Há muitos anos, por causa de um trabalho num concurso profissional, li Os grandes patrões da indústria portuguesa, de Maria Filomena Mónica (à direita, na foto). São entrevistas a alguns desses "patrões" precedidas de um notável texto da autora agora aparentemente mais interessada em republicar-se do que em escrever "originais". O que é uma pena. Ali, um desses "patrões" era Belmiro de Azevedo, com a Sonae por "modelo", que utilizei no referido trabalho. Desta vez, Belmiro deixa-se entrevistar para não dizer nada. Ou, melhor, para ser engraçado que é um estado de alma muito apreciado por aí. Mesmo assim, as frases que os media respigaram não fazem justiça ao que Belmiro disse na íntegra. Caricaturá-lo a partir delas e, por tabela, "etiquetar" este ou aquele é insuficiente. O homem, à nossa é à sua medida, é um rei. E um rei com sotaque que esconde outro na barriga e que dá trabalho a muita gente. É quanto basta.
9 comentários:
Implicitamente sente-se que poderia ser ou ter sido um magnífico primeiro-ministro, um excepcional Presidente da Repúblico, um Mestre de Avis, inaugurando uma dinastia de reis e "exploradores" de gente a quem, vá lá!, dá tanto trabalho.
Na verdade a entrevista não vale nada.
Não justifica mais do que uma pequeníssima nota de roda-pé.
Não entendo porque raio de carga de água se está a dar tanta importância à mesma que justifica abertura de telejornais e de notícias da rádio.
Será que a Visão está tão mal que precisa deste tipo de publicidade?
Só pode.
A não ser que os nossos ilustres jornalistas sejam mais burros que paracem.
Coisas do centenário. Ele deu algum contributo?
Perguntem às funcionárias do Continente onde está o ditador. Não há paciência!
O seu "brilhantismo" resume-se à fortuna que lhe caiu em sorte, a distribuir produtos de consumo geral, a revender comunicações e a vangloriar-se do seu empreendedorismo de pé descalço. Uma coisa é certa, dá trabalho a muita gente mas sem grande qualidade de vida.
E se mais dissesse, dar-lhe-ia uma importância indevida, e estaria a banalizar o meu precioso tempo.
«Não justifica mais do que uma pequeníssima nota de roda-pé»
Vejamos.
Uma balança:
Num dos pratos, o percurso académico, empresarial e de experiência de vida de Belmiro;
No outro, os percursos académicos, profissionais e políticos deBarrosos, Santanas, Sócrates.
Felizmente há luar.
E há pouco, Mahler na Gulbenkian.
JB
Por mera coincidência, hoje almocei com alguém com quem não falava directamente talvez há uns três anos. Este alguém, o ano passado, conjuntamente com os seus sócios, reduziu o seu ordenado em 25% para, assim, haver dinheiro para pagar os ordenados dos seus empregados e conseguir não despedir ninguém.
Rendo-me à sua dignidade e grandeza.
Uma amiga minha, tomou por trespasse ,a um colaborador do ENGº, duas tabacarias no Continente da Guarda e Covilhã.Na Covilhã fizeram obras e aumentaram -lhe o espaço ,,que lhe entregaram no osso.Como não tinha dinheiro para mobilar ,aumentou as dividas,pois ainda não tinha pago as do trepasse.Como premio da dedicação aumentaram-lhe a renda creio que cinco vezes. Parece-me que qualquer coisa como 600 contos mes.Para compensar e a menos de 100 metros,começaram a dar o Publico e a vender revistas,jornais e tabaco.Esta concorrencia desleal, em breve deu resultado.Como a renda estava garantida por caução bancária, o BANCO permite que o fiador fique com o suficiente para não morrer a fome. O mesmo não acontece com a arrendataria.Como era patroa, nem ao subsidio de desemprego tem direito.Estava a esquecer-me do caso da Guarda.O contrato era temporario.Acabou sem qualquer compensação.
Não será possível inquirir os funcionários do senhor comendador para saber se é "negreiro ou empresário"?
É conhecida qualquer preocupação social nas empresas do senhor comendador?
Para além do espírito e do ouro do tio Patinhas que mais haverá para incensar o senhor comendador?
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