O MELHOR E O PIOR

Diz que o ano acabou. Curiosamente, este ano não li por aí os habituais panegíricos. Estava à espera de umas quantas listas intermináveis, tipo «coisa-blogosférica-muito-tola do ano». Não houve. Ou se houve, saltei tanto post que não vi – erro meu. Enfim, eu não vou fazer uma lista interminável. Vou só referir duas ou três coisinhas que me agradaram neste ano. Provavelmente o blogue mais interessante que apareceu neste ano foi o Suction with Valcheck. Faz lembrar os blogues do início, o que, de uma forma algo estranha, o torna refrescante (belo adjectivo, este). Dos colectivos, acho que é só. Alguns nomes que me cativaram ao longo do ano foram (é tão giro começar com um pseudónimo) o Rogério Casanova, pela prosa e pelos temas; o Henrique Raposo, que ainda usa o blogue para expor ideias e não apenas parvoíces de três dias; o Miguel Cardina, que gosto de ler, mesmo quando discordo (este foi um dos posts do ano); e o Filipe Nunes Vicente que, arrisco, seria o blogger do ano, se houvesse um prémio para isso. Claro que haveria mais blogues e gente para referir, mas a ideia é salientar os especiais e não tornar tudo banal. Um bom ano, gente virtual.

P.S.: O pior do mundo blogosférico, que tem apenas direito a um fraco post-scriptum, foram definitivamente os blogues de campanha eleitoral. Contra mim falo, que estive num, mas esta é a verdade. Independentemente de as pessoas serem extraordinárias, o conceito é mau, o impacto ridículo e apenas serve para tirar à blogosfera o que ela tem de especial.