O Henrique Raposo escreve no seu «blogue» A Tempo e a Desmodo – um blogue a sério – que o «mote» para 2010 deve ser «amar o país, odiar o regime». A segunda parte do dito mote compreende-se. Só não odeia este regime quem ainda não lhe prestou muita atenção. A segunda obrigou-me a coçar as duas orelhas. Porquê amar o país? Ando há tempos para ler isto e umas coisas semelhantes sobre isso do «patriotismo», um sentimento que sempre me pareceu estranho e cuja «obrigatoriedade» ainda me parece mais estranha. Sem querer ser negativista, novo pecado na lógica reinante, reduziria o mote a metade. Amar o país ainda não é uma obrigação. Fazer alguma coisa por ele é, antes de tudo, uma necessidade básica. Mais do que isso, é com cada um.
7 comentários:
trabalhei para consolidar um país
que o pm se encarregou de destruir.
de comum com esta gentalha
tenho apenas o que resta da língua
e o espaço em que nos movimentamos.
recebi bolsas de estudo de outros países
neste o grito de guerra continuará
"a bolsa ou a vida"
o governo olha para mim apenas como contribuinte sempre ao seu dispor
Só se deve fazer algo por aquilo que se está pronto para amar. De outra forma, qualquer obsessão crítica, torna-se inútil. Não é lógico? Agora, o que temos tido consiste apenas em esfarrapar, destruir e nada de convincente para propor. Se alguém o tenta, é esmagado com o habitual apodo de "idiotia" ou pior ainda. Isso é que me parece estranho. Infelizmente, é a norma oposicionista regimental.
País não é o mesmo que Nação nem é o mesmo que Pátria, com toda a carga ideológica que cada termo ainda transporte, de usos e abusos linguísticos do passado.
Não me suscita pejo, essa ideia de amar o país.
Penso que quem ama a sua terra faz mais por ela do que quem por ela sente indiferença ou repulsa.
ya ó gajo do bigode
Ai essa coerência com as ideias defendidas pelo bomfeitor S ....
Se por acaso lhe interessa uma meia dissertação sobre direitos adquiridos, deixo-lhe aqui uma singela pista:
http://livroreclamacoes.blogdrive.com/
Parece que foi ontem
Cps,
HN
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