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9.8.11

A,E,I,O,U E 2+2

Lê-se que há onze disciplinas com média negativa na segunda fase dos exames nacionais, entre as quais Português e Matemática. Também é preciso tratar deste brilhante "futuro".

15.7.11

TENHAM FÉ

Os resultados dos exames do 12º ano, sobretudo em língua portuguesa, são decepcionantes. Não saber o que é e para que serve um complemento directo, por exemplo, suscita as maiores reservas sobre a literacia das futuras gerações (que são já as actuais). Todavia, devia reconfortar esses "estudantes" pensarem que, nos idos de 70 e tal, aquando dos exames ad hoc às universidades, alguém que acabou no pequeno estrelato da redonda literatice nacional, chumbou precisamente na prova de português e, consequentemente, ficou à porta da Faculdade de Letras de Lisboa. Mas tal nunca o impediu de andar por aí a distribuir a sua "graça" literata. Tenham, pois, fé.

9.2.11

UMA VERGONHA


Com um orgulho néscio, Isabel Alçada anunciou que o Estado vai "poupar" quatrocentos e trinta e nove euros por cada aluno do ensino público. O ridículo da coisa - e desta cegueira com os cortes - consiste em que estas "poupanças" vão todas direitinhas (e como estão longe de chegar para o efeito) para "ajudar" a pagar os juros da dívida. Nas "novas fronteiras" soviéticas a "aposta" virtual é na educação - a real é no betão escolar e nos estúpidos Magalhães. Mas na cabeça da ministra (mandaram-na fazer esta tristíssima figura, coitada), a qualificação já se mede em euros, em menos euros, como se as escolas fossem "lugares da fruta" geridos por merceeiros de lápis atrás da orelha. Uma vergonha.

31.12.10

BURROS COM ORELHAS DE BURRO


Há dias andaram para aí todos babados com uma relatório do PISA/OCDE. Parecia que, num átomo, Portugal deixara de ser assustadoramente periférico e bruto e que as gerações futuras prometiam um paraíso de saber e ponderação capaz de, uma vez mais, "dar novos mundos ao mundo" nem que fosse a título meramente virtual. Sócrates, no Natal, louvou-se nisso, nas pás eólicas e consta que foi para São Bento movido a electricidade. Todavia, o seu próprio ministério da educação encarregou-se de desfazer o mito. A massa educanda é genericamente burra e não se comove com o facto. «Os alunos portugueses afinal estão ainda longe de conseguir desempenhar tarefas tão simples como, por exemplo, interpretar um texto poético, solucionar um exercício matemático com mais de duas etapas ou enfrentar um enunciado que não seja simples e curto.» Simples e curtos como eles, na realidade, são.

8.12.10

O SENHOR QUE SABE MUITO


«Esta é a prova dos nove, os nossos alunos sabem mais», diz, muito contentinho, o 1º ministro ao Público. Sócrates pertence àquela trupe de políticos que exploram até ao tutano um "evento", uma estatística, uma décima, uma coluna num jornal, um número em mil. A semana passada tinha falhado a bola mundial. Por consequência, precisava de um "sinal". Agarrou-se a este "quadro" e lançou o foguetório. Todavia, se explorarmos devidamente o "quadro", o que é que ele nos diz? A média de pontos da OCDE para avaliar os níveis de literacia dos alunos de 15 anos em leitura, matemática e ciências oscila entre 493 e 501 pontos (1ª linha). Em apenas um dos índices considerados (o da coluna 4, relativo à capacidade para avaliar e reflectir acerca do que é lido), Portugal surge ligeiramente à frente da média: 496/494. Mesmo assim, e segundo os critérios da OCDE enunciados no topo do quadro, os dois pontos nem sequer são estatisticamente relevantes. Tal como o não são aqueles em que surge abaixo da dita (deve ser aqui que reside a alegria socrática), todos os restantes salvo quatro em sete (ou seja, em que é estatiscamente significativo estar abaixo da média da OCDE), a saber, na capacidade de aceder aos textos e de pesquisar neles, de interpretar coerentemente, a matemática e a ciência. Do derradeiro relatório para este, de 2009, houve "progressos"? Houve mas nada que justifique o provinciano deslumbramento. Ainda há dias, Sócrates, na América Latina (onde é que havia de ser?), defendeu junto da viúva Kirschner as vantagens "pedagógicas" (?) do Magalhães. Que não haja equívocos. A única "ideia" de Sócrates para a educação e para a qualificação é pintar escolas, oferecer computadores e "abrir" a banda larga. A escola, enquanto lugar privilegiado de aprendizagem e de indução de método e disciplina, desapareceu. Se a OCDE ainda consegue apresentar estes magros dados, aos professores portugueses seguramente os deve e nunca à política errática, disparatada e demagógica alimentada por Sócrates em relação à educação em cinco anos. «Os nossos alunos sabem mais?» Não, senhor 1º ministro. O senhor é que sabe muito.

1.11.10

ADEUS, ESCOLA


Deve ter passado despercebida uma entrevista de Fernando Savater no último Expresso, suplemento Actual. Mas Savater, grande conhecedor de Cioran, punha o dedinho na coisa que é já chaga e não mera ferida. A escola não deve ser democrática e, antes, deve preparar para a democracia. Isto, evidentemente, é para aquelas sociedades que ainda respeitam a noção de escola, de disciplina e de professor. Não é para aquelas de engodos tecnológicos destinadas a "formar" labregos em vez de alunos.

30.10.10

É A ISTO QUE SE VAI DANDO FÔLEGO E DINHEIRO?


«A minha escola está a ser requalificada e vai ter um novo nome, para fingir que é nova. Na passada sexta-feira, o pavilhão novo, ex-libris da tal novidade e concluído há poucos meses, era, no rés-do-chão, um lago, esvaziado a balde após terem sido canceladas as aulas e evacuados alunos e professores. No primeiro andar, perante a proximidade de salas onde baldes iam contendo a água que se infiltrava, os alunos pediam que os deixassem também ir para casa, até porque, dias antes, tinham avistado uma placa caída do telhado a esvoaçar graciosamente até ao chão. Perante o descalabro do ensino, que não me canso de denunciar, não tardará que o analfabetismo absoluto atinja arquitectos e engenheiros como todas as outras classes profissionais. Depois, lá estará a Parque Escolar para empregar os mais "aptos".» (da leitora Isabel)

22.9.10

A ARMA DE ARREMESSO


Consta que vão ser entregues às escolas mais três mil Magalhães. O Magalhães, ou outro computador qualquer, só devia entrar numa sala de aula pela mão do professor e não pela mão das criancinhas. Para as criancinhas, o Magalhães é apenas mais um brinquedo. Para o professor, é mais um passo para a sua desautorização dentro de uma sala de aula. Por isso, o Magalhães funciona como dupla arma de arremesso. Contra a qualificação e contra a figura tutelar e indispensável do professor. A insistência na "quantidade" - vejam lá, seus retrógados, mais 3 mil representações do "progresso" e do que é hoje Portugal na "visão" do querido líder - demonstra o propósito que, desde o início, presidiu à "ideia". Mil ou milhões de computadores não resolvem um átomo de nada se não forem antecedidos pela aprendizagem e pela educação nos sentidos mais nobres denotados pelos termos. Por natureza, burros e estúpidos, por muito que andem acompanhados deles, ficam na mesma. À propaganda do regime isto não importa. À sociedade, aos pais e à escola, devia importar. Mas isto já é uma conversa demasiado sofisticada para rebater a "quantidade" e o deslumbramento parolo do Portugalório socrático-tecnológico. Há, aliás, quem faça de ambos um modo de vida. Bom proveito.

31.7.10

UMA RESERVA NATURAL DE BURROS


"Escudada" no que se passa na Europa do norte - mais uma convencida que vive em Marte -, Isabel Alçada quer acabar com os chumbos. Aquele servil presidente das associações de pais, já acenou com a cabeça. A menos que Alçada e o governo dela pretendam estender a reserva de gado asinino (embora este seja genuíno) às escolas tão prenhes de verdadeiros burros de duas pernas, não se vislumbra o porquê deste disparate pegado a não ser que seja mais um iluminado passo no caminho certeiro da derrota do pensamento. "Acompanhamentos paralelos" de quê, como ouvi a madame a dizer no rádio do carro? De calões embrutecidos? Por amor de Deus.

1.7.10

TODOS IGUAIS, TODOS SATISFEITOS CONSIGO PRÓPRIOS


A antiga anarquista Lurdes Rodrigues publicou um livro. A mulher é socióloga, catedrática do ISCTE (pois claro), ex -"orientadora" de qualquer coisa que Sócrates andou a fazer no dito ISCTE, noutra encarnação, e foi famosamente ministra da educação no absolutismo socrático. Não começou mal. Exibiu uma autoridade que, aos poucos, se esfumou em gratuito autoritarismo discutido diariamente na rua. As escolas, que já eram o que eram, passaram a recreio privilegiado da luta da ministra contra os professores e dos professores contra a ministra para gáudio dos sindicatos, dos meninos, das meninas e dos pais destes. A figura tutelar do professor e a noção de disciplina ficaram cativas de uma agenda que se perdeu pelo caminho. Sócrates apareceu no lançamento do livro para dizer que Lurdes Rodrigues - à semelhança dele, aliás - é uma pessoa "satisfeita consigo própria". Não é um elogio como ele supõe. É um descarado vitupério dirigido, em regra, a tolinhos sobretudo no dia em que a generalidade dos portugueses começou a empobrecer. Ora L. Rodrigues nada tem de tolinha. Aliás, a fina flor do PS e do governo foi lá prostar-se, Mário Soares incluído, diante dela. Mais diante da presidente da FLAD do que da ministra que a senhora foi. Porque se fosse por isto, hoje ainda estaria numa 5 de Outubro que, no dia seguinte à sua saída, começou, pela mão da sorridente Alçada, a fazer exactamente o contrário do que L. Rodrigues andou a fazer durante quatro anos e meio. (foto: Lusa)

22.6.10

DEPOIS DO ACORDO ORTOGRÁFICO, A MATEMÁTICA


«A Sociedade Portuguesa de Matemática é digna de encómios pela posição que vem mantendo e mais uma vez reafirma: aprender matemática exige esforço, exige papel e lápis, exige praticar, praticar, praticar. E que se saiba a tabuada. E que se eliminem as máquinas de calcular nos primeiros anos.»

Pinho Cardão, 4ª República

8.6.10

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ADOLESCENTE CALHAU OU O "TRIUMPH DES WILLENS" SEGUNDO ISABEL ALÇADA

«Há 100 anos o crescimento baseava-se numa espécie de filosofia da imperfeição. Nascíamos imperfeitos, cheios de lacunas e limitações e precisávamos do ensino precisamente para atalhar essas falhas. A escola era uma disciplina, certamente selectiva, mas na qual cada pessoa aprendia a conhecer-se a si mesma, a aperfeiçoar-se e a suprir os seus defeitos. A literatura do século XIX está cheia de representações deste modelo. Nos últimos 50 anos surgiu outro tipo de pedagogia. O adolescente deste tempo é alguém que estamos obrigados a compreender. Em vez de olharem para os estudantes como criaturas falíveis e em formação, começou-se a destacar a ideia de que estamos todos envolvidos num processo de descoberta pessoal, numa busca pela nossa autenticidade e, nesse sentido, a educação precisa ela própria de se adaptar a esse processo. No princípio era a cultura. No século XIX e creio que em parte do século XX o conceito de aprendizagem era inseparável desse aperfeiçoamento pessoal que começava a partir da escola. Não era o mundo que se tinha de adaptar a nós, mas nós que nos tínhamos de adaptar ao mundo. E esse era um processo difícil, aquilo a que muitas vezes se chamava "a formação do carácter". Como já vivemos tão embrenhados noutro mundo, somos incapazes de compreender os seus sinais.»
Pedro Lomba, Público

*"Eu acredito que a vontade move o mundo", disse a autora infantil para justificar a possibilidade de se adquirirem passagens de ano no liceu per saltum.

4.6.10

ERA UMA VEZ UMA ESCOLINHA

Isabel Alçada, ministra da educação, ao falar do tema que a ocupa no governo está cada vez mais parecida com a escritora de livrinhos infantis. Imagina que tipos de quinze anos, salvo honrosas excepções, têm algo mais que um calhau no lugar da cabeça. O seu "eduquês", melhor na formulação e no aspecto de quem o formula, também não leva a lado algum. Falhará, não apenas por causa daqueles medonhos nogueiras e cia. ou dos albinos papás socialistas, mas igualmente porque, pelo menos desde Vitorino Magalhães Godinho, nenhum ministro da educação do regime acerta uma.

25.5.10

ERA UMA VEZ UM GOVERNO

Afinal, não é tarde nem é cedo neste governo "era uma vez". A escritora infantil Isabel Alçada garante-nos um Portugal dos pequeninos com muitas prosperidades.

17.3.10

NÃO TÊM VERGONHA?

Por que é que o insuportável sr. Nogueira, o sr. Silva e a escritora Alçada não se entendem sobre o medo que alunos sentem de ir a locais mal frequentados a que os três chamam escolas? Não têm vergonha?

21.2.10

"EU AXO"

Isto é um extraordinário exemplo do radioso futuro que espera este país de merda.

8.1.10

UMA AVENTURA NA EDUCAÇÃO

Exactamente.

19.11.09

O REGRESSO DA AVALIAÇÃO

O parlamento passou aparentemente a tarde a discutir a estafada avaliação dos professores. De Isabel Alçada, a ministra, nem cheiro. A coisa ficou a cargo, pelo governo, de Jorge Lacão, uma pessoa mundialmente reconhecida como habilitada para tratar de tudo e do seu contrário. É evidente que, mais do que a avaliação dos professores, está em causa não haver uma. Nogueira e os seus não pretendem, aliás, outra coisa. Os partidos fingem que querem suspender e mudar o "modelo" e toda a gente finge que é disso que se trata. As escolas, essas, são secundárias e não meramente em sentido literal. Preparamos, como sempre e de novo, o pior.