
Esqueçam a capa, esqueçam as primeiras 49 páginas e passem logo para a 50 da
Pública deste domingo. Medeiros Ferreira, meu querido Amigo de há décadas, e prefaciador do meu primeiro livro, "ser errático" como se define (e eu gosto), e sim, definitivamente alguém que Portugal aproveitou pouco, é ali entrevistado. Se hoje, leitores, sois europeus de papel passado pela União (porque, no fundo, sois os mesmos burgessos, sempre prontos a deixar crescer a unha do dedo mindinho dentro da cabeça e a eleger os chefes dos vossos partidos em manada), à intervenção de Medeiros o deveis. Por isso, quando vejo gente a babar-se para cima do "génio" do Amado - actual MNE com ar de Sandokan do Fogueteiro - não posso deixar de recordar os versos do Régio.
Há, nos olhos meus, ironias e cansaços. E no Medeiros também.
Adenda: Há uns cromos - se calhar sempre o mesmo idiota
shallow - que, volta não volta, vêm aqui deixar um comentário pseudo-erudito sobre o meu alegado "ressabiamento". Com uma insistência típica de "ressabiados". Não vale a pena, porém, porque gente estreita e ainda por cima anónimos não "passam". Vão directamente para o "trash".