Esta pergunta não tem um destinatário directo, mas sim uma espécie de destinatário geral. Com o «acordo» entre Isabel Alçada e os Sindicatos uma horda de contestatários levantou-se atacando a resolução, escolhendo, de uma forma que no mínimo apelido de curiosa, Vital Moreira, sim, Vital Moreira, para líder. Curiosamente, parecem-se com aquele tipo de pessoas que têm opiniões extremamente firmes sobre Educação e Sistema Educativo, apesar de nunca terem lido um único despacho governamental. Sobre o mal nacional deste acordo deixo-vos um tímido e inocente: «Então porquê?»
tmr
tmr
13 comentários:
Mais um...sorri cínicamente porque advinhei quando Marcelo Rebelo de Sousa disse que "todos ganharam" e se referia aos Professores e aos Sindicatos e não se referia aos Alunos...aqui é o mesmo.
A educação só poderá existir quando o Ministério da Educação for arrasado e nada ficar desse Monstro Socialista.
lucklucky
Sobre as atoardas do citado:
"Com o acordo, quase todos os professores chegam ao topo da carreira com o decurso do tempo, mesmo os que nunca passem do mediano e corriqueiro "bom" na avaliação, o que não tem paralelo em nenhuma outra carreira no sector público (muito menos no privado evidentemente). É como se todos os militares tivessem garantida a chegada a general, ou todos os funcionários públicos a subida a assessor principal."
Infeliz exemplo o militar. o homem não estudou a lição. Todos nós sabemos que na marinha, por exemplo, cada esquadra, seu almirante, e na marinha de guerra portuguesa há mais almirantes do que embarcações, quanto mais esquadras...
Quem está por dentro da avaliação dos professores devia saber que um, senão o, maior problema da avaliação é o facto de ela ser feita pelos pares da própria escola.
Se o avaliador já está nos últimos escalões da carreira, pouco se importa com a avaliação dos colegas e classifica-os todos com muito bom e excelente, deixando a triagem da avaliação para a responsabilidade da direcção da escola.
Se o avaliador é um par dos avaliados no escalão da carreira, adivinhem como ele vai avaliar os colegas, mesmo que eles tenham demonstrado ser muito bons ou excelentes.
Resultado, em ambas as situações se verificam avaliações injustas, que depois nem a direcção da escola, com a sua quota parte (menor em peso) da avaliação pode corrigir.
Resultado: As escolas, depois de terem saído os primeiros resultados das avaliações, têm os seus corpos docentes mais ou menos em polvorosa interna.
Vê-se logo que este senhor, que de acordo com o meu voto, nem estaria onde se encontra, nem ele nem nenhum outro deputado de coisíssima nenhuma, parece querer mostrar-nos, porque lhe convém ao discurso político que defende, que não percebe minimamente do que fala, o que não é verdade, porque ele, tanto quanto sei é professor universitário e sabe muito bem como funciona o sistema de progressão na carreira onde lecciona.
VA
É óbvio que Vital, neste caso, tem razão. Sintético e lúcido. Este acordo demonstra a força reivindicativa das multidões. Num sistema destes, quem não a tem está tramado.
O Prof. Vital Moreira. Um dos "pais" da nossa Constituição "rumo ao Socialismo" de 75.
Em minha opinião, daqui a 500 anos será lembrado como uma das pequenas "desgraças" que aconteceu a este País.
Para bem entender, é como se:
A nossa casa ou o estado (ou nós) só produzíssemos dez paizinhos, e mais necessitássemos, precisamente de doze, para o nosso dia de hoje.
Agora nota que além de devermos pagar os dez pãezinhos com todo o nosso dinheiro de hoje, e ficando assim de bolsos vazios, ainda tínhamos para pagar mais dois pãezinhos que o padeiro (Europa e Mundo) registaria para amanhã pagarmos. Sem cheta pois e ainda com dívida além do que temos. Quem poderá assim viver, gastando tudo o que tem, e ainda confiando que nos dêem quanto precisamos em troca de crédito sobre o que não temos. Claro, amiga? Quem quiser me corrija. Este 'choa embora tenha dado História Das Ideias Económicas nunca estudou Economia. Também a(o)s donos de casa se governam (ou fazem por isso)saibam ou não de contas.
Começa a perceber que por detrás duma fraselogia "em nome do ensino" o que se passou e passa é uma luta pura e dura de manter direitos adquiridos,por um lado, e, do outro, uma tentativa de reduzir o deficite à custa de salários.
Pelo meio, escolas perderam professores com experiência (reforma, desmotivação, ...), viagens de estudo, que não se realizaram, porque havia uma lei de faltas à medida, degaradação do ambiente escolar ....
A melhoria do Ensino, que envolve Pré-escolar obrigatório, responsabilização de Encarregados de Educação, Escola e Entidades patronais, conjuntamente, fornecimento de meios ás Escolas, népias, porque poem em causa o défcite ...
são convicções...bastam-se a si mesmas. nada a fazer.
A carreira dos professores do Ensino não-superior não é hierárquica. De início ao fim um professor exerce as mesmas funções. Não existem relações hierárquicas entre professores em escalões de progressão diferentes pq todos executam as mesmas tarefas. São colegas. Tudo soldados.
As chefias, nas escolas, auferem suplementos remuneratórios aos vencimentos base do escalão da carreira docente.
O topo (dos topos) da carreira em termos vencimento de um professor corresponde a 2000 Euros (líquidos) e será atingida na melhor das hipóteses após 34 a 36 anos de serviço!
A.
Algumas reflexões:
-sem fazer grandes cálculos, até 2013(data da revisão deste acordo) o aumento da despesa pública não deverá ultrapassar os 40 milhões de euros(posso mostrar a spreadsheet tecnocrática se quiserem,feita em 15 minutos e sem ser pago para isso!); bem mais do que isso é a vergonhosa sorvedouria da RTP subserviente, a atitude criminosa da CP e da Refer, e até nem vou falar dos ajustes directos que enchem (usando um termo popular do povo) os bolsos dos amigos rosa ou lilás, à custa do erário público;
-posso discordar do acordo, mas não pelo lado da despesa; é pelo lado de existirem 10 escalões de uma carreira. Um perfeito disparate de inspiração republicano-militar do séc. XIX e que ainda empregna a nossa douta função pública. Diferenciar um professor de matemática com 5 anos de carreira, de outro de ed.visual com 10 anos, apenas pelo tempo de serviço ou idade, it's pure nonsense. Diferenciar quero eu dizer. E isto tudo leva a que depois existam a inúmeras incongruências deste processo de avaliação;
-por último, é verdadeiramente obtuso que o Prof. Marcelo venha a defender a pirâmide da cátedra portuguesa, quando nas maiores universidades do mundo a pirâmide está invertida relativamente à nossa(relativamente à europeia continental,that is). Ou seja, a bitola é ir eliminando os mauzinhos e permitir que os bons e os muito bons cheguem ao topo.
Por isso, estes sistemas de avaliação que andam por ai, são verdadeiras parvoíces(quotas, inter-pares,avaliações de aluno sem aferição externa,etc).
António Silva
Constatação pura e dura: andámos 4 anos a brincar ao animal feroz, porque era essa a imagem que estava a dar. Factos: depois de tanta exigência, 99% dos professores tiveram avaliação de BOm, com um sistema tão complexo e detalhado que iam morrendo de exaustão ao aplicá-lo. TODOS os professores titulares passaram em concurso curricular, nunca foi estreada a prova de acesso a esta categoria. Não houve até hoje nenhum exame de entrada na carreira, foi sendo adiado cada ano, e foi adiado ainda este. Agora, (talvez) seja só para os que vierem a ser contratados no futuro. Cedências? Não. Desistência mascarada de negociação, isso sim. E todos aplaudem. Fantástico.Haja paz. E ímpeto reformador, doa a quem doer, seja lá o que isso for na novissima linguagem política.
Um povo profundamente estúpido e ignorante.
Poderia existir algum país/povo no mundo desenvolvido que pusesse em causa aqueles que são os agentes-base de todo o seu desenvolvimento económico, social e cultural? Os professores? A resposta só pode ser um retundo NÃO pois que deixariam no médio/ longo prazo de ter o estatuto de países desenvolvidos.
É uma questão de puro bom senso. De pura lógica.
É por esta(s) razões que somos E SEREMOS sempre um povo/país atrasado e subdesenvolvido a nível económico, social e cultural. Está-o nos "genes". Nada a fazer, como está plenamente demonstrado.
AH
Eu fui vitima do poderio de um grupinho de sanguessugas avaliadoras que, em relação à ex-ministra fazem-na parecer uma criancinha ingénua. Acabem com o poderio dos conselhos directivos. O que lá se passa é medonho!
A classe dos professores é muito má em termos de qualidade humana. Existirá sempre aquele tique de guerrilha pelas melhores notas dos tempos de estudante e o "graxismo" anda sempre a rondar. Os conselhos directivos aproveitam essas facetas que eles tão bem conhecem, pois são também professores e usam e abusam do poder que lhes é dado, não têm critérios, só querem manter os lugarzinhos, seja a que preço for, por isso convém eliminar ou murchar quem mostra vontade de trabalhar a sério. O que conta é o "show", muita papelada gira para as avaliações externas.
Os professores são mais maltratados nas escolas do que alguma vez a anterior ministra os maltratou. É realmente horrível o que se passa de injustiça no seio escolar.Eu preferia mil vezes ser avaliada por elementos externos, do que por colegas que não têm capacidade para tal, pois não se pode esquecer que também eles já foram apreciados como professores pelas pessoas que avaliam, exactamente porque são colegas e têm falhas como os outros.
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