Naquele linguarejar parecido com o português que é o do senhor Lula da Silva - "autor moral" confesso, juntamente com Sócrates, do grande negócio tríptico luso-brasileiro-espanhol (disse-o Granadeiro) - ficou a saber-se que a Oi (outra designação de elevado teor estupidificante) está mais "brasileira da Silva" do que nunca. Pode fazer-se uma extensão disto e afirmar, sem margem para grandes dúvidas, que Portugal também caminha, a passos gigantes e "estratégicos", para ficar "brasileiro da Silva" ou da "Silva brasileiro" o que vai dar no mesmo. O "brasileiro" era uma figura recorrente na prosa de Eça. Hoje aparece todos os dias nas televisões sob as mais imaginativas quanto apalhaçadas formas. Lula está em nós e nós estamos em Lula. Saravá.
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
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29.7.10
28.7.10
O "INTERESSE NACIONAL" FOI A BANHOS

Em apenas um mês, o "interesse nacional" foi uma coisa e o seu contrário graças ao lacrimejante Lula, um dos "modelos" emergentes da derrota do pensamento. As carpideiras da golden share, das esquerdas e das direitas, onde andam? No Ancão, na praia dos Tomates ou na de Paço de Arcos onde o risco de mergulhar e sair da água com uma coisa daquelas na tola é elevado?
19.7.10
17.7.10
OS DONOS
O governo, mesmo ao sábado, manifestou o seu "total apoio e confiança" à administração da PT que aparentemente não se "rendeu" ao "inimigo" espanhol. A PT é um prolongamento, em versão empresarial, do regime. Isto nada tem a ver com o famoso "interesse nacional" que tanto crédulo, das esquerdas às direitas, chamou seu. Todavia, o governo limitou-se a defender o que é "seu". Seu, do Governo e do PS.
8.7.10
O "INTERESSE GERAL" ENQUANTO CONVERSA DE CHACHA

O argumentário da República Portuguesa, neste acórdão, em socorro dos seus bentinhos "direitos especiais" na PT, tem momentos dignos do melhor "gato fedorento". No caso, a RP chama-se governo e o governo é uma deflexão de uma coisa chamada PS. "Razões de segurança e de ordem públicas a fim de garantir a prestação dos serviços de telecomunicações em caso de crise, de guerra, de terrorismo, de riscos naturais e de outros tipos de ameaças" ou a "necessidade de assegurar um certo grau de concorrência no mercado das telecomunicações e de evitar uma eventual perturbação no mercado de capitais como razões imperiosas de interesse geral" resumem o famoso "interesse estratégico nacional" que suscitou tantos gritos do Ipiranga invertidos como improváveis solidariedades com o admirável líder. É a brasileira Vivo quem nos garante "a prestação dos serviços de telecomunicações em caso de crise, de guerra, de terrorismo, de riscos naturais e de outros tipos de ameaças"? Ou a tentativa da troika governo/PS/PT de comprar a TVI, em pleno processo eleitoral de 2009, terá ocorrido por insondáveis "razões de segurança e de ordem públicas" ? Ou seria mais por causa do "terrorismo" e dos "riscos naturais" personificados por Manuela Moura Guedes e pela sua perigosa equipa de jornalistas-talibã, especializados em, sic, "caça ao homem"? A colocação de apparatchiks do PS na administração da PT obedeceu às mesmas "razões" ou a foi uma reacção a "outro tipo de ameaças" atípicas? A PT, alguma vez na vida dela, assegurou "um certo grau de concorrência no mercado das telecomunicações"? Em suma, o que é que o "interesse geral" tem a ver com esta conversa de chacha?
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A CAVERNA ESQUIZOFRÉNICA DA EUROPA
Face à «convergência objectiva de interesses" que, decerto, provocou grande reboliço nas ossadas de D. Afonso Henriques, do que é que o PR e o governo estão à espera para decretar luto nacional? A esquizofrenia interesseiro-patrioteira em torno da PT não é menos que Saramago. Ou é? E a PT vale agora mais que o Tratado de Lisboa que esses mesmos patrioteiros aplaudiram de pé. Ou não vale? Respondam lá.
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7.7.10
«QUE FAREI EU COM ESTA ESPADA?» OU A CORAGEM DE PASSOS COELHO

Apoiei, voltaria a apoiar e espero vir a apoiar noutras ocasiões. Relativamente ao que Santana Lopes pergunta - «como explicar o apoio objectivo de Cavaco Silva à decisão do Governo e, portanto, do Primeiro - Ministro? Também estará a "fazer o jogo" de José Sócrates?» - a propósito da nervoseira patriótica em torno da horrorosa PT, só lhe posso responder em perguntas. O que é que queria que o homem fizesse depois de ter criado, como chefe do governo, as golden shares? O que é que o homem, enquanto PR, poderia dizer de diferente já que também acha que aquilo é "interesse nacional estratégico"? E, em termos do que o PC designava por uma "convergência objectiva de interesses", não acabam todos numa assim a cuja cabeça preside, recuperando fôlego à custa disto, Sócrates? Não vejo nenhum membro desta distinta "convergência", a começar pelo PR, sustentar com argumentário económico e financeiro plausível para o mundo em que vivemos (e não para Lula da Silva, por exemplo), esta absurda presença estatal na PT. Só os vejo agarrados à espada do Lidador porque sim, porque "aqui nasceu Portugal" e porque quem não é patriota não é bom português, como recordava amiúde o Doutor Salazar, insuspeito de ser ultraliberal, e que é prévio à União Europeia. A realidade, dr. Santana Lopes, vive bem sem coisas como a PT, uma empresa puramente político-partidária, regimental e péssima prestadora de serviços ao consumidor cuja golden share é paga pelos seus impostos. E a realidade inclui, entre outros, um agora diabolizado mercado e um Tratado de Lisboa a que a "convergência objectiva de interesses» bateu muitas palminhas (eu não). Aparentemente só Passos Coelho - "apenas" o líder do maior partido da oposição e com boa receptividade no país, a avaliar pelas sondagens, apesar de não andar agarrado à referida espada - se está nas tintas para esta "convergência" e começa a deixar entrar a realidade na sua cabeça sem perder a qualidade de português por isso. A culpa da coragem dele é minha que nem sequer sou "coelhista"?
2.7.10
CONSENSO GOLDEN

Ninguém pode acusar Cavaco de incoerência em relação às magníficas golden shares, o equivalente às naus do Gama para o pessoal do regime. Foi ele quem as criou. É natural que as defenda em nome - adivinhem - do fabuloso e pátrio "interesse estratégico". Se o Tribunal Europeu as proibir, teremos direito a luto nacional e a dois versos medíocres de Alegre a condizer com a irrelevância cósmica deste "consenso estratégico"?
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1.7.10
A PATRIOTICE GOLDEN
«Temos de saber lutar. Se não o fizermos, espezinham - nos», escreve Santana Lopes por causa desse obscuro "interesse estratégico nacional" que é a PT das nomenclaturas partidárias (chamam-lhe golden share, aquilo que o pretty boy usou porventura pela primeira e última vez) e dos srs. Bava e Granadeiro. Francamente, dr. Santana Lopes, qual é o consumidor nacional, pagador zeloso dos seus impostos, disposto a "lutar" por um trambolho daqueles? Quanto ao "espezinhados", a geografia e a raça não convidam ao cosmopolitismo e a um futuro egrégio. As coisas são o que são. E nós somos o que somos.
30.6.10
O "SENTIDO DE ESTADO"
Que o governo de Sócrates tivesse puxado da abstrusa golden share para impedir a "libertação" da PT de interferências político-partidárias de circunstância que tanto jeito fazem, é uma coisa. Que o PC e o Bloco, reputados apreciadores da sustentação de tudo pelos impostos em nome de ideologias de jazigo, apoiem a intervenção estatal, é outra. Mas que o dr. Portas, sem o fato às riscas que enverga sempre que é invadido pelo "sentido de Estado", venha defender a intervenção do governo na vidinha da PT, só pode explicar-se por um motivo assaz pequeno e prosaico. É que o PSD já está a "invadir" o dr. Portas e o dr. Portas precisa fazer prova de vida. Ficar, porém, num retrato politiqueiro ao lado de Sócrates e Louçã é daqueles "sentidos de Estado" que a direita dificilmente agradecerá. Sobretudo atendendo a quem continuará a pagar (literalmente) a factura da baval e "estratégica" PT que, depois de uma espectável decisão do Tribunal europeu a proibir golden shares, ainda acabará vendida a patacos. O que o eng. Belmiro se deve estar a rir desta palhaçada toda.
TELEFONICA-ME
Está hoje em curso um enorme exercício de hipocrisia financeiro-regimental - isto para não levar a coisa para os lados do Intendente - em torno da horrível PT. Os accionistas portugueses, tesos que nem um carapau, precisam de dinheiro e estão-se nas tintas, mesmo que a retórica os desminta, para o "interesse estratégico nacional" que, nos tempos coevos, tem a importância real de uma vuvuzela. Se os espanhóis lhes derem um bom dinheiro pela Vivo, provavelmente Sócrates e Passos Coelho ficarão sozinhos a ruminar o dito "interesse", enrolados no quentinho da golden share, porque precisam do pai natal para sobreviver. A PT é uma monstruosidade atentatória dos mais elementares princípios da concorrência e uma sucursal dos partidos políticos do poder. Todo esta tagarelice digna de vendedores de carpetes na feira da Luz o evidencia. Desmantelar a PT e respectivos apêndices, ou vendê-los nem que seja ao Burundi, incluindo Bava e Granadeiro no pacote a título de desconto, tornou-se quase num desígnio nacional. Quem é que pode ter um pingo de orgulho numa coisa e em gente daquelas?
23.6.10
AS PALAVRAS E AS COISAS

Numa entrevista ao Público, Henrique Granadeiro - que foi o primeiro chefe da Casa Civil de Eanes certamente por engano do incumbente -, a propósito das negociatas que envolvem a PT (e não há meio de nos vermos livres de tão horroroso trambolho "estratégico"), afirma que «a fronteira não é entre o preço e a honra mas entre o preço e o futuro.» O "futuro", evidentemente, é um eufemismo e a "honra", posta nos termos em que Granadeiro a coloca, define um carácter e o estado catatónico a que chegou a natureza humana. Mais terra-a-terra, Teresa Guilherme explicou tudo uma vez - quem tem ética passa fome. Isso implica que, entre outras coisas, à honra se chame futuro. Quem gostar de viver nesta estrumeira moral, pode servir-se à vontade como se estivesse num Intendente de luxo. Como lá, as palavras têm apenas o sentido que o dinheiro aparentemente lhes confere.
5.6.10
ENTULHO ESTRATÉGICO
«A PT é a maior e a pior empresa de Portugal. Funciona em regime de monopólio de facto e presta um serviço público que é caro e mau. Se alguém a quiser, e não apenas à sua enteada brasileira, eu até agradeço: pior não ficamos, de certeza.» À semelhança de Miguel Sousa Tavares, também agradeço. O "sinal" exclusivo que a PT fornece deu cabo da transmissão da ópera Aida, no canal Mezzo. Noutros, a imagem estagna ou desaparece. Quem tem net "meo", "zon" ou produtos similares da empresa dos srs. Bava e Granadeiro, queixa-se. Ficamos seguramente melhor entregues a qualquer marciano do que a este bando"estratégico". Devia, fosse isto um povo e não um ajuntamento de imbecis "vuvuzeladores", executar-se um motim público se o Estado usar a "golden share" (o nosso dinheiro) para manter este entulho por cá.
26.5.10
LEVEM-NA
A Telefonica espanhola quer comprar a PT. Levem-na rapidamente. Com o Bava e o Granadeiro dentro.
25.6.09
O QUE AQUILO NÃO É
João Cravinho - imagino que não seja conselheiro de Cavaco ou de Ferreira Leite - explicou tranquilamente a Mário Crespo por que é que não é possível haver um negócio com a dimensão do anunciado entre a Media Capital e a PT sem o consentimento (e muito menos a ignorância) de um accionista golden share com a natureza do Estado. Ou seja, se Sócrates, Lino e Silva Pereira ignoram o que, pelos estatutos da PT, deviam saber, resta-lhes tirar as devidas ilações, em assembleia geral da PT, relativamente à sua presidência. É que negócio entre "privados" é que aquilo não é.
Adenda: João Soares - um homem estimável mas politicamente imbecil - louvou-se neste post do Tomás Vasques para, diante do mesmo Mário Crespo, atacar o Chefe de Estado por se "meter em negócios privados". Crespo devia tê-lo virado para a parede, com umas orelhas de burro, e colocá-lo a ver e a ouvir a fala de Cravinho pelo menos umas trinta vezes.
Adenda2: O José Medeiros Ferreira, sempre sibilino e enigmático, coloca questões interessantes:«Afinal, entre os accionistas, quem estimula a PT a entrar e a sair dos «negócios» da comunicação e dos «conteúdos»? Só os efémeros tuteladores da «golden share»? Não haverá por aí outros agentes da compra e venda? Neste caso com a aparência de um favor a José Sócrates ?» Aparência ou realidade, pergunto eu? Mesmo assim, e como são toscos, se calhar vão ter de "engolir" o Moniz...
Adenda2: O José Medeiros Ferreira, sempre sibilino e enigmático, coloca questões interessantes:«Afinal, entre os accionistas, quem estimula a PT a entrar e a sair dos «negócios» da comunicação e dos «conteúdos»? Só os efémeros tuteladores da «golden share»? Não haverá por aí outros agentes da compra e venda? Neste caso com a aparência de um favor a José Sócrates ?» Aparência ou realidade, pergunto eu? Mesmo assim, e como são toscos, se calhar vão ter de "engolir" o Moniz...
COSA NOSTRA
A PT, a EDP ou a GALP são exemplos de empresas que vivem paredes-meias com o Estado, com os governos e com partidos do governo. Servem de placa giratória para o pessoal do regime quando não está entretido no pastoreio da pátria. E servem o regime e os governos de circunstância. Anda bem o Chefe de Estado quando exige à PT - essa galáxia misteriosa que assume várias encarnações e aliados consoante os tempos e a economia - que esclareça o país acerca do alegado negócio com a Media Capital/TVI. Só um governo em fim de festa, desgastado e desgraçado, se pode dar ao luxo desta peripécia ad hominem. Na resposta que deu no Parlamento à interpelação de Diogo Feio, o admirável líder - cuja habilidade linguística não é assim tão famosa quando se irrita e esse é o seu estado "normal" - traiu-se na resposta. Ele pretende mesmo interferir na direcção editorial da TVI. Não é o CDS que está interessado nela. Andam aí uns quantos bloggers socialistas, esquerdóides e aparentados preocupados com o Irão e que não largam o Twitter, nem na sanita, por causa disso. Eu também estou incomodado mas todos os dias morrem centenas de crianças em África, com fome e SIDA, e não vejo ninguém com o Twitter ou o raio que os parta apontado para lá. Que tal olharem um pouco mais para as nossas coisas ou, como diria o outro, para a cosa nostra?
2.3.07
O IMPÉRIO CONTRA-ATACA

Da saga latino-americana da OPA, ficou-me a imagem da entrada dos "representantes" do Estado na assembleia geral da PT, essa horrível galáxia do regime. Quem eram as criaturas? Tão simplesmente os drs. Sérvulo Correia e Rui Medeiros, do escritório de advogados com a chancela do primeiro, escritório esse que é dos maiores fornecedores de "pareceristica" ao Estado e onde tèm assento - como no mega-escritório de José Miguel Júdice que, dizem-me, ambiciona um ministério na "era socrática" - ex-futuros governantes e outros distintos membros da nossa gloriosa classe política. Estes escritórios servem com a mesma diligência - às vezes até ao mesmo tempo - o Estado e os que brigam com o Estado. A CGD, onde se senta o sr. Vara e meio regime, também não engana ninguém. Belmiro de Azevedo faz bem em afastar-se disto, desta "wall street" de trazer por casa feita à imagem e semelhança dos seus eternos protagonistas.
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