
«Ao contrário dos relatórios de anos anteriores, o documento de 2008 [relatório de actividades]não divulga os resultados das inspecções sem pré-aviso realizadas às instalações da PSP e da GNR. Estas acções são das mais importantes da IGAI. Com elas são verificadas as condições de trabalho dos profissionais das forças de segurança, a forma como são tratados os cidadãos que a eles se dirigem. O DN contactou o inspector-geral da Administração Interna, o juiz desembargador Varges Gomes, para esclarecer estes valores e pedir um comentário aos resultados da instituição que dirige. Este, porém, não se mostrou disponível, justificando que à hora deste pedido, 17.30, por telemóvel, já tinha "terminado o dia de trabalho".» Dito de outra forma. A IGAI de Rodrigues Maximiano - criativa, sem horas de trabalho, dedicada ao serviço público de cidadania e aos direitos e deveres dos agentes - desapareceu do mapa. É hoje um ornamento na lapela do MAI que, pelos vistos, interrompe a sua missão entre as 17.30 de um dia e as 9.00 do dia seguinte. O próximo Rui Pereira deveria prestar atenção a isto. E aqueles que, no parlamento e nos partidos, andam com o credo na segurança na boca, também.