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23.10.10

A VANTAGEM DE CARRILHO


Manuel Maria Carrilho regressa aos comentários na televisão. Começa hoje, na tvi, no respectivo jornal nacional às 20. Da última vez que Carrilho apareceu nestas coisas - e que eu acompanhasse - foi na sicn, nos idos de 2000/2001, onde sinalizava "o estado da nação" guterrista a caminhar rapidamente para o fim "pantanoso". Não concebo que faça menos do que isso em relação ao "estado da nação" socratista. Com os comentários televisivos, por parte do PS, entregues a um conjunto de veneradores mais ou menos politicamente iletrados e, em geral, a um registo único e rebarbativo, Carrilho leva, desde logo, vantagem.

25.9.10

UM FAZER DE MORTO

Como é que um totó desta envergadura pode ser director de informação do canal generalista português com maiores níveis de audiência? Se calhar é por isso. Como recomendava o boneco do dr. Jorge Coelho na "contra-informação", aqui há uns anos, deve dar-se ao povo o que povo quer.

10.8.10

A SUSTENTÁVEL LIGHTNESS DO SER


Não é apenas a queda de um telejornal. É, pelos vistos, o fim de uma televisão enquanto órgão de informação. O "perfil" do actual director-geral adequa-se perfeitamente aos tempos de derrota do pensamento que vieram para ficar. Bebam suminhos e já gozam.

8.8.10

A QUEDA DE UM TELEJORNAL


Reparei num share televisivo publicado hoje num jornal. Seriam para aí uns dez programas. Dos telejornais, o mais visto era o da RTP1, precisamente o oficioso do regime (o "povo" aprecia ser dispensado de pensar por si). O último é o da TVI - o Jornal Nacional - simultaneamente o último lugar no tal share apesar da TVI ser líder nomeadamente por causa das telenovelas. O desmembramento da equipa de jornalistas de investigação que trabalhavam com Manuela Moura Guedes não deve ser alheio a isto. Bem como o "investimento" político soft que passou a ser feito imediatamente a seguir à saída de Moniz e de Manuela que, nos primeiros tempos, quiçá por inexplicáveis mecanismos de transferência estudados pela psicologia, roçava o pior respeitinho. Constança Cunha e Sá "anestesiou", com a sua descoordenada "coordenação", a edição política do canal generalista apesar de alguns momentos razoáveis no canal por cabo, a tvi24. Marcelo, Marques Mendes, Villaverde Cabral, Rui Ramos - e poucos mais - zelam para que a política não fuja de Queluz já que as intervenções de Cunha e Sá, apesar de melhores em relação ao transe do respeitinho, não chegam. Moura Guedes bem que podia ter "alta". Sempre animava a malta.

16.12.09

COITADINHOS

O apresentador do telejornal da TVI, um tal Castro, persistiu na parvoíce por causa do Papa e do casamento entre católicos e não católicos. Foi ao ponto de confrontar um convidado com a "menor tolerância" de Ratzinger com a "maior tolerância" de João Paulo II. A ignorância é atrevida como delicadamente lhe tentou explicar o convidado. À criatura televisiva, porém, não ocorreu que não existe qualquer hiato intelectual ou teológico entre os dois Papas. Talvez julgue que João Paulo II, como Diana Spencer, era uma espécie de "Papa do povo" e que, mais um bocadinho, ia a Queluz aos programas do Goucha e da estridente Pinheiro. Coitadinhos.

16.9.09

DITO E INTERDITO

«Mas nesse campo [jornalismo de investigação] vai haver mudanças em relação ao que existia: Ainda não pensámos nisso. Pluralismo, independência e verdade, isso é garantido que vai haver. Aliás é obrigatório, não se concebe um jornalismo sem ser assim.» Quem fala assim é o novo director de informação da tvi, Júlio Magalhães. E a resposta, analisada à luz de um qualquer manual de psicologia barata, c'est tout un monde. Há coisas que só precisam de ser ditas quando ameçam ser interditas. Como o senhor director é "escritor", deve saber o que é que isto quer dizer.

9.9.09

SEI LÁ


O novo director de informação da TVI é Júlio Magalhães. Também é "escritor". Trata-se manifestamente de um upgrade em Queluz.

6.9.09

A "MORAL"


A "direita" não tem "moral" para criticar o "caso Moura Guedes" por causa de Marcelo em 2004. Ou seja, o autor do argumento não está um átomo preocupado com nenhum dos casos quando ambos relevam da liberdade de expressão (podemos não gostar de ver e ouvir Marcelo ou Moura Guedes* mas não é suposto calá-los gratuitamente). A preocupação dele é a "moral". «Se eles não tiveram "moral", nós também não temos de ter.» Foi o que ele quis dizer.

*Por falar em Moura Guedes. Enquanto o marido dela foi director-geral TVI e ela era conhecida como a "generala", vigorava o velho e sonso respeitinho português em Queluz. Poucos gostariam de Manuela, do seu "estilo", do seu "jornal", mas poucos se atreviam a dizer-lho na cara. Havia "os dela" e havia "os outros". Por isso, passada a necessária fase de nojo Freud aterrou de cabeça em Queluz. Mesmo que o divã seja uma nulidade jornalística como Paula Magalhães (quem é?) em boa hora "recuperada" como "porta-voz" da indignação contra Moura Guedes. Não interessa a esta gente o acto que retirou de emissão um produto deles. Algo que, de acordo com as audiências, ajudava bastante a pagar-lhes o ordenado. Não. Interessa apenas lançar as velhas pedras do deserto para cima de quem passou para baixo. De bestial a besta, um "número" gasto mas sempre recorrente. Devidamente aproveitado, aliás, pelos friendly do poder nos media tradicionais e nos blogues. É da natureza humana e da portuguesa, em particular. Que lhes faça a todos bom proveito.

3.9.09

NO TEU DESERTO, NO NOSSO DESERTO


«Qualquer que seja o argumento invocado pela administração para suspender o Jornal Nacional de sexta-feira, este é um acto que não se pode praticar a um mês de eleições. Não se pode fazer uma coisa destas. Por isso, na sequência desta suspensão, entendi que não fazia sentido continuar. Se não sirvo para comentar à sexta-feira no Jornal Nacional, também não sirvo para comentar às quintas [na TVI24, com Rui Ramos e Villaverde Cabral]», disse Vasco Pulido Valente ao "i". Sousa Tavares já tinha permanecido na TVI, em 2004, aquando da saída de Marcelo. Nada de novo, portanto, do lado do escritor/comentador que lavou as mãozinhas do incidente.

DEPOIS NÃO SE QUEIXEM


Kim-Il-Sócrates atingiu o seu momento "zen". Primeiro, foi ao Porto num avião de propaganda ao "sim" da Irlanda ao tratado de Lisboa e falou como um líder admirável. Norte-coreano mas já a roçar Józef Klemens Piłsudski, nascido ainda no século XIX. Até na Irlanda ele quer mandar, imagine-se. Segundo, o Kim português e os seus (nacionais ou estrangeiros) deram instruções para parar o Jornal de Sexta da Tvi, dirigido pela Manuela Moura Guedes. Não vale a pena disfarçar com as habituais plumas e lantejoulas "à la Pitta" dos acéfalos simplórios. É uma manobra fascista do PS de Sócrates, dos seus aliados e lacaios. Resta saber quem, dentro da TVi, vai alinhar nesta farsa depois de alguém ter acedido às exigências do duce que mandou transferir a emissão de ontem (debate com Portas) para território "neutro" em Paço de Arcos. Até fez questão de chegar atrasado para mostrar quem manda. E ninguém levantou o rabo da cadeira para o deixar a falar sozinho. Ora não é preciso ser anarquista para saber que os que obedecem sustentam os que mandam. Vem aí a grande separação e os velhos navios cheios de fantasmas deste "socratismo" cretino em fim de carreira que nos envergonha a todos. Sobretudo aos que ainda têm um rosto dentro do PS. E não se esqueçam que, quando Marcelo foi corrido da TVi, até o choramingas do dr. Sampaio o recebeu e o país tremeu de indignação. Que sejam, pois, apontados a dedo estes vermes pusilânimes. E fuzilados sem mercê pela força da palavra e do voto. Depois não se queixem.

5.8.09

O NEGÓCIO


José Eduardo Moniz deixou hoje a TVI. Isto quer dizer que a informação da TVI que recomeça em Setembro será outra. Por linhas mais tortas ou menos direitas, a "situação", como se dizia no Estado Novo, ganhou. Dirão que são negócios. Pois são. Mas o que é o regime senão um imenso negócio?

25.6.09

O QUE AQUILO NÃO É

João Cravinho - imagino que não seja conselheiro de Cavaco ou de Ferreira Leite - explicou tranquilamente a Mário Crespo por que é que não é possível haver um negócio com a dimensão do anunciado entre a Media Capital e a PT sem o consentimento (e muito menos a ignorância) de um accionista golden share com a natureza do Estado. Ou seja, se Sócrates, Lino e Silva Pereira ignoram o que, pelos estatutos da PT, deviam saber, resta-lhes tirar as devidas ilações, em assembleia geral da PT, relativamente à sua presidência. É que negócio entre "privados" é que aquilo não é.

Adenda: João Soares - um homem estimável mas politicamente imbecil - louvou-se neste post do Tomás Vasques para, diante do mesmo Mário Crespo, atacar o Chefe de Estado por se "meter em negócios privados". Crespo devia tê-lo virado para a parede, com umas orelhas de burro, e colocá-lo a ver e a ouvir a fala de Cravinho pelo menos umas trinta vezes.

Adenda2: O José Medeiros Ferreira, sempre sibilino e enigmático, coloca questões interessantes:«Afinal, entre os accionistas, quem estimula a PT a entrar e a sair dos «negócios» da comunicação e dos «conteúdos»? Só os efémeros tuteladores da «golden share»? Não haverá por aí outros agentes da compra e venda? Neste caso com a aparência de um favor a José Sócrates ?» Aparência ou realidade, pergunto eu? Mesmo assim, e como são toscos, se calhar vão ter de "engolir" o Moniz...

24.6.09

A BARRICADA


Foi o "animal feroz" de antes de 7 de Junho que respondeu a questões dos deputados sobre a TVI e a alegada entrada de capital da PT na mesma. Sócrates - e o ministro S. S. por maioria de razão - não sabe nada. Aquela candidatura frustrada do director-geral da TVI à presidência do clube do sr. Vieira não caiu do céu. Moniz prepara (mais) uma barricada. A ver vamos se é em Queluz.

21.6.09

UM SINAL


Quando ouvi a declaração de Moniz (sobre a presidência do Benfica), recordei as primeiras investidas de Manuel Alegre para Belém. Parecia que a meio avançava e, por fim, desistia. Acabou, todavia, por avançar. Perdeu e voltou para o seu lugar de deputado e de vice-presidente do "Solene Congresso". Ora se calhar Moniz não tinha a mesma certeza de, perdendo, poder manter-se como director-geral da TVI. Seja como for, ficou o sinal. Moniz já está a prazo em Queluz. Em televisão, o que parece é.

29.5.09

O LÁPIS DO LOPES


«O Jornal Nacional de 6ª motivou 48 páginas à ERC, divididas por um relatório da Unidade de Análise de Media e uma deliberação do Conselho Regulador. Ambos os documentos estão construídos do primeiro ao último parágrafo para condenar a estação que tem a intolerável ousadia, no reino de Kim-Il Sócrates, de escrutinar sistematicamente os “casos” do grande líder. O relatório da Unidade de Análise da ERC faz decorrer conclusões subjectivas da análise objectiva das notícias que realizou. Poderia ter tirado as conclusões contrárias da mesma análise. Daí que relatório e deliberação sofram do enviesamento que atribuem à TVI. A ERC bem tentou, mas não conseguiu provar que a TVI tenha errado num único facto noticiado; e omitiu que ninguém, nem mesmo os visados nas notícias, as contestou nos factos. Apesar disso, condena a estação em generalidades que são aplicáveis a todos, repito, a todos os noticiários televisivos portugueses (RTP, SIC, TVI): a falta de rigor e a mistura entre opinião e informação. Quanto ao rigor, as notícias da TVI analisadas pela ERC apenas falhavam em rigor linguístico e nalgum aspecto secundário sem gravidade; não foram apontadas falhas de rigor factual. Quanto ao jornalismo opinativo, ele é hoje prática generalizada em quase toda a imprensa e em todos os tipos de notícias de todo os telenoticiários, sejam sobre bola, justiça ou política. Não cabe à ERC condenar um órgão de informação por uma prática generalizada de todos e aceite pela sociedade. Não havendo factos enviesados, o jornalismo opinativo não é uma prática condenável por um regulador, tanto mais que o Jornal Nacional de 6ª é um espaço próximo do que os semanários de fim de semana em papel sempre pretenderam ser. Pode ser criticável (o que é diferente de condenável), mas o regulador não tem que criticar o jornalismo opinativo sob risco de se imiscuir na liberdade profissional dos jornalistas e, por extensão, na liberdade de informação e de expressão, o que é mais um atentado da ERC contra as liberdades, usando argumentação subjectiva. Condenou uma linha editorial que não agrada ao governo por não agradar ao governo. A ERC cumpriu de novo a sua função pró-governamental. Sem surpresas, portanto. Já ninguém lhe dá crédito. Mas há uma nota grave no caso: o membro do Conselho Regulador que votou contra a deliberação afirma que os ofícios que a ERC enviou à TVI “contêm afirmações genéricas e abstractas, o que impossibilitou o operador de contraditar os factos que lhe foram atribuídos" (PÚBLICO online, 28.05). “Houve desrespeito do princípio do contraditório”, afirma. Isto é, poderemos estar perante um caso de desonestidade processual.»

Eduardo Cintra Torres

28.5.09

AO MESMO


A ERC, um corpo esquisito criado pelo governo e pelo dr. Santos Silva, "considerou" que o Jornal das Sextas, da TVI, violou "normas ético-legais". Sempre aqui se escreveu que esta ERC é a ASAE dos jornalistas, uma coisa asséptica destinada a "purificar" a mensagem e a punir o mensageiro. O presidente da dita, aliás, podia perfeitamente ter servido o Estado Novo. Tiques como aquele de rejeitar um determinado profissional para lhe fazer uma entrevista suponho que nem ao Dutra Faria devia ocorrer. A ERC não tem autoridade moral para fazer recomendações éticas. É uma excrecência política do PS escondida sob a capa de "entidade reguladora". Mais valia ter o Arons de Carvalho - essa velha raposa controleira da comunicação social, agora armada em "queixinhas" - como porta-voz. Ia dar ao mesmo.

Foto: Nuno Ferreira Santos, Público

22.5.09

RASCA


Vital Moreira é um ersatz de Santos Silva. Marinho Pinto tornou-se num ersatz rasca de Vital Moreira e de Santos Silva. A Manuela Moura Guedes é uma jornalista que se portou à altura de uma senhora. Até quando é que a Ordem dos Advogados vai ter à frente dela alguém que não sabe, afinal, estar à altura das suas responsabilidades?

10.5.09

PARABÉNS, MANUELA


Reparo, através dos "shares" televisivos publicados nos jornais, que o Jornal Nacional de sexta-feira, na TVI, é invariavelmente o primeiro dos telejornais em audiência. Passou entretanto um ano sobre o regresso da Manuela Moura Guedes e da sua equipa. Conheci pessoalmente a Manuela na sua casa de Lisboa, a Alvalade, perto das piscinas do INATEL, quando acompanhei a Ana Pereira da Silva (então sua colaboradora num programa da RTP e hoje jornalista da Visão) na "passagem de ano" festejada naquela dita casa no princípio dos anos 90, não sei precisar o ano nem interessa para o caso. Entre outros, estavam Judite de Sousa, Alexandra Lencastre e Vergílio Castelo. E Moniz, naturalmente, à altura director da RTP. Foi uma noite divertida. A Manuela tem um "estilo". Nem sempre estou de acordo com ele mas prefiro, de longe, que ela exista (com o seu "estilo" sem o qual não seria ela) a não haver um telejornal como o que ela apresenta e que, competentemente, a sua equipa prepara. Alguém já os desmentiu? Não troco a liberdade de expressão por nada. Informar com verdade é risco e dor. E, num país embotado, atento e venerador como o nosso dói muito. Desprezo a "moleza" institucional da maioria do nosso jornalismo, sempre tão consensual, irrelevante e complacente que tagarela apenas para descanso de quem pode e manda. Parabéns, Manuela.

Foto: daqui

27.3.09

UM HOMEM COM UMA RELAÇÃO DIFÍCIL COM A VERDADE


«Não tenho culpa que o actual primeiro-ministro tenha um passado recheado de episódios que vale a pena investigar! Estão constantemente a aparecer... Não vou investigar porque é o primeiro-ministro?! Pelo contrário: ele tem de ser ainda mais escrutinado do que os outros.»

Manuela Moura Guedes, Público



«Revi os JN6 de 13 de Fevereiro (que motivou queixas na ERC), e o de sexta passada. Há neles uma série de reportagens e notícias sobre Sócrates e o Governo. Ainda bem que assim é. Eles estão no poder, têm de ser escrutinados. As notícias são correctas. Estão fundamentadas. Procuram o contraditório. Não encontrei uma única notícia com erros factuais. Nem Sócrates, nem o Governo, nem o PS, desmentiram uma única das notícias. O JN6 não tem culpa, como não têm os portugueses, de o nome de Sócrates aparecer numa série de “casos”, alguns deles investigados pelas autoridades, até a nível internacional. O que se espera, sendo ele o primeiro-ministro de Portugal? Que o jornalismo se cale? Ou que seja calado? Não conheço os fundamentos das queixas à ERC, mas se os queixosos se indignam com jornalismo factualmente correcto que não teme o poder, apetecia apresentar queixa dos queixosos. Invertendo a ameaça de António Vitorino em 2005, bem podemos dizer-lhes para se habituarem à liberdade.»

E. Cintra Torres, idem

21.3.09

ERC E MANUELA OU A TROVA DO RESPEITINHO - 3

«Quando a TVI investiga activamente o caso Freeport e todos os outros casos (e são muitos) relativos à passagem de José Sócrates pela Secretaria de Estado e pelo Ministério do Ambiente, sem se preocupar com as inconveniências, está a cumprir uma função que justifica o papel cívico do jornalismo. O que deveria preocupar-nos não é o facto de o noticiário da TVI ser assim, mas sim o facto de os outros não o serem. O respeitinho com que se trata o poder em Portugal, principalmente o que vem do PS, que é socialmente mais vasto (o PS é muito mais o establishment nacional, da academia às fundações, do que o PSD), é uma patologia cívica que nos entorpece. E, como bem têm assinalado os responsáveis da TVI, as suas notícias nunca são desmentidas.Por tudo isto, espero que a ERC não seja o instrumento que dê ao Governo o pretexto legal para atacar a TVI. O anterior Governo, muito mais atabalhoado neste tipo de operações, conseguiu tirar Marcelo, um seu crítico, de um espaço que lhe dava "espaço" e confiná-lo num canto da televisão pública, uma ecologia sempre difícil para um comentário crítico à governação. O actual Governo pretende seguir-lhe os passos e as pressões contra tudo o que é a já frágil linha de independência nos jornais, rádios e televisões, acentuam-se cada vez mais. A crise ajuda, com o Governo a comandar cada vez mais a economia dos grupos de comunicação pelas decisões que toma. E, com este Governo, e com o tandem Sócrates-Santos Silva, o que não vai a bem, vai a mal. E já se percebeu que, pelo menos com a TVI, não vai a bem.»

José Pacheco Pereira, Público