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1.11.09

PEQUENOS EXERCÍCIOS DE SEMIÓTICA




1. Não conheço o sujeito do vídeo de lado algum. Porém, há nele qualquer coisa de profiláctico. Impede nomeadamente que milhares de criaturas que se julgam subtis e talentosas surjam à porta de concursos públicos a pedir subsídios para a sua "arte". Ou que ensurdeçam e estupifiquem cabeças à conta de ruídos gravados a que, por caridade, apelidam de música. Tudo o que sai da boca daquele homem vale, pois, por um batalhão de politólogos e de reformadores do país. Ele, sim, acarinha o nosso futuro se é que ainda temos algum.

2. Calhou ver na televisão, a semana passada, um treinador de bola que não leu Wittgenstein mas que podia ter lido outra coisa qualquer, ser especialista em mudar pneus, uma actividade que invejo, ou marinador de pêras. Dizia o homem que um vintém é sempre um vintém tal como um cretino é sempre um cretino. Vale cem "quadraturas do círculo", sessenta e nove "actuais" e trinta e sete "ípsilons".

3. É apenas um número. O primeiro. Mas as reacções salivares dos blogues "regime friendly", tão imediatamente favoráveis ao Público/Bárbara e ao seu "editorial" - só à conta dessa esquerdina São José Almeida vão não sei quantos artigos sempre tão mal atamancados -, são previsíveis como a maçã (podia ter sido uma pêra destinada a uma sobremesa marinada) que surpreendeu Newton durante a sesta. É sempre bom poder contar com o quentinho dos nossos. E se for tudo nosso, ainda melhor, como diria esse grande inspirador de editoriais luminosamente brancos que é Kim Jong Il. Daí os permanentes óculos escuros que, na ocorrência portuguesa, são substituídos por fatos permanentemente pretos. E por tolices destas. Ou por «modelos canónicos», o outro nome das marinadas que tanto me emudecem.

4, A invenção do humano, isto é, de Iago. Aliás, Iago previne logo que não passa de um crítico.

12.9.09

O IDIOTA DE SERVIÇO

Chego a casa e está a ser apresentada a "história", segundo a Sic, de Manuela Ferreira Leite. O pequeno idiota que a redigiu fala em "viúva alegre" (sic). Há coisas que já só se podem resolver com um par de estalos.

27.5.09

ENTRADA POR SAÍDA

Dias Loureiro, ex-conselheiro de Estado, foi ao telejornal de Rodrigo Guedes de Carvalho na SIC. A coisa não durou dez minutos. Loureiro limitou-se a não querer comentar Oliveira e Costa e a "explicar" que saiu hoje, não por ser o dia depois de ontem, mas sim porque, em Belém, não havia nenhum pedido para ser ouvido designadamente por órgãos de investigação criminal. Mesmo assim, mandou uma cartinha ao PGR para ser recebido. E foi-se embora. Em que é que isto contribui para a prova de Deus?

19.1.09

MÁRIO CRESPO BY HIMSELF

Um amável leitor enviou-me este clip, com pouco mais de seis minutos, que recomendo. Crespo não se recorda em quem votou há quatro anos e afirma que "provavelmente" votará em Sócrates este ano. O argumentário que enuncia para justificar a opção revela, de facto, o quanto tem aprendido nas "conversas" que mantém frequentemente com Pedro Silva Pereira ou Augusto Santos Silva no seu "Jornal das 9". Logo no início, afirma-se conservador de maneira muito trapalhona e sem sequer ter uma ideia do que é ser conservador. Fala com displicência dos EUA (e "do Obama") onde residiu. Este vídeo devia passar em todos os cursos de comunicação social e cultural. É que Crespo, até pela idade, devia ser considerado um "exemplo" para a classe jornalística. Durante muito tempo, eu, humilde espectador, pensava assim. Sucede que Crespo, o jornalista (não o cidadão), partiu numa direcção inesperada rumo ao que de pior o jornalismo português nos tem oferecido nestes "anos Sócrates". Há dias inventou uma crispação com Belém para se vitimizar de "perseguição". Pressurosa, a rapaziada "Sócrates friendly" seguiu-lhe religiosamente os passos. Não lhe serviu de nada. Até o pequeno Vitorino o ultrapassou em "share" na estreia das suas entrevistas na SIC. Crespo quer chegar ao milhão de espectadores. Não merece dez.

17.12.08

INFORMAR?


Vale tudo para achincalhar a dra. Ferreira Leite. Não digo isto como seu "defensor" ou "apoiante". Longe disso. Mário Crespo, que até há pouco tempo me parecia não estar tomado pelo esprit de corps rançoso e único que vegeta nas redacções, fez uma figura miserável a entrevistar Passos Coelho. Crespo afirmava e depois perguntava, procurando que o entrevistado (como ele já pressupunha na pergunta baseada na "peça" montada pela SIC e tida pela verdade última sobre o tema) atacasse Ferreira Leite. Coelho, ao pé da vergonhosa prestação de Crespo, foi um senhor. Depois apareceu o Joãozinho Soares, com ar alarve, a tratar Santana Lopes praticamente como um marginal sob o olhar paternalista e complacente de Crespo. Chamam a isto o quê? Informar?

18.9.08

O SR. NOGUEIRA E O PS


A prova de que o PS "usa" as questões de costumes conforme lhe dá mais jeito, está na circunstância de recorrer à disciplina de voto parlamentar para contrariar - e contraria bem, mas isso é outra conversa- um projecto do Bloco destinado a viabilizar os casamentos entre same sexers. Para o PS, a coisa deve ser arremessada para a próxima legislatura. Provavelmente Sócrates acha que o seu partido já deu o suficiente para o peditório "esquerda-caviar" e já mostrou ao mundo que é de esquerda por causa do aborto, do divórcio e de mais duas ou três insignificâncias "simbólicas". Não sei o que é que os same sexers "PS friendly", sempre tão excitados com a "modernidade" evidenciada pelo seu partido de eleição, pensarão disto. Uma coisa é certa. O sr. Nogueira (que me foi revelado, na revista Sábado, pelo José Pacheco Pereira, a partir de um programa da Terese Guilherme), terá afirmado para as câmaras, diante da mãe, da mulher e de dois filhos que, por 250 mil euros , até "aviava" dois homossexuais. Isto depois de não ter negado que batia na mulher, que era mulherengo (muita "saída") e que se fingiu de epiléptico para fugir à tropa. O PS, no fundo, é selectivo nas questões de costumes porque precisa do eleitorado tipo "sr. Nogueira/Teresa Guilherme" e não dos pobres "friendly" minoritários. Não é por acaso (percebo-o agora) que a SIC não se tem poupado em mostrar o sr. Nogueira e a sua meia-hora de fama. Como escreve JPP, o senhor limitou-se a "vender" a sua hipocrisia publicamente e «essa é a vida real lá fora e não é com pessoas como o sr. Nogueira que se deve ser moralista". Porque o que mais há é «os que são como o sr. Nogueira e estão sempre a dizer-nos que não o são.»

4.9.08

VIVER HABITUALMENTE

25.6.08

A CULPA É DELE?


A SIC entrevistou "em directo" o dr. Vale e Azevedo, consultor financeiro em Londres, com a mesma tranquilidade com que passa telenovelas da Globo ou o dr. Balsemão a jogar golfe. Também "passou" os senhores ministro da Justiça e procurador-geral da República a falar de intendência por cá. Quem não soubesse de quem se tratava, podia julgar que Vale e Azevedo era o PGR, ou o próprio ministro da Justiça, e que os outros dois se limitavam a prodigalizar opiniões como meros "comentadores". O dr. Vale, como lhe compete e informou, não tenciona pagar nenhum bilhete de regresso nem abdicar dos carros, casas e iates que tem, em bom, há mais de vinte anos. O "directo" do dr. Vale e Azevedo valeu seguramente por cinquenta colóquios e cem perorações inúteis sobre a justiça portuguesa porque a revelou. Não se viu nos seus olhos nem ressumou da sua boca qualquer sinal de impotência. Pelo contrário, os dois responsáveis pela justiça em Portugal - um político e o outro pela investigação - é que pareciam dois incrédulos amadores postos em sentido pela luxuosa "vítima". A culpa é dele?

7.6.08

UMA BOLA NO LUGAR DA CABEÇA


«Não é por acaso que a televisão que é paga com o dinheiro dos contribuintes para fazer uma coisa inefável que é o “serviço público”, ou seja ter outras prioridades que não sejam as audiências, é a que mais (ou uma das que mais) mergulharam na visão do país como um enorme campo de futebol e dos telespectadores como tendo uma bola na cabeça e o cachecol da “selecção”, com horas e horas de directos, semi-directos e pseudo-notícias sobre trivialidades, de tal maneira que Portugal, o mundo, os problemas, as notícias, ficam soterradas a um canto do delírio patriótico com o futebol. O governo, num dos piores momentos de sempre, agradece. Os romanos reconhecer-se-iam no Portugal de hoje, com o imperador a dar circo e gladiadores, para esconder que a guerra corre mal na Germânia e que não há dinheiro no tesouro para pagar o trigo do Egipto.»

José Pacheco Pereira, in Abrupto

10.6.07

O MORALISTA CORTADO AO MEIO

O meio-irmão do dr. Costa, de seu nome Ricardo Costa, director politico-jornalístico da SIC, convidou Saldanha Sanches*, o mandatário financeiro do meio-irmão em Lisboa, para a entrevista de domingo com a sra. D. Ana Lourenço. Para SS - nunca a sigla foi tão propositada -, o Ministério Público divide-se em duas partes: o sindicato e a dra. Maria José Morgado. E, até prova em contrário, a primeira parte é culpada. Eu não gosto do dr. Cluny, mas não tenho os armários povoados de fantasmas e de esqueletos. O sindicato do MP foi, em tempos, demasiado PC. E SS foi, em tempos, demasiado MRPP. Não perdeu pelo caminho - como nenhum deles perde, aliás - o tropismo maoísta. SS também não gosta de políticos e, por isso, também os divide em dois: o dr. Costa e os outros. Por que é que ele não começa por "investigar" a "comissão de honra" do meio-irmão de Ricardo e nos deixa em paz?

*Não estará na altura de o Kaos "fotografar" convenientemente esta gloriosa figura do regime?

19.4.07

THE PLOT


Chego a casa, abro a televisão e os três canais generalistas fazem "directos" por causa de uns membros de um grupo folclórico de "extrema-direita" e "nacionalista" que foram detidos e que estão a ser ouvidos em tribunal. Quem aterrasse nessa altura em Portugal e não soubesse "o que a casa gasta", julgaria que estava em causa uma vasta conspiração contra a democracia, movida por centenas de pessoas dispostas a uma "marcha sobre Lisboa". Parece, afinal, que são apenas vinte e, a maior parte, das claques da bola que a democracia precisamente tanto promove (só em menos de 48 horas, a RTP passa dois jogos). Se o ridículo matasse, as televisões suicidavam-se e, francamente, não se perdia nada. Numa delas, a TVI, até os "22" anos de carreira da simpática Alexandra Lencastre são notícia. Deixem o ex-"cardeal" cunhalista e guterrista tomar conta da coisa e logo vêem.

5.4.07

IL EST BIEN COURT LE TEMPS DES CERISES


José Pacheco Pereira tem no seu blogue duas coisas que vale a pena ver e ler. Ver: a foto da Serra da Estrela a partir de uma aldeia de seu nome Alcongosta. Vieram de lá muitas cerejas oferecidas por um amigo que se perdeu no caminho. Ou perdi-me eu dele, não sei. Em compensação, o Andarilho, de seu nome João e natural do Fundão, deu-me duas belas garrafas de licor de cereja proveniente de Alcongosta. Como o mundo é pequenino como a cabeça de certas pessoas, a mãe do João deu aulas ao "descaminhado" de Alcongosta. Enfim, il est bien court le temps des cerises. Ler: "Duas perguntas obrigatórias: por que razão a questão dos títulos académicos do primeiro-ministro demorou tanto tempo até chegar à imprensa e por que razão uma vez chegada através do Público, o jornal ficou isolado na sua notícia durante alguns dias, em particular pelo silêncio da televisão?" Mais il est bien court le temps des cerises.

25.3.07

EUROPA - 2

Oh José Medeiros Ferreira, não me diga que só agora reparou nisso, depois de tantas presenças no programa da "sotora" Campos Ferreira. A suprema ironia do dia - Europa, remember? - é o Doutor Salazar "derrotar", na "sua" eterna RTP, a SIC-Notícias "democrática" que, sensivelmente à mesma hora da "final" da D. Elisa, entrevista Mário Soares.

24.3.07

TONY


Tony Carreira é aparentemente um ícone nacional. Teve direito a "grande entrevista" da D. Judite de Sousa, a "reportagem especial" na SIC e talvez a qualquer coisa na TVI da PRISA. A RTP comemora os seus cinquenta anos como se tivesse quinhentos e, entretanto, não aprendeu nem esqueceu nada. Salazar não ganhará o programa da D. Elisa porque não precisa. Nunca chegou a sair de nenhuma das televisões, mesmo das outras duas que não criou.