invadida pela praga do "multiculturalismo". Vão longe os idos de 96, 97 e 98 quando se organizaram os magníficos seminários internacionais sobre a Europa que trouxeram a Lisboa Steiner, Shama, Furet, Finkielkraut, Romilly, Vidal e outros. Joana Varela não deve servir para "acompanhar" estes tempos da propaganda "multicultural" ligada a essa miragem "correcta" que são os chamados "países emergentes". E é natural que Rui Vilar queira ver no seu lugar - e, por consequência, a "escrever" uma outra Colóquio-Letras mais "adequada" a terceiros-mundismos "emergentes" e petrolíferos - um seu antigo colaborador na Culturgest, António Pinto Ribeiro, o verdadeiro "Pinto Ribeiro", aquele que nunca chegou a receber o telefonema certo para ir para a Ajuda pastorear a Cultura de Sócrates. O método para remover Joana Varela é o do costume e nada "multicultural": o «competente processo disciplinar com vista à aplicação da sanção que se mostrar adequada e na qual desde já se declara incluir-se o despedimento com justa causa» acompanhado da "suspensão preventiva" da arguida não vá ela virar a "louca da casa". Há coisas que nunca mudam.