«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
Mostrar mensagens com a etiqueta universidade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta universidade. Mostrar todas as mensagens
17.10.11
18.9.11
A GRAÇA SOCIAL
O dr. Paulo Pedroso tem todo o direito do mundo à sua privativa "indignação" relativamente ao senhor reitor da UCP. Presumo que se refere a Manuel Braga da Cruz. No meu tempo era reitor o agora D. José Policarpo que, em certo sentido, também pode suscitar "indignações" em alguns católicos opostos às crenças do dr. Pedroso (crenças aqui no sentido que lhe atribui a filosofia pragmatista). Mas, como escreve hoje no Público o antigo docente da referida Universidade Católica, Vasco Pulido Valente, «a gente que, em 1975, destruiu alegremente a economia não sofreu o menor incómodo pessoal ou profissional; e a gente que proclamava pelas ruas a necessidade de "fuzilar a reacção" e de estabelecer rapidamente uma ditadura do PC acabou em Belém a receber a Ordem da "Liberdade" das mãos de Soares» pelo que «mesmo hoje, um passado "revolucionário" se considera uma recomendação e até uma espécie de graça social.» Considere a coisa assim e fica mais consolado.
1.9.11
O ADMIRÁVEL MUNDO DA UNIVERSIDADE PORTUGUESA
Concordo com Pedro Lomba, no Público. «As universidades, em quem ninguém acredita, poderiam ser bem mais úteis a Portugal.» Mas, primeiro, teríamos de responder a esta singela questão. Por que é que ninguém acredita nas universidades domésticas?
18.4.11
UM CALO NO DEDO MINDINHO DE VASCO PULIDO VALENTE
Gosto muito do Miguel Morgado mas ele ainda tem muitos folares de Páscoa para absorver antes de atingir os calcanhares de Vasco Pulido Valente. Os novos príncipes da lusa academia deviam ser mais modestos na distribuição da "tacanhez" num país em que, tantas vezes, é lá que ela começa e palpita. Não chegámos onde chegámos apenas por descasos políticos e instintuais da "massa", democrática ou não. As "elites", graças a Deus, nessa matéria nunca nos falharam.
Etiquetas:
Portugal,
Teoria da acção comunicacional,
universidade
29.3.11
A LULIZAÇÃO DA ACADEMIA

Para a Academia ser respeitada, deve começar por se dar ao respeito. A de Coimbra, fundada pelo Dinis do pinhal, vetusta e veneranda, produziu gente respeitável. Alguma dela pastoreou conspicuamente a pátria. Professores de Coimbra foram meus em Lisboa. De cor e com o risco de esquecer alguém, Antunes Varela, Almeida Costa, Mota Pinto, Ferrer Correia e, anos volvidos, Vital Moreira in loco. Também um professor amigo e saudoso, Lucas Pires. Coimbra deu, das letras, Eduardo Lourenço, Aguiar e Silva ou Pinto de Castro. Amanhã, esta Academia habilita o sr. Lula da Silva com um doutoramento honoris causa. A D. Dilma, a "presidenta", assiste. Presumo que metade da nação institucional portuguesa também. Talvez, como famosamente sugeriu o lente de finanças oriundo de Santa Comba Dão, esteja tudo bem assim e não possa ser de outra forma. É sinal que estão bem uns para os outros. As minhas homenagens em dois versos de Jorge de Sena. «De pífias pívias pintelháceos pintos/gramaticou medieva a língua brasileira.» Saravá!
5.2.11
A NOSSA PRAÇA TAHRIR
«Claro que a gente de 30-35 anos não arranja emprego e claro também que, em parte, a "corrida suicida ao consumo" desencadeada pelo "euro" é responsável por isso. Mas talvez seja bom notar que já havia sinais da "geração sem remuneração" por volta de 1990 e que essa "geração", como representada por exemplo, pelos Deolinda, saiu da Universidade - o vocabulário que usa e as queixas que faz não enganam ninguém. Não se trata aqui daqueles que se perderam pelo caminho ou que não passaram do 12.º ano. De quem se trata é das dezenas de milhares de licenciados, de "mestrados" e até doutorados sem trabalho, que vêem hoje correr a vida, no mais puro desespero e na mais patética impotência. De quem é a culpa deste desastre? Do défice e da dívida? Da estagnação económica? Duvido. Desde Cavaco (Roberto Carneiro) a Guterres (Marçal Grilo) que o ensino foi, como se dizia, "a prioridades das prioridades". O Governo e o Presidente da República não se calavam. O "capital humano" era o nosso grande capital e bastava "investir na escola" para desenvolver Portugal e o tornar feliz. E, de facto, Roberto Carneiro e Marçal Grilo inundaram com zelo o que eles, no seu calão, costumavam chamar "o sistema de ensino". Deixemos de parte a questão da qualidade, que põe outros problemas. Basta observar que nenhum destes génios se preocupou com uma pergunta básica: existia ou não existia mercado para os "produtos" do "sistema de ensino" e nomeadamente da Universidade? Não existia, e nem o fanático mais feroz podia imaginar que viesse a existir tão cedo.»
Vasco Pulido Valente, Público
Vasco Pulido Valente, Público
Etiquetas:
Economia,
qualificação,
sociedade,
universidade
9.11.10
BURACO MARIANO
Mariano Gago ressuscitou brevemente do jazigo de família onde Sócrates encerrou quase todos os seus ministros para lançar um balde de cal, sob a forma de orçamento, para cima das universidades. Elas já pouco se recomendavam mas, agora, tal como o seu ministro, acabarão transformadas em mortos-vivos enquanto uns quantos esforçados as tentam manter ligadas à máquina.
14.9.10
PÁLIDAS CELEBRIDADES

Ao reler algumas passagens do livro de Fernando Gil, uma passagem com dez anos em cima mas de agora. «Não resisto a acrescentar que me pasma e deprime o espectáculo de tanta corrida para pálidas celebridades. É tempo de decretar a leitura obrigatória, nas escolas e nas universidades, do "Poema em linha recta". Melhor ainda seria gravá-lo nas paredes.» Não me ocorreu isto por causa de Mariano Gago ter ressuscitado para "abrir" o ano lectivo universitário no Porto depois de uma profunda hibernação e de uma notória impotência. Nem tão pouco por ter lá estado o antigo e glorioso universitário Sócrates que disse ali o mesmo que pronuncia em feiras de móveis. Não. Ocorreu-me porque é como estamos em tudo por todo o lado. Num espectáculo deprimente de corrida para pálidas celebridades.
13.7.10
OS TROLHAS DO GAGO
O meu curso - direito - foi classificado pelo Gago, o do ensino superior, como um curso de banda larga. Gago, com esta imagem à sua infeliz semelhança, devia querer dizer que um tipo com o curso de direito "à bolonhesa" (como sempre defendi, aliás, contra a prosápia da maioria dos meus colegas) até pode lavar escadas. O problema é sempre outro e comum a todos os cursos geridos pelo Gago no governo. É saber como é que tanto trolha semi-alfabetizado (esta tem direitos de autor e é irresistível) os consegue tirar.
29.6.10
MENOS QUE ZERO
Mariano Gago, um ministro que em ambas as legislaturas de distinguiu pela irrelevância, vem agora defender que os portugueses devem estudar mais. Gago ficará conhecido, enquanto ministro do ensino superior, apenas como alguém a quem mandaram encerrar estabelecimentos comerciais de má nota a que apelidavam de universidades. De resto, entrou mudo e sairá calado do consulado socrático, com balanço menos que zero. Esta tirada era, por isso, dispensável. Tem tanta autoridade para mandar estudar os outros como eu.
Etiquetas:
governo,
sociedade,
universidade
10.6.10
OS PUPILOS DO SENHOR REITOR
Um tal Rendas, que é presidente do conselho de reitores das universidades nacionais, afirmou, sem se rir, que «as universidades públicas comprometem-se a atrair novos públicos de forma diversificada.» O senhor reitor terá noção daquilo que é (ou deve ser) uma universidade? Ou julgará que a vulgarização do acesso à dita é como ter banda larga em casa ou ir a casas de meninas ou de meninos? Ou encher a universidade com meninas e meninos "diversificados"? Os "novos públicos" são uma obsessão demagógica normalmente associada a gente que não tem sequer uma ideia para satisfazer o "público" que tem. Ora a universidade, por natureza, não é um teatro ou uma praça de touros destinada a "atrair" ninguém. O que o Estado deve garantir é que, quem tem mérito, lá chegue se quiser chegar. Não pode é franquear, "de forma diversificada" (o que é isto?), as respectivas portas ao perigoso conjunto vazio que invariavelmente constitui o "estimável público". É de temer o pior.
24.1.10
PORTUGAL CONTEMPORÂNEO - 3
«Apesar do palavrório e dos trémulos de voz (quem não se lembra de Guterres com o coração na boca?), o Estado nunca de facto se preocupou em educar os portugueses. Ou porque não sabia o que era a educação (coisa provável e muitas vezes manifesta no pessoal dirigente) ou porque se limitou a ceder a pressões - regionais, corporativas, económicas, partidárias - com um total desprezo pelo resultado. Neste capítulo, o grande "esforço" oficial, como eles gostavam de chamar à falcatrua, não passou na prática de puro fingimento. Não admira que estejam hoje no desemprego entre 40 e 50.000 "licenciados". Nem que a produtividade não aumente. O que admira é que ninguém perceba que Portugal fabricou a sua própria miséria: por desleixo, corrupção e militante estupidez.»
Vasco Pulido Valente, Público
Etiquetas:
educação,
Regime,
sociedade,
universidade
16.9.09
TANTO E TÃO POUCO

Na abertura do ano académico na Universidade de Coimbra, o reitor zurziu, na prática, a "política" destes quatro anos e meio para o ensino superior. É um tal Gago - nulo, seco e irrelevante como uma cana - o incumbente. Não vi uma linha escrita sobre o tema nos blogues dos pequenos tiranetes ao serviço do regime. Muitos dos que os escrevem são licenciados, mestres, doutorados e professores embora sejam mais parecidos com esfregonas. Preferem a propaganda baratucha ao pensamento. Umas bestas, afinal, algures entre o redondo e o quadrado. Quatro anos e meio de Gago/Sócrates pesaram como chumbo no já de si sempre debilitado sistema universitário português. A benefício de inventário do ministro fica apenas o encerramento de dois estabelecimentos comerciais do ramo, a Independente e a Moderna. É tanto e tão pouco.
Etiquetas:
qualificação,
Regime,
universidade
24.3.09
UM FUTURO RADIOSO

Estudantes manifestam-se em Lisboa, entre outras coisas, pelo fim de Bolonha. Para quem não sabe, o "processo de Bolonha" foi uma maléfica invenção europeia, à boa maneira do "pensamento único", destinada a "facilitar" a conclusão dos cursos universitários em menos tempo e a obrigar os meninos e as meninas a frequentarem mestrados que não são mais, em mau, do que lhes faltou cumprir no curso acabado à pressa. O resultado deste "processo" é muito simples. Praticamente de bibe, sem referências, sem mundo, sem emprego e sem nada a rapaziada é lançada às feras. Basta atentar, na torrente de desempregados que avança desgraçadamente por cá e lá fora, na ampla fatia de licenciados ou nos licenciados empregados precariamente - como na Cuba ditatorial - a fazer qualquer coisa. O futuro anuncia-se radioso.
Etiquetas:
educação,
qualificação,
sociedade,
universidade
19.2.09
O DEVE E O HAVER

Nos idos do bonzinho Guterres, o PS tinha uma "paixão". Era, recordam-se, a educação. Nenhum dos profetas que pastorearam a referida "paixão" (Marçal Grilo, Oliveira Martins ou Santos Silva) a conseguiram sossegar. E Grilo, pelo menos, até se dá ao luxo de "teorizar" ,volta não volta, (sempre secundado pelo profeta-mor Roberto Carneiro, outra eminência parda permanente) sobre a matéria como se nunca lá tivesse estado. Mais "práticos", Sócrates e a sua socióloga de serviço na 5 de Outubro meteram a paixão no imenso saco de ilusões da esquerda moderna, e abriram, com metódica paciência, uma guerra. Ainda outro dia, uma mãe esmurrou uma professora na Figueira da Foz, certamente em mais um edificante episódio da guerra em que se meteram. Por outro lado, Sócrates herdou de Guterres, para o ensino superior, essa insignificância política chamada Mariano Gago. A única "obra" que se lhe conhece é ter encerrado dois estabelecimentos comerciais que passavam por universidades e que ajudaram algumas das nossas "elites" a compor o respectivo currículo. Nas do Estado, que ele superintende, reina a miséria. Miséria interna e miséria dos estudantes que nem dinheiro têm para pagar as propinas. Há casos, no interior, em que os estudantes já recorrem ao Banco Alimentar contra Fome para se aguentarem. Este ano eleitoral serve para escrutinar a fantasia dos derradeiros quatro anos e não, como julgam os bonzos, a dra. Ferreira Leite. Coisas como estas fazem parte da longa fraude política da legislatura. Convém ir somando.
Etiquetas:
educação,
escolas,
governo,
Regime,
universidade
10.11.08
OS MAUS GESTORES
Mariano Gago, o invisível ministro da ciência, tecnologia e ensino superior - repare-se nos "atributos" e veja-se o que sobra do mandato deste extraordinário "três em um" -, aparentemente incapaz de tratar da simples intendência das universidades públicas, apareceu para dizer que os maus gestores devem ser substituídos. Estará a pensar nele?
Etiquetas:
qualificação,
Regime,
universidade
Subscrever:
Mensagens (Atom)