Para além da dimensão da abstenção que tornará não vinculativo o resultado do referendo - apesar de, desta vez, provavelmente o "sim" ficar à frente -, importa meditar na circunstância de que todos os líderes partidários - Marques Mendes "assim-assim" - participaram vivamente na campanha. Todos os de "esquerda", pelo "sim" - senhor engenheiro incluído -, e um de "direita", Ribeiro e Castro, pelo "não". Serviu isto para alguma coisa?
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
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11.2.07
CHAMEM A POLÍCIA
Já fui "denunciado" por um "democrata", ainda por cima "estrangeirado" pelo que deve conhecer melhor o país do que eu. Quando os resultados saírem e a abstenção for o que vai ser, a pergunta óbvia é: para que serviu o primeiro-ministro na campanha? O resto é folclore, como o deste rapazinho.
O MAIOR DENOMINADOR COMUM
Também reparei no mesmo que o Eduardo Pitta. Parece que a abstenção ganhará este referendo. Duas notas. Pensar, como a maioria dos movimentos, sobretudo os do "sim", que o país, na hora de votar, é o que encontramos quando jantamos em Lisboa ou no Porto, quando "saímos", quando lemos os jornais, quando escrevemos nos blogues ou quando vemos televisão, é um erro colossal que se paga caro nestas horas. Mesmo assim, sou um incondicional adepto do referendo que os representantes da nossa democracia tanto fazem por diminuir. Não percebem que são eles que saem diminuídos.
5.2.07
A APOTEOSE DA ABSTENÇÃO

Parece que a D. Fátima Campos Ferreira vai dedicar, logo à noite, mais um programa ao referendo do aborto. Das duas, uma. Ou a RTP está empenhada num determinado resultado - é questão de estar atento aos "convidados" no palco e na plateia - ou a televisão pública quer mesmo debater a sério. E a sério, não pode ser com as mesmas caras com que andamos sempre "a levar" de ambos os lados. Até parece que estão combinados uns com os outros para ver quem se sai melhor no respectivo fundamentalismo. E que o referendo é tema exclusivo de meia dúzia de "iluminados". Depois admirem-se com a abstenção.
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30.1.07
CAMPANHAS SURDAS-MUDAS
Pelo menos um grunho anónimo apelidou-me de "fascista" num comentário. Ele que combine um encontro no meio da rua comigo que eu terei o maior gosto em lhe devolver o "fascista" em conformidade. Adiante. Estes dias de "campanha" anunciam o pior. Não vai debater-se nada porque ambas as campanhas são surdas-mudas. No final do "debate" na televisão, alguém disse que está em causa, no dia 11 de Fevereiro, acrescentar ou não acrescentar uma alínea ao art. º 142.º do Código Penal. É verdade, e a isto os defensores do "não" - só o dr. Aguiar Branco escapou - não souberam responder porque não estava lá ninguém que sustentasse a actual legislação. Quem ouvisse sobretudo os e as médicas do "não", pode ter ficado com a ideia de que, se dependesse deles, nem o art.º 142.º deveria ter sido alterado em 1984. E a inteligente retórica coimbrã do prof. Vital Moreira ajudou a que pairasse no ar o demagógico registo "prisional" que faz tanto sentido como recusar as excepções que despenalizam o crime de aborto em qualquer parte do "nosso" mundo. Uma campanha surda-muda deixa as pessoas legitimamente em casa no dia do referendo. É bem feito.
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