O General Ramalho Eanes celebra hoje setenta e cinco anos. Num ano em que as benevolentes falam de eleições presidenciais como se tivessem lugar já amanhã - elas estão sempre com um olho no burro e outro no cigano e a sua "história" dura menos de um dia - apraz-me saudar o bom peso do passado. E é apenas isto, escrito noutra ocasião. À medida que decorre incessantemente o pior - pessoas, circunstâncias, instintos -, mais a imagem desse homem austero e decente se me afigura exemplar. Eanes foi o primeiro presidente eleito por sufrágio universal, directo e secreto. Tinha quarenta anos. Com o poder de que então dispunha - político e militar - podia ter sido tudo e feito tudo. Fez, porém, o essencial preservando a liberdade.
8 comentários:
com excepção do actual PR, depois dele, só apareceu lixo socialista e republi-cano de esgoto.
comemora-se a 1ª rep:
1917-jornal francês «hoje, por ser domingo, não houve revolução em portugal».
igualdade só no cemitério.
diur-ética republicana (micto-turismo de inverno)
Já tive oportunidade de testemunhar no mesmo sentido:
http://largodasalteracoes.blogspot.com/2010/01/honorabilidade-na-politica-tradicao-ja.html
E eu que tinha a ideia que ele era um patego.
Penitencio-me.
Uma "oração" digna, justa e austera - à semelhança do Homem em causa.
Honra-o a ele e a si.
Para lho dizer, num jantar próximo de um velho grupo de colaboradores.
Quanto ao termo 'patego' usado pelo Jacinto, vejamos agora à nossa volta: os Costas de Macau, os Vitalinos (de Macau), os Lellos, os Varas, outros do PSD e ou do CDS.
Ou um certo triunfo dos porcos.
JB
É um homem temível para os gamelados do poder. E bem necessário para comandar a força dos decentes que vão resistindo.
JB,
O "patego" não me pertence - faça o favor de o devolver a quem de direito...
Cpmts.
Foi o unico Presidente em que votei e estaria disposto agora a repetir a dose, mas, como se costuma dizer, os tempos sao outros...
O General e um dos poucos motivos para sentir algum orgulho nesse lamacal em que se tornou Portugal - nao alcancou a notoriedade mediatica de Mandela, Gandhi ou Lee Kuan Yew ou Salazar, por razoes circunstanciais, mas e feito da mesma massa que eles. Ninguem consegue ser mais honesto (honrado, e assim que se diz?) do que um homem verdadeiramente honesto.
E obrigado por se ter e nos ter lembrado dele.
(Luis)
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