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31.12.11

«NÃO FALARIAM DE ENSINO DURANTE UMA DÉCADA»

«Por que é que os milhões gastos na Educação mais avançada do mundo, com toda a panóplia de computadores e quadros interactivos, não fizeram o PIB crescer na última década? e 2 - Por que é que a distribuição maciça de diplomas o enorme aumento dos níveis de qualificação alcançado durante o Governo de Sócrates, e que maravilharam milhares de portugueses, não fizeram a economia avançar um cêntimo?»

David Levy, Lisboa ~Tel Aviv

14.9.11

GATO POR LEBRE

Pessoas com o currículo político e académico de Medeiros Ferreira não deviam acreditar no Pai Natal. E então com origens "revolucionárias institucionais" ainda menos.

13.9.11

O EFEITO

Gato por lebre.

9.8.11

A,E,I,O,U E 2+2

Lê-se que há onze disciplinas com média negativa na segunda fase dos exames nacionais, entre as quais Português e Matemática. Também é preciso tratar deste brilhante "futuro".

15.7.11

TENHAM FÉ

Os resultados dos exames do 12º ano, sobretudo em língua portuguesa, são decepcionantes. Não saber o que é e para que serve um complemento directo, por exemplo, suscita as maiores reservas sobre a literacia das futuras gerações (que são já as actuais). Todavia, devia reconfortar esses "estudantes" pensarem que, nos idos de 70 e tal, aquando dos exames ad hoc às universidades, alguém que acabou no pequeno estrelato da redonda literatice nacional, chumbou precisamente na prova de português e, consequentemente, ficou à porta da Faculdade de Letras de Lisboa. Mas tal nunca o impediu de andar por aí a distribuir a sua "graça" literata. Tenham, pois, fé.

26.3.11

QUE LINDO FUTURO

A imagem, por si, é a mensagem e a massagem. Uma escritora de livros infantis, ainda ministra da educação do Portugalório, contempla a aventura por vir. A seu lado, duas raparigas e dois rapazes - os "melhores" alunos do secundário -, em vez de exibirem livros, mostram réplicas de cheques que lhes devem ter sido entregues pelos "resultados". A educação não pode ser tratada como uma prostituta notória à semelhança do que ainda ontem aconteceu no parlamento. Agora é que sim. Agora é que não. Que lindo futuro.

9.2.11

UMA VERGONHA


Com um orgulho néscio, Isabel Alçada anunciou que o Estado vai "poupar" quatrocentos e trinta e nove euros por cada aluno do ensino público. O ridículo da coisa - e desta cegueira com os cortes - consiste em que estas "poupanças" vão todas direitinhas (e como estão longe de chegar para o efeito) para "ajudar" a pagar os juros da dívida. Nas "novas fronteiras" soviéticas a "aposta" virtual é na educação - a real é no betão escolar e nos estúpidos Magalhães. Mas na cabeça da ministra (mandaram-na fazer esta tristíssima figura, coitada), a qualificação já se mede em euros, em menos euros, como se as escolas fossem "lugares da fruta" geridos por merceeiros de lápis atrás da orelha. Uma vergonha.

5.2.11

A NOSSA PRAÇA TAHRIR




«Claro que a gente de 30-35 anos não arranja emprego e claro também que, em parte, a "corrida suicida ao consumo" desencadeada pelo "euro" é responsável por isso. Mas talvez seja bom notar que já havia sinais da "geração sem remuneração" por volta de 1990 e que essa "geração", como representada por exemplo, pelos Deolinda, saiu da Universidade - o vocabulário que usa e as queixas que faz não enganam ninguém. Não se trata aqui daqueles que se perderam pelo caminho ou que não passaram do 12.º ano. De quem se trata é das dezenas de milhares de licenciados, de "mestrados" e até doutorados sem trabalho, que vêem hoje correr a vida, no mais puro desespero e na mais patética impotência. De quem é a culpa deste desastre? Do défice e da dívida? Da estagnação económica? Duvido. Desde Cavaco (Roberto Carneiro) a Guterres (Marçal Grilo) que o ensino foi, como se dizia, "a prioridades das prioridades". O Governo e o Presidente da República não se calavam. O "capital humano" era o nosso grande capital e bastava "investir na escola" para desenvolver Portugal e o tornar feliz. E, de facto, Roberto Carneiro e Marçal Grilo inundaram com zelo o que eles, no seu calão, costumavam chamar "o sistema de ensino". Deixemos de parte a questão da qualidade, que põe outros problemas. Basta observar que nenhum destes génios se preocupou com uma pergunta básica: existia ou não existia mercado para os "produtos" do "sistema de ensino" e nomeadamente da Universidade? Não existia, e nem o fanático mais feroz podia imaginar que viesse a existir tão cedo

Vasco Pulido Valente, Público

23.10.10

UM RETRATO

Vale a pena conhecer o bonzo que manda nas "novas oportunidades" e as suas extraordinárias "opiniões". Não se pode dar-lhe valentemente com a velhinha menina dos cinco olhos?

22.9.10

A ARMA DE ARREMESSO


Consta que vão ser entregues às escolas mais três mil Magalhães. O Magalhães, ou outro computador qualquer, só devia entrar numa sala de aula pela mão do professor e não pela mão das criancinhas. Para as criancinhas, o Magalhães é apenas mais um brinquedo. Para o professor, é mais um passo para a sua desautorização dentro de uma sala de aula. Por isso, o Magalhães funciona como dupla arma de arremesso. Contra a qualificação e contra a figura tutelar e indispensável do professor. A insistência na "quantidade" - vejam lá, seus retrógados, mais 3 mil representações do "progresso" e do que é hoje Portugal na "visão" do querido líder - demonstra o propósito que, desde o início, presidiu à "ideia". Mil ou milhões de computadores não resolvem um átomo de nada se não forem antecedidos pela aprendizagem e pela educação nos sentidos mais nobres denotados pelos termos. Por natureza, burros e estúpidos, por muito que andem acompanhados deles, ficam na mesma. À propaganda do regime isto não importa. À sociedade, aos pais e à escola, devia importar. Mas isto já é uma conversa demasiado sofisticada para rebater a "quantidade" e o deslumbramento parolo do Portugalório socrático-tecnológico. Há, aliás, quem faça de ambos um modo de vida. Bom proveito.

18.9.10

E AGORA?


No abrasileirado Expresso vem uma história edificante. Um rapaz de Esposende, com 23 anos, frequentou as "novas oportunidades" de Sócrates. Antes tinha desistido do liceu mas o referido Sócrates permitiu-lhe - com o seu irresponsável programa - obter a equivalência ao 12º ano numa rapidinha, com um exame de inglês. Acabou de ser admitido na universidade com 20 valores e concorreu em condições de igualdade com todos os outros que frequentaram a escolaridade obrigatória. Tornou-se, como explica o título da notícia, "o melhor aluno do país". No mesmo hebdomadário, Manuel Maria Carrilho é entrevistado a propósito da publicação do seu livro «E agora? - por uma nova República», da Sextante. Não é segredo para quem lê este blogue que Carrilho é das pouquíssimas pessoas por quem nutro uma profunda e sincera estima intelectual. Contrariamente à generalidade da trupe que tomou conta do PS, pensa. E pensar, para aquela como para as nomenclaturas dos outros partidos, é incómodo. As suas palavras, sem querer, "interpretam" a história do rapaz de Esposende e anunciam milhares de histórias como as do rapaz de Esposende: não se deve confundir certificação com aprendizagem. Afirma Carrilho que «seria incapaz de passar este período sem propor um desígnio para o país» (ninguém, no "activo", parece ter um a escassos meses de uma eleição presidencial) e esse desígnio é a «qualificação do território, das instituições e das pessoas.» Não é «o deslumbramento tecnológico» que, de pequeninos, começa a "treinar" as criancinhas para a facilidade e para o "tudo feito", agora ou quando lhes apetecer, em meia dúzia de meses. Carrilho representa o país na UNESCO mas, num certo sentido, é mais um "exilado", daqueles a que Jorge de Sena aludia na Guarda, em 10 de Junho 1977, num discurso previamente escrito em Paris - «o homem que se sente moralmente no direito de verberar com tremenda intensidade os erros ou vícios da sociedade portuguesa» por causa da sua «fidelidade a Portugal», um lugar onde as gentes «disfarçam a sua insegurança adulta sob a máscara da paixão cega, da obediência partidária não menos cega ou do cinismo mais oportunista.»

28.10.09

UMA AVENTURA


Duas escritoras de livros infantis, Isabel Alçada e Ana Magalhães, são convidadas da D. Inês Pedrosa, directora da Casa Fernando Pessoa, para falar dos "livros que andam a ler" no próximo dia 3 de Novembro. Alçada é o nom de plume da actual ministra da educação que, juntamente com a outra senhora, escreveu várias "aventuras" vendidas aos milhares na praça. Calhou bem (já sei que a sessão foi marcada antes de não-sei-quê, etc.). Alçada substituiu uma socióloga guerrilheira que, por fim, acabou abandonada às suas crenças. Alçada, no jargão da inefável Fenprof e da sub-Fenprof (a FNE), tem de rever (isto é, acabar com) a avaliação dos professores tal como ela foi concebida pelo governo anterior por sinal o mesmo. Alçada, mais do que da educação e dos meninos, releva dessa coisa esquisita e tola que é o "plano nacional de leitura". Alçada é afável e notoriamente simpática. A história que se vai contar dela passará muito mais por isso do que por uma "agenda". Até porque a melhor "agenda" para a educação agora é não haver "agenda" alguma ou encará-la simplesmente como mais uma aventura. Promete maravilhas.

16.9.09

TANTO E TÃO POUCO


Na abertura do ano académico na Universidade de Coimbra, o reitor zurziu, na prática, a "política" destes quatro anos e meio para o ensino superior. É um tal Gago - nulo, seco e irrelevante como uma cana - o incumbente. Não vi uma linha escrita sobre o tema nos blogues dos pequenos tiranetes ao serviço do regime. Muitos dos que os escrevem são licenciados, mestres, doutorados e professores embora sejam mais parecidos com esfregonas. Preferem a propaganda baratucha ao pensamento. Umas bestas, afinal, algures entre o redondo e o quadrado. Quatro anos e meio de Gago/Sócrates pesaram como chumbo no já de si sempre debilitado sistema universitário português. A benefício de inventário do ministro fica apenas o encerramento de dois estabelecimentos comerciais do ramo, a Independente e a Moderna. É tanto e tão pouco.

31.7.09

QUEM QUALIFICA O QUÊ E COMO


A propósito do milhão de computadores entregue por Sócrates, Lino e Lurdes Rodrigues - isto é, pelos contribuintes - por aí, especialmente no que concerne aos Magalhães, um amigo avisado fez o comentário certeiro esta manhã ao café. Nenhum computador deveria entrar numa sala de aula sem ser pela mão de um professor.
Adenda: Ler isto.

10.7.09

PARA ESQUECER

Numa das estafadas sessões de propaganda das "novas oportunidades", o admirável líder mostrou-se emocionado. Aliás, revelou que foi o que mais o "comoveu" em quatro anos de mando absoluto. Andar a distribuir diplomas. No fundo, ele também espera pelo seu "diploma" e por uma "nova oportunidade" a 27 de Setembro. Só que, como dizia o bonzinho Guterres, nunca há uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão. E a destes quatro anos é para esquecer.

22.5.09

ESTA TEM O ROSTO DO SENHOR ALI À DIREITA

«No computador Magalhães (como é frequente na maioria dos computadores que se adquirem) trás consigo um amplo conjunto de software e aplicações."

[frase retirada de página do Ministério da Educação obscuramente intitulada Workshop "e-escolinha": usar as TIC no 1º ciclo... e é verdade que as coisas em "inha" sempre me irritaram]

Não sei se já reviram as asneiras do Magalhães, mas as citadas acima continuam online [estas e mais aqui, a partir daqui].»

Meditação na pastelaria

11.5.09

NADA PARA DIZER

Depois da distribuição do Magalhães, esse falso computador português, Sócrates anda agora pelas escolas secundárias a distribuir betão. Falhada a aposta na qualificação - as "novas oportunidades", a falta de oportunidade no uso do QREN, a desgraça das universidades públicas, os resultados meramente estatísticos apresentados pela Prof.ª Lurdes, o apoucamento da função do professor com a consequente ausência de autoridade e de disciplina, etc. etc. - o admirável líder, em vésperas de eleições, concentra-se no cimento e nas "vistas". "Que linda cor", suspirava ele ao contemplar o tecto e as paredes renovadas de uma escola de Lisboa. De facto, já não há mais nada para dizer.

29.3.09

MORTE DO ENSAIO?


«Conviria tentar perceber as razões mais fundas do declínio de um género [o ensaio] que, não estando tão moribundo como se apregoa, já conheceu realmente melhores dias. A infantilização do ensino não ajudou. A leitura como momento lúdico pode ter as suas vantagens e servir para entreter, mas ler também é um acto que exige determinação, vontade, por vezes esforço. A democratização do ensino superior, por seu lado, não foi acompanhada do grau de exigência necessário (por muitas razões que não vêm agora ao caso) e os conhecimentos de um recém-licenciado em termos de cultural geral, de «mundo literário» – à falta de melhor tradução para well read – e de capacidade de interpretação e análise de um texto deixam muito a desejar (haverá excepções, como é óbvio, e felizmente). Assim, embora haja mais títulos publicados e mais leitores, estes, por várias razões, estão menos receptivos ao ensaio ou à poesia. Por tudo isto – pela pouca exigência do ensino, pela simplificação dos programas, pelos baixos índices de leitura em bibliotecas, pela pouca visibilidade das obras de ensaio, pelo preço deste tipo de livro (com que o editor se tenta acautelar de um previsível fracasso), pelos hábitos de leitura que vão mudando – o panorama não é animador.»

Pedro Bernardo, Blogtailors

26.3.09

A MARCA DE ZORRINHO

Tanta tagarelice em torno do "plano tecnológico" e afinal...

24.3.09

UM FUTURO RADIOSO


Estudantes manifestam-se em Lisboa, entre outras coisas, pelo fim de Bolonha. Para quem não sabe, o "processo de Bolonha" foi uma maléfica invenção europeia, à boa maneira do "pensamento único", destinada a "facilitar" a conclusão dos cursos universitários em menos tempo e a obrigar os meninos e as meninas a frequentarem mestrados que não são mais, em mau, do que lhes faltou cumprir no curso acabado à pressa. O resultado deste "processo" é muito simples. Praticamente de bibe, sem referências, sem mundo, sem emprego e sem nada a rapaziada é lançada às feras. Basta atentar, na torrente de desempregados que avança desgraçadamente por cá e lá fora, na ampla fatia de licenciados ou nos licenciados empregados precariamente - como na Cuba ditatorial - a fazer qualquer coisa. O futuro anuncia-se radioso.