Ouvi, creio que ontem, Vítor Constâncio na televisão a alertar para a necessidade de pôr as contas públicas em ordem. Exigiu esforços ao país e mais trabalho ao governo, deixando o aviso que não podemos esperar pelo retorno dos pacotes anti-crise e dos investimentos públicos (é óbvio que não podemos esperar por tais retornos, dado que o mais certo é nunca chegarem). Poderíamos encarar tudo como uma critica à governação, que deixou a situação chegar onde chegou, mas não é. Não é a primeira vez que Vítor Constâncio se presta a este papel. O governador do Banco de Portugal presta-se ao ridículo de ser um apanha-balas do governo. É alguém que não pode ficar «desgastado», dado que o seu cargo não depende da simpatia popular, mas apenas da simpatia governamental. Há uns meses era o aviso de que precisávamos de aumentar impostos. Claro que o governo correu para os jornais negando. Blasfémia. Agora Constâncio volta ao mesmo discurso. Ainda não ouvi a resposta de José Sócrates ou de Teixeira dos Santos, mas a verdade é que temos um Orçamento prestes a ser apresentado e um governo que barafustou infantilmente contra uma oposição negativamente coligada, numa tramóia que, supostamente, até incluía o Presidente da República, quando um Código Contributivo que ia aumentar a carga fiscal sobre as empresas foi adiado. Uma bolachinha para o dr. Constâncio e um terço para nós todos, se faz favor.
7 comentários:
Por isso é que se pôs a jeito e levou um pontapé para cima, com rumo a uma qualquer gaiola dourada algures na UE.
É assim que se fazem as ditas "remodelações".
A
Rui
Nos exactos termos em que o fez, ou seja, a necessidade de já em 2010, haver um sinal claro no esforço de diminição do défice do orçamento, diria não ser alheia a circunstância de estar a decorrer a consideração da sua candidatura a uma das vice-presidências do BCE.
constou que aprendeu teatro
na Mocidade Portuguesa
bolacha só no sentido de
"chapada nas ventas"
que comecem por retirar a acumulação de reformas e respectivos subsídios de férias e natalc oleccionadas por autarcas ao longo de 20 anitos de tacho.
que reformulem as reformas vitalícias de autarcas, vereadores e outros que sempre viveram agarrados à teta do estado.
assessores tb, já agora.
os mais novos estão a ser escravizados para pagar as regalias de uma geração burguesa que aproveitou o 25 de abril e adulterou todos os seus princípios.
ainda não há mto tempo era notícia do correio da manhã que um autarca ganhava 15 000€ de reforma. o tipo nunca desmentiu.
só cortam nos direitos da classe média.
Concordo com a Teodora.Quanto ao sr Constâncio, que recuse o seu salário de 17.817 euros durante alguns meses,e possa desta forma ajudar o país.
Tem cá uma lata este Constâncio! Vai uma aposta? Cada Português vai pagar em média mais 200Euros por ano em impostos!
É ele e o contorcionista do sr. Mmettello que com privilegiado protagonismo se esmera de forma esforçada para tentar justificar o injustificável, cada vez que se exibem indicadores cada vez mais negativos da nossa decadente economia, sabendo porém, que a cada justificação caberá um se, para justificar os próximos actos contorcionistas de elaboradas justificações.
Confuso? É assim que me sinto.
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