9.1.10

A FALÁCIA

«As principais vítimas de tudo isto serão aqueles que amam ou desejam alguém do mesmo sexo, homossexuais e lésbicas, mais os primeiros do que as segundas, que sitiados por uma sociedade que efactivamente os hostiliza e maltrata, serão vítimas de ver o seu amor ou o seu desejo ainda mais marginalizado pela exibição mais ou menos folclórica e "fracturante" de meia dúzia de intelectuais, pequenos e médios criadores e artistas, gente do mundo da comunicação social, das indústrias culturais, da moda, urbana, jovem, bem arranjada e chique, que em conjunto com alguns políticos, deram origem a uma pseudocausa, de um pseudodireito, o do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O Partido Socialista, frágil nas suas convicções e sem uma ideia consistente para o país, que cada vez menos conhece, abriu a brecha por onde o Bloco de Esquerda entrou. E não o fez só agora, já com a legislação sobre o divórcio se andam a meter nas andanças da engenharia social "fracturante", gerando uma sociedade mais fragilizada e menos justa para os fracos, como as mulheres divorciadas por carta e os homossexuais que não pertencem à beautiful people

José Pacheco Pereira, Público

5 comentários:

Anónimo disse...

Esta pode ser a vertente do problema para os homossexuais e complementa o meu comentário a outro post, há dias:

"De facto a lei paneloka não é proibicionista. O grave destes "avanços" é que, na sociedade, há quem não precise de directrizes e regras estáveis para viver harmoniosamente com os outros. Penso que é o caso do JG. A maior parte do povo precisa. E a família e as instituições familiares tradicionais são uma peça fundamental para a maior parte das pessoas.

Começam a aparecer coisas esquisitas, mascaradas de inovações e de modernidade, em tudo o que mexe no que somos como gente. É preciso ter uma estrutura intelectual muito sólida para saber o que se é, independentemente das "novidades" que nos vão atirando para cima. E, na minha opinião, a maior parte das pessoas sente-se desconfortável e já não sabe porquê."

De facto, se eu tivesse essas preferências, sabendo-as minoritárias e ostracizadas de facto, o que eu mais queria era que me deixassem em paz com as minhas escolhas. Não este folclore ridículo.

PC

Anónimo disse...

Homossexuais e lésbicas?! Ó Pacheco Pereira, então as lésbicas não são homossexuais???

Anónimo disse...

Pronto. Agora que o Engenheiro já cumpriu a promessa que, qual minhoca, tinha colocado no anzol dos votos esquerdistas nas legislativas, é tempo de o Tribunal Constitucional mandar aquilo para o caixote do lixo. Com efeito, a lei do casamento dos "same sexers" é inconstitucional dos pés à cabeça ou, pelo menos, do umbigo para baixo. A não ser que o dito cujo tribunal mais não seja do que o prolongamento das maiorias da Assembleia da República. Se o fizesse, não seria a primeira vez. A partir do momento em que o dito cujo tribunal decidiu que o embrião que cresce no ventre materno não é humano, permitindo assim a legalização do crime do aborto, tudo se pode esperar. Aguardemos

Unknown disse...

Peço desculpa, mas já não existem homossexuais. Fazer a distinção homosexual/heterosexual é discriminatório. O que há é heterosexuais que têm como objecto sexual pessoas do mesmo género.

joana disse...

Pois é. A principal vítima de eu passar a poder casar sou eu mesma. Ainda bem que temos os Pachecos Pereiras e os Joões Gonçalves da vida para nos fazerem ver estas coisas. Obrigada.