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11.9.11

UM CRETINO É UM CRETINO


Para não passar tantas vezes por basbaque, o dr. Barroso, presidente da Comissão Europeia, devia convidar o cretino da foto a pedir a demissão.

28.7.11

A PASSO DE CARACOL


«O que na verdade se passa é que a Europa tem vivido num estado que Jean-Paul Fitoussi, no próprio dia da Cimeira, designou no Le Monde como «a paralisia da decisão». Paralisia que é acentuada pela diferença entre a crise financeira que se tem vivido, e a crise do euro que agora nos ameaça: é que enquanto o motor da primeira foi a cupidez, o da segunda é a virtude pública que se impôs com a visão austeritária da Europa e dos seus problemas. Com esta visão, consolidou-se a ideia absconsa que no futuro só há despesas e dívidas, não há receitas. O que, naturalmente, só pode levar ao aumento das taxas de juro e ao aperto do garrote sobre os devedores. É assim, explica J.-P Fitoussi, «que a especulação se revela auto-realizadora, produzindo as condições de insolvabilidade: alta das taxas de juro e, portanto, do serviço da dívida, aritmeticamente compensada por uma redução das despesas e um aumento dos impostos.» A especulação, acrescenta, não podia desejar melhor que esta política de impotência que, a pretexto das responsabilidades nacionais, tem gerado uma verdadeira irresponsabilidade europeia. É por isso bom perceber que, se finalmente nos afastámos um pouco desta irresponsabilidade com a última Cimeira Europeia, isso se fez todavia a passo de caracol.»

M. M. Carrilho, Contingências

8.7.10

A CAVERNA ESQUIZOFRÉNICA DA EUROPA

Face à «convergência objectiva de interesses" que, decerto, provocou grande reboliço nas ossadas de D. Afonso Henriques, do que é que o PR e o governo estão à espera para decretar luto nacional? A esquizofrenia interesseiro-patrioteira em torno da PT não é menos que Saramago. Ou é? E a PT vale agora mais que o Tratado de Lisboa que esses mesmos patrioteiros aplaudiram de pé. Ou não vale? Respondam lá.

16.6.09

BARROSO, AFINAL, VITAL

Vital Moreira ressuscitou provisoriamente ontem para dar conta do seu apoio a Durão Barroso. A Vital não bastou ter sido um mau candidato ao PE. Ainda não se sentou em Estrasburgo e já é "dito-por-não-dito". Em campanha, inspirado pelo glorioso ex-pai da pátria, Soares, não queria o mesmo Barroso que Sócrates já apoiara. Agora é isto. Bem aconselha Medeiros Ferreira: «Espere pelo início do mandato e pela chegada da proposta do Conselho ao PE para anunciar uma decisão. Não se precipite.» Coitado do Vital, sempre com Coimbra na lapela.

11.6.09

TEMOS HOMEM


Lembram-se da "velha Europa", o jargão do Bush filho e da sua azougada corte, a doméstica e a internacional? Pois a "velha Europa", agora representada pelas pessoas de Sarkozy e Merkl, "escolheu" hoje o dr. Barroso para um segundo mandato na Comissão Europeia. Ambos saíram reforçados das eleições europeias de domingo e até Sarkozy, que inicialmente estava renitente, agora apenas exige que Barroso, na véspera da eleição, apresente um "programa", presumivelmente um que agrade à "velha Europa". Isto é, a ele e à chanceler alemã. Nada que Barroso não saiba fazer com elegância e um bocadinho de "livro vermelho". Temos homem.

8.6.09

RECONDUÇÕES


Cavaco Silva forneceu hoje à nação o primeiro sinal de que pretende recandidatar-se. Ao defender com tanta veemência a recondução de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia, com a desculpa que isso é importante para Portugal, o Chefe de Estado estava mais preocupado em afastar um putativo concorrente do que em consagrar um português. Se há alguém no planeta que é só ele mesmo antes de ser português ou outra coisa qualquer, é Durão Barroso. E ninguém sabe isso como Cavaco. Estou com ele.

18.4.09

DE HONRA NACIONAL A COISA ESTRANHA


Por falar em Sampaio, reparo que um seu antigo conselheiro, numa crónica no Expresso, afirma ser "coisa estranha" a manutenção de Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia. Recorde-se, porém, que em 2004, quando Barroso largou levianamente o governo com destino a Bruxelas, Sampaio - a quem o cronista prestava conselho "cultural" e político - achou a coisa uma "honra nacional" que acarinhou profusamente como Chefe de Estado. Por que é que o cronista conselheiro não o alertou na altura para a "estranheza" da coisa que agora lamenta?

16.4.09

ASSIM NÃO VÃO LÁ


Estive em Bruxelas a convite do PPE e, em particular, dos eurodeputados do PSD - e, dentro destes, do incansável Carlos Coelho - de visita ao Parlamento e à Comissão. Apesar da minha declaração de voto, considero-me um europeísta cada vez mais céptico. Sou contra o Tratado de Lisboa e ainda sou mais agreste em relação à circunstância de, ao contrário do que foi prometido (felizmente o tempo tem dado para perceber que somos dirigidos por gente com uma péssima relação com a verdade), aquele não ter sido referendado. Um referendo europeu a pretexto do Tratado (ou da "constituição europeia" que é o que ele verdadeiramente é) seria um bom passo para a tão inverosímil "aproximação" da Europa aos seus cidadãos e dos seus cidadãos à Europa em vez de esta ser olhada com desconfiança como um lugar cinzento onde se produz burocracia ininteligível e, tantas vezes, impraticável. Uma moeda única, por exemplo, não tem necessariamente de corresponder a um "pensamento único" ou a uma discussão "única". A Europa - mesmo, ou sobretudo, perante a presente crise - deve ser um espaço de negociação e jamais de "consensos" impostos. Por outro lado, os disparatados derradeiros alargamentos - longe da devida "digestão" e já há quem suspire pela Turquia, pela Albânia ou pela Ucrânia... - não auguram nada de positivo em termos da "coesão" retórica apregoada nas cimeiras já que a história mostra que haverá sempre várias "Europas" dentro da Europa. E, evidentemente, quem a pague e que não quer abdicar do "direito de pernada". Esta publicidade (aparentemente enganosa mas politicamente verdadeira e perigosa) é um símbolo freudiano daquilo que o funcionalismo bruxelense - refractário à escolha pública - pensa dos seus pobres concidadãos europeus. Assim não vão lá.

6.4.09

TRÊS TIPOS PORREIROS

Conviria ao cabeça-de-lista do PS às "europeias" ter a mesma posição do admirável líder sobre o dr. Barroso e vice-versa. Ou Vital Moreira ficou tão surpreendido quanto babado com a sua escolha que esqueceu as sábias palavras de apoio do chefe à recandidatura do "porreiro" Barroso - esse "rosto do passado" segundo o ex-pai da pátria - à presidência da Comissão Europeia? É o que dão as combinações entre três tipos "porreiros".

22.3.09

UM VOTO PARA BARROSO


O dr. Soares falou, com inteira justiça, na "mediocridade" dos dirigentes europeus. Presumo que não excluiu ninguém embora tivesse na cabeça o dr. Barroso, aquela honra nacional que começou com Sampaio e termina em Sócrates. Todavia, é bom para o país deixar, por ora, o dr. Barroso a pastar a sua satisfeita figura - apesar de um primeiro mandato insignificante e cheio de derrotas políticas extensíveis aos ilustres adjectivados por Soares - lá fora. A vida pública portuguesa já tem demasiados chicos-espertos como ele para dar e vender. Voto nele.

13.12.08

O RENDIMENTO NACIONAL BRUTO

«A crise tem revelado uma completa falta de capacidade e de liderança por parte da presidência da Comissão Europeia que, segundo Fischer, está completamente manietada pela falta de visão dos seus líderes e pelos cálculos de J.M.Barroso com vista à sua manutenção no lugar. É por isso que o a decepção com o seu plano de relançamento não espanta, ele não passa de um mecânico ”copy/paste” de velhas propostas sem ambição nem consistência. O futuro parece confiscado, é tempo de mudar de paradigma. E, nessa mudança, há pelo menos duas orientações que se vão impor: enquanto uma tem a ver com os conceitos utilizados para lidar com a realidade, a outra aponta para o miolo da estratégia a seguir. No primeiro caso basta olhar, por exemplo, para as insuficiências de que padece um indicador como o “pib”, para se ter a noção do muito que há a fazer. Se queremos conhecer a situação real da economia e da vida das pessoas, é urgente pensar noutros termos, como os defensores do “rendimento nacional bruto” há muito sugerem. É que o “pib” ilude escondendo a dívida contraída, e também o que, sendo produzido num país, não fica contudo nele. Ao que fica, e a que se juntam os rendimentos dos nacionais que vêm de outras economias, chama-se precisamente rendimento nacional bruto. Não admira por isso – e certamente também porque o “rnb” está a cair há vários anos – que o Presidente da República venha há já algum tempo a insistir na maior fiabilidade deste indicador para se avaliarem os reais progressos do país e do bem-estar das populações.»

Manuel Maria Carrilho, Contingências

2.10.08

UNIÃO EUROPEIA OU SOVIÉTICA?

Na Europa existe um senhor, de seu nome Juncker, do Luxemburgo, que é uma espécie permanente de "três em um". "Acumula", com as funções domésticas, a de presidente da comissão europeia, de presidente em exercício e de presidente da UE (um cargo previsto no funesto tratado lisbonense), todos putativos, que ainda não existe. Juncker é o "barómetro" da UE mais do que Barroso ou Sarkozy podem ser. Ficou muito satisfeito com a passagem do "plano" no senado dos EUA e deve ter inspirado aqueles dois relativamente à hipótese de a Europa se "salvaguardar" (isto é, salvagurdar as instituições financeiras) à custa dos seus contribuintes. A Alemanha, felizmente, não acompanha esta "ideia" que alteraria a "natureza" da UE. Na realidade, isto é uma "união europeia". Não é uma "união soviética". Make no mistake.

27.5.08

IMPROBABILIDADE

Os "idiotas especializados" de Bruxelas recusaram a proposta do presidente Sarkozy no sentido de limitar o IVA incidente sobre os combustíveis. Mesmo assim, o nosso dr. Pinho "pediu" à Comissão de Barroso para "identificar medidas a curto e a médio prazo que possam minimizar o efeito negativo da escalada do preço do petróleo." Pinho, pelos vistos, percebe que o "demónio" anda a solta (isto para o citar), embora ignore o que deva fazer para o domar. Este imbróglio não estava previsto nas fichas do senhor primeiro-ministro. O "ar" do homem nas jornadas parlamentares da seita não enganava ninguém. Silva Pereira, o mimo do "querido líder", já avisou por ele que algumas "metas" com que o governo se havia "comprometido" vão ter de ficar "adiadas". Nunca é esdrúxulo recordar a palavra do Grande Morto de Santa Comba Dão. Em política, o que parece é. E o que parece é que está a gerar-se uma espiral de improbabilidade - aqui e na Europa - para a qual a nomenclatura de serviço, por natureza improvável, não tem manifestamente arcaboiço. Isto promete.

3.7.07

DIA 3 DA PRESIDÊNCIA

Os nossos pobres ministros andam por aí a mostrar "o país das maravilhas" aos comissários europeus que ficaram por cá em turismo administrativo. O da agricultura, levou o comissário das pescas até Matosinhos e o sr. Correia, do ambiente, levou uma senhora ao Alentejo para apreciar tecelagem local. No primeiro caso, o ministro Silva, instado por pescadores, mandou-os pedir para saírem da União Europeia se não apreciavam o exercício. O ministro Silva é um burocrata europeu típico - foi, aliás, recrutado para o governo em Bruxelas - sem pingo de talento político e que fala mal (diz "póssamos" amiude). Tem talento para falar com os agricultores - porventura mais pelas proximidades lexicais do que por qualquer outro motivo - e para lhes demonstrar a sua relativa insignificância, e pouco mais. Falta "vida", da vivida, a estes burocratas todos, os de cá e os que mandam cá lá fora. Daí as postas - gratuitas - de pescada.