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10.2.11

O CRIME COMPENSA

Segundo o CM, desde que a lei da interrupção voluntária de gravidez entrou em vigor em Julho de 2007, foram realizados mais de 63 mil abortos que custaram cerca de 100 milhões de euros por causa dos "subsídios sociais" e das "despesas com deslocações" das abortadeiras. Isto porque estas queridas, contrariamente às restantes trabalhadoras, recebem 100% do subsídio social ao passo que uma mãe que se encontra de baixa para dar assistência à prol fica-se pelos 65% da remuneração. Sei que é politicamente incorrecto dizer isto mas em Portugal parece que o crime compensa.

27.6.10

A ABORRECIDA REALIDADE


Quem não se lembra do simpático e bem parecido dr. Miguel Oliveira e Silva, campeão mediático, ao lado da esquerda caviar abastada, na campanha do referendo acerca do aborto? Quem esquece as suas aplaudidas e inflamadas intervenções televisivas a favor da lei em vigor? Entretanto, o dr. Oliveira e Silva "evoluiu" para presidente do Conselho de Ética e deu pela realidade. De certeza que a maioria das mulheres a que alude na entrevista não pertence às classes média e média alta que estavam tão bem representadas nesses movimentos pelo "sim" e que, alarvemente, destratavam em público os seus oponentes quando estes falavam justamente de realidade.

«O número de abortos está a subir. De 12 mil passou para 18 mil em 2008 e para 19 mil em 2009.

Aumentaram os abortos ou a visibilidade sobre eles?
Está a subir o registo legal do número de abortos até às dez semanas.

Era expectável...

É expectável durante dois a três anos que isso aconteça porque são muitas mulheres que vêm do aborto clandestino e que o deixam de fazer às escondidas. Mas vamos ver até quando vão continuar a subir. Se os números continuarem a subir, a subir, é o total falhanço do planeamento familiar.»

É não é, dr. Oliveira e Silva? Temos pena mas não temos culpa. Pensasse nisso antes.

17.10.09

GENTE


Apesar da estupidez do texto do jornalista, quem terá coragem, um dia, de fazer por cá coisa semelhante com tanta gente, sem tabus ou temor reverencial perante a "frescura" dos "modernos" e dos complacentes? A Igreja portuguesa não deve ser pois em 2007 portou-se como se portou. E sociedade civil à margem do Estado, dos poderes e dos partidos não existe.

8.4.09

"QUAL É A DIFERENÇA?"

Este post é duplamente interessante. Não é vulgar um tipo com menos de vinte anos, hoje, cercado por todos os lados pela mais reles tagarelice correcta, escrever o que ele escreve. Chapeau.

8.2.08

A BANALIZAÇÃO DO MAL

Leio "Eichmann em Jerusalém", de Hannah Arendt. Não foi um livro bem aceite na altura, quer pelos sionistas extremos, quer pela "nova" Alemanha. Eichmann era pouco mais que um bronco, um burocrata que, como afirmou no julgamento, não sabia viver num mundo sem regras, sem autoridade, sem "a boa ordem". Foi desprezado pela "aristocracia" nazi e servia perfeitamente para tratar da intendência da Endlösung: as deportações, primeiro, e a eliminação maciça, no fim. Mas não era de Eichmann que queria falar. Leio esta notícia e, salvo as devidas proporções, é da mesma forma bronca de cumprir as regras que se trata. A lei do aborto é, em si mesma, um imenso aborto. Falar de "previsões" acerca da interrupção de gravidez, ou seja, da possibilidade ou não possibilidade de uma vida, é a gramática "moderna" da banalização do mal. Discorre-se sobre a distância em relação às "previsões" quanto a abortos a realizar por comparação com os efectivamente perpetrados no SNS com a mesma ligeireza com que os funcionários do III Reich elaboravam sobre a concretização das "previsões" exterminadoras. Um sr. dr. Jorge Branco, director de uma maternidade (?), até se «congratula com estes valores, aquém do previsto, e acentua ainda o "grande predomínio" da interrupção da gravidez com recurso a medicamentos em vez da opção pela cirurgia», acrescentando ser «menos agressivo e menos traumático para a mulher», tal como o gás era menos "agressivo" do que um tiro na nuca. Em suma, seis meses depois da lei entrar em vigor, o aborto clandestino que os "progressistas" diziam vir combater com ela, prospera, bem como o negócio privado realizado à sua sombra. A "boa ordem" não funciona. A banalização do mal nunca resolveu um problema à humanidade.

21.10.07

A ÉTICA PLANIFICADA


Sou jurista. Sofrível, mas jurista. Todavia, não me vejo a escrever um parecer como o do conselho consultivo da PGR onde se entende que a Ordem dos Médicos deve alterar o seu Código Deontológico para o "adaptar" designadamente à lei do aborto. Correia de Campos que, por si, já tinha uma "visão" sui generis quanto ao controlo do desempenho médico, chamou-lhe um figo. Que eu saiba, um "código deontológico" pressupõe a salvaguarda de uma conduta ética no exercício de uma função. Os médicos não tiraram o curso para serem pistoleiros ou para prevenirem a emergência de uma vida. Pelo contrário, servem para a dar e preservar. O conselho consultivo da PGR e o infeliz dr. Campos, ao darem prevalência ao "pathos" legal sobre o seu "ethos", prestam um péssimo serviço ao direito e à sociedade metendo-se onde não devem. É, para ser delicado, um belo precedente tipicamente "soviético".

28.7.07

O MONÓLOGO INSTITUCIONAL DA VAGINA

Como ainda não tive tempo para ler o fascículo semanal das memórias de José Hermano Saraiva, não tenho tema. De qualquer forma, e ainda acerca do aborto, afigura-se-me que o "monólogo da vagina" passou a verdadeira questão constitucional e nacional. Já devo ter ouvido o Chefe de Estado a perorar sobre o mesmo assunto e com o mesmo argumentário alguma meia dúzia de vezes. Fora a repetição da entrevista de Sócrates na SIC Notícias. Pobre país.

11.2.07

DAQUI PARA DIANTE - 3

Também existe outra hipótese. Cumprindo-se o ritual de 1998-2007, ficamos à espera de um novo referendo com a mesmíssima pergunta?

DAQUI PARA DIANTE - 2

Por uma vez, o prof. Vital Moreira tem razão. Se o "sim" ganhar, mesmo em maré abstencionista, existe legitimidade para alterar a lei. O aborto poderá assim ser liberalizado até às dez semanas de gestação e ser realizado dentro desse prazo a mero pedido da mulher, sem nenhuma justificação. Daí para diante, o crime continua previsto e punível. Se ganhar o "não", a impunibilidade só abrange as excepções em vigor.

DAQUI PARA DIANTE - 1

Para além da dimensão da abstenção que tornará não vinculativo o resultado do referendo - apesar de, desta vez, provavelmente o "sim" ficar à frente -, importa meditar na circunstância de que todos os líderes partidários - Marques Mendes "assim-assim" - participaram vivamente na campanha. Todos os de "esquerda", pelo "sim" - senhor engenheiro incluído -, e um de "direita", Ribeiro e Castro, pelo "não". Serviu isto para alguma coisa?

OS COLABORACIONISTAS

Uma das coisas mais desagradáveis da campanha que hoje culmina no voto, foi ver que nem toda a gente que se envolveu nela directamente percebeu de que lado estava. Explico-me. Amanhã, ou o mais tardar depois de amanhã, o país tal como ele é volta às nossas vidas em todo o seu horrível esplendor. Começa, finalmente, o pior ano da legislatura - não me digam que ainda não tinham percebido a evidência- e aquele que poderá salvar ou crucificar o governo e a maioria do espartano Sócrates. Muita gente válida do lado da denúncia e da crítica impiedosas (não conheço outras) ao manto diáfano de fantasia em que o PS e o governo nos pretende envolver com o seu "reformismo" de opereta - devidamente apaparicado pelo prof. Cavaco - esteve com o governo e com o PS nesta campanha. Por exemplo, ao alinhar pelo "sim", essa gente está implicitamente a dizer que acredita no SNS, nas urgências, nos hospitais e no INEM do dr. Campos, que aceita o negócio privado e chorudo do aborto "privado", que acha sublime essa fada do PS que se chama Maria de Belém, que aceita o autoritarismo do chefe e do seu - para já - mais dilecto colaborador nesse autoritarismo "democrático", o dr. Costa (o tal do "não estão em causa considerações éticas"), etc., etc. Se o "sim" ganhar logo à noite, convém a esses colaboracionistas perceberem que, acima de tudo, ajudaram a uma vitória deste PS e deste governo. Ou será que, na sua inquietante ingenuidade, imaginam que são as mulheres, humilhadas e ofendidas, que preocupam o senhor engenheiro e respectiva tropa de choque? Que foi por causa delas, coitadinhas, que Sócrates veio a correr da China, declamou piedosa retórica em jantares e conferências, e mandou avançar com o espantalho do "fica tudo na mesma se não me derem o votinho"? Aconteça o que acontecer, a "direita" sai duplamente humilhada desta cena. Primeiro, pelas parvoíces que alguns dos seus prosélitos disseram e escreveram a propósito do aborto. Em segundo lugar, pelos silêncios comprometidos e pelos alinhamentos com espertalhões da política "dura" com quem andaram a dançar o vira em nome de uma "causa" que não lhes pertencia. Ninguém, da "esquerda" ou da "direita", lhes agradecerá o disparate e, muito menos, o frete.

10.2.07

VALERÁ A PENA?

A grande falha deste "dia de reflexão" chama-se Cavaco Silva. O PR nem sequer se deu ao trabalho de apelar formalmente à participação no acto referendário de amanhã, explicando ao país o sentido cívico dessa participação. Se a abstenção for enorme, será mais um momento de desprestígio da nossa gloriosa democracia da qual ele é o primeiro avatar. Há muita gente com vontade de não mexer uma palha. De facto, com exemplos destes, será que vale a pena alguma coisa?

PROSPERIDADES


Os meus "camaradas" do blogue do não estão muito preocupados em ser politicamente correctos. Receiam que as polícias do outro lado e as do regime nos acusem de violar a lei. Eu, aliás, e a propósito de violações e demais libertinagens, aproveito o fantástico "período de reflexão" (uma daquelas idiotices típicas de uma sociedade imatura) para ler D.A.F. de Sade a quem tenciono dedicar uma prosa mais logo. Sejamos claros, como diria o Paulo Gorjão que pertence ao clube dos certinhos (ainda ganha o Prémio João Carreira Bom para "cronista do reino"). E o "sejamos claros", até amanhã, escreve-se com três simples letrinhas: NÃO.

9.2.07

TODO UM PROGRAMA

Leio no Corta-Fitas isto, a propósito do referendo ao aborto: "não estão em causa considerações éticas", assegura o ministro António Costa." Costa, o pragmático de serviço, acabou por dizer a verdade. Uma frase que é todo um programa. De governo.

JÁ CHEGA

Uma das coisas boas que o fim da maldita campanha para o referendo traz, é deixar de se ouvir diariamente a voz de criaturinhas irritantes como Maria de Belém que, pelos vistos, nem tempo deve ter para lavar a loiça. Vai a todas, está em todas. Já chega.

OS SALAZARINHOS

E, já agora, também não aceito lições de "modernidade" vs. "conservadorismo" vindas do secretário-geral do PS a propósito de quem vota "sim" ou "não" no referendo. Quem pratica o autoritarismo mais sofisticado e "democrático" do mundo e que, como notou oportunamente o António Barreto, é o ser político mais artificial que o regime gerou, não me ensina coisa alguma nem me manda pensar. Se não fosse o voto de muitos "conservadores" cuja inteligência insulta, o senhor engenheiro estaria agora a negociar com este e aquele para aprovar as suas "medidas" ditas "reformistas" e "modernas", coisa que só faria bem à sua cabeça autoritária. O Fernando Dacosta é que tem razão. Não há meio de nos livrarmos dos "salazarinhos".

Adenda da noite: Muito justamente, o Pedro Correia lembra que a negra lei que este PS tão duramente atacou durante a campanha - a alteração de 1984 em vigor - partiu do...PS. Todavia, nesse tempo o PS estava vivo, não é verdade, Pedro?

DEDICADO ÀS MULHERES -3


"Na realidade, era eu quem me sentia abandonada. Com um filho na barriga. Foi em Julho de 1940. Comparado com a ruína, o armistício, o desmoronamento do país, o acontecimento era insignificante. Mas como diz Henri Michaux, "aquele que tem um pico no olho não quer saber do futuro da marinha britânica". Era uma estaca que eu tinha no meu olho. Dias estranhos sob um sol insolente. Além disso, também sofria pela França. Sofria com tudo. Com o meu corpo, onde crescia um corpo estranho que me causava horror. Com a minha cabeça, onde me condenava pela minha irreflexão, eu que me considerava invulnerável. Com o meu orgulho: pois iria ser mãe solteira, como se diz agora; seria alvo de reprovação... Demasiado jovem para conhecer o desejo por uma criança - e a criança era eu -, sobretudo nessas circunstâncias, só uma ideia me veio à cabeça: livrar-me dela. Mas já a ordem moral apontava um dedo, todas as fileiras do aborto estavam barradas. Para reconforto, tive de passar pela lição de moral de um grande médico de Clermont quando, solteira e sem recursos, lhe supliquei ajuda... A crer nele, o meu mau comportamento era responsável pelos infortúnios que se abatiam sobre a França. Tentei de tudo, os piores truques caseiros, as agulhas para tricotar, a água com sabão e o resto - em vão. E quando esse pobre girino violeta surgiu entre as minhas pernas odiei-o, um ódio ingénuo. Que Deus proteja as crianças cuja mãe chora o seu nascimento. Elas sabem disso e ficam marcadas para sempre. Alain sabia-o por intuição certa e nunca me perdoou esta rejeição primitiva. Passámos vinte e cinco anos a magoar-nos um ao outro. No início, não o amei. Depois, amei-o demais, protegi-o demasiado. Fiz tudo errado. Uma má mãe (...) Enterrar o próprio filho é uma experiência desumana. São os vossos filhos que têm de fechar os vossos olhos. De todas as experiências da minha vida, que foi fértil, foi aquela de onde emergi com mais sofrimento, moendo e remoendo a minha culpa."

Françoise Giroud, Artur ou a Felicidade de Viver, Edit. Inquérito, 2000

8.2.07

DEDICADO ÀS MULHERES -2


Não possuo o instinto da maternidade - impossível - nem o da paternidade: não quero, não gosto. Jamais serei pai ou avô. Irrita-me o "criancismo" da mesma maneira que gosto de crianças desde que não me apareçam à frente nos restaurantes. Incomodou-me a manipulação das ditas nesta "campanha" porque estão em causa vidas por vir ou por não vir, e não crianças, justamente as que berram e esperneiam nos restaurantes. Françoise Giroud teve três filhos. O primeiro não foi, como se costuma dizer, "desejado". É sobre essa dor inicial e, depois, final com a morte de Alain aos vinte e cinco anos que Giroud escreve nas primeiras páginas de Artur ou a Felicidade de Viver. Era a França de Julho de 1940, em plena guerra. Françoise Giroud foi, em todos os sentidos, um ser humano exemplar que, por acaso genético, saiu mulher. Feminista sem ser sexista, Giroud acedeu a lugares no jornalismo e na política à conta de um combate de toda uma vida justamente por ser um ser humano superior. Atentai, pois, nas palavras insuspeitas desta mulher de oitenta anos, oh hiper-emancipadas de pacotilha sempre à beira de uma ataque de nervos e sempre dispostas a surpreender misoginia em qualquer canto. Estou farto de desdentadas mentais, venham elas de onde vierem, usem elas Chanel 5 ou cheirem mal do sovaco, morem num condomínio fechado ou numa barraca.

DEDICADO ÀS MULHERES -1


Esta "campanha alegre" que agora termina teve de tudo. Jantaradas, comícios, troca de mimos, cartazes berrantes e aberrantes, histéricos, doidas e doidos, meia dúzia de sensatos, Marcelo Rebelo de Sousa e um padre Pinto muito coradinho, ambos atípicos. Como há muita gente a pensar e a berrar que o "assunto" é um exclusivo da mulher, lembrei-me de ir às páginas de um livrinho que li vai para seis anos - Artur ou a Felicidade de Viver - de Françoise Giroud, traduzido na colecção "Entre Mulheres", da Editorial Inquérito. Os "jovens" e certas "intelectuais"- que diabo é um "jovem"ou uma "intelectual"? o que é que define um "jovem" ou uma "intelectual"? - ignoram certamente quem foi Giroud e, infelizmente, muitas mulheres hiper-emancipadas que se julgam subtis e "esclarecidas", também. Antes desta "campanha" começar, já tinha dito o que pensava do famoso arquétipo feminino-feminista que essas hiper-emancipadas exibem como um troféu decadente. Não me impressionam nada as Maria Belo desta vida que continuam exactamente em 2007 como eram em 1960. Já Françoise Giroud me merece outra consideração. Aos oitenta anos escreveu aquele precioso livro de memórias que se lê de um fôlego e que começa pela morte abrupta do filho Alain - teve ainda outro filho e uma filha- soterrado por uma avalancha numa estância de esqui em Savoie, apenas com vinte e cinco anos. Como é que Giroud olha retroactivamente para esses tempos difíceis em que se achou "mãe solteira", em Julho de 1940, com vinte e poucos anos?

LOGO SE VÊ?

Este é o derradeiro artigo que escrevo para o Diário de Notícias sobre o referendo deste domingo. Devo esta colaboração casuística a um amável convite da Ana Sá Lopes a quem agradeço com muita amizade. Como “espectador comprometido”, considero que a campanha que termina amanhã não ajudou praticamente nenhum indeciso a decidir-se. Digo-o com pena já que, em 1979, juntamente com António Barreto e José Medeiros Ferreira, fui dos primeiros a defender o referendo como um instrumento de manifestação democrática da cidadania. Os poucos momentos de propaganda a que assisti na televisão não passaram disso mesmo. De propaganda e da pior. Os cartazes que andam para aí espalhados em outdoors para todos os gostos são, na generalidade, de um imenso mau gosto. Nem sequer faltou ao “debate” o “debate”, agora despropositado, sobre a pergunta que estará colocada nos boletins de voto de domingo e que, por igual, deputados adeptos do “sim” e do “não” aprovaram. É manhosa, é ambígua e, para muitas pessoas, seguramente incompreensível. Porém, é a que vai aparecer. Por isso, só uma de duas respostas é possível. Nestes pequenos textos procurei explicar tranquilamente por que se deve votar “não”. A vitória do “não” viabiliza as dúvidas e as incertezas de muitos “sim’s”. Pelo contrário, o sucesso do “sim” - não constituindo uma tragédia como referiu Mário Soares acerca da eventualidade contrária - abre definitivamente as portas a um vaguísssimo “logo se vê” que, num país de “faz de conta”, é, no mínimo, perigoso. E ao “logo se vê”, numa matéria desta natureza, eu digo, sem hesitações, não.

Publicado no Diário de Notícias