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2.1.12

ACORDO ORTOGRÁFICO?


Claro que não, salvo em documentos oficiais porque a "aparelhagem" já foi formatada. Aqui não entra. Como escreveu Sousa Tavares no Expresso (que pratica a coisa há muito tempo, mas nem ele, Mexia ou Cutileiro o fazem e não deve ser por acaso), «a história do acordo ortográfico é um exemplo brilhante de como, por passividade e deixar andar, se consuma um crime contra o património». Com a agravante que, dos oito países falantes da língua, apenas três ratificaram isto enquanto cinco continuam com o português - cito de novo MST - «que nós traímos».

28.12.11

DA VIDA DA LÍNGUA


Ontem à noite estive a ler algumas entradas do Dicionário de Camões coordenado pelo professor Aguiar e Silva. Belíssimo volume. Belíssimas entradas. O pior é o português acordográfico em que estão redigidas. Parece que "é a vida", como dizia o outro. Péssima (nova) vida.

7.12.11

A NÓDOA NO MELHOR PANO


Vasco Graça Moura sobre o Dicionário de Camões, ali anunciado à direita. «Para quem gosta de Camões, esta edição é uma festa. Mas no melhor pano cai nódoa. Numa entrevista recente, Aguiar e Silva deplorou amargamente que a editora tivesse resolvido aplicar a ignomínia do Acordo Ortográfico a esta edição, por razões comerciais de venda no mercado brasileiro. Os Fados encarregaram-se de vingar a língua portuguesa: há casos em que as monstruosidades ortográficas alternam com as formas normais (p. ex., a p. 6, "receção" e "recepção" a duas linhas de distância, havendo "recepção" também a p. 847, "facto", a p. 602, "concepção" a p. 754, embora "conceção" desfigure o título do belo artigo de Martim de Albuquerque sobre a concepção do poder político em Luís de Camões. Mas Némesis é implacável: o verbete do brasileiro Gilberto Mendonça Teles tem o título, a encabeçar a série de páginas 754-770, de "Recepção de Camões na literatura brasileira": afinal, no Brasil, o lexema "recepção" escreve-se com p. Só as luminárias... "compatas" que andam por aí à solta, desenfreadas na senda dos crimes contra a língua, é que não tiveram a "perceção" disso! Deste modo, a almejada uniformização com vista ao mercado de além Atlântico só vai servir para nos cobrir de ridículo naquelas paragens... Nem Camões, nem Aguiar e Silva, nem os seus colaboradores mereciam uma coisa dessas»

16.9.11

A FALÁCIA


Independentemente das atitudes oficiais, este blogue (o seu autor) tem uma opinião acerca do Acordo Ortográfico. Não tenciona escrever uma linha que seja ao seu abrigo (em caso de extrema necessidade, procuro quem "traduza"). E encontra num texto de Fernando Venâncio, publicado na revista Ler, basta e criteriosa informação técnica e histórica para fundamentar a sua oposição a esta falácia. Um leitor, Octávio Santos, enviou-me ontem um mail do qual extraí o seguinte: «Hoje tive a primeira reunião de turma da minha filha mais nova, e disse à professora... aquilo que ela já sabia: o que ela ensinar à Adriana pela «via acordista» eu, depois, corrijo. O que, aliás, já aconteceu hoje, primeiro dia de aulas: ela disse às crianças que agora os meses e as estações do ano se escrevem (primeira letra) em minúsculas... e eu instruí a minha garota quanto à forma correcta. Practicamente* todos os outros pais e EE's concordam comigo. Ficou a ideia de marcar uma outra reunião, com outras professoras, incluindo a responsável principal, do agrupamento em que a escola dela se insere. Mas esta é uma guerra que se afigura muito difícil...» É, de facto, difícil. Porque, como escreve Venâncio, «mesmo que agora, sensatamente, os políticos portugueses desactivem um processo ainda perfeitamente reversível, o primado da «pronúncia» (que ninguém questionou) está doravante firmado nos juízos e procedimentos da nossa grafia.» E continua. «No Brasil, uma nova geração de linguistas apresta-se a tomar as rédeas. Ela vai já quebrando tabus morfológicos e sintácticos, e quebrará os ortográficos também. As várias pronúncias "cultas" em território brasileiro não escondem um vasto âmbito de uniformidade sonora, mormente em contraste com Portugal. Um dia, essa considerável uniformidade vai, sobretudo no âmbito das consoantes, reclamar a adequação gráfica que a etimologia e a tradição lhe sonegaram, e não é a pronúncia portuguesa, mesmo culta, que irá estorvar tal anseio. os portugueses e outros "irmãos de língua" encontrarão aí um venturoso estímulo. E pronto. Lançada esta promissora semente, e devidamente agradecidos os nossos aprendizes de feiticeiro, pode o infeliz e falacioso Acordo entrar agora, tranquilo, no esquecimento.»

*no original

2.9.11

FINALMENTE


De acordo com Inês Pedrosa. «Os alunos vão aprender a nova ortografia, e o que vai acontecer é que se vai deitar livros fora e as pessoas vão deixar de saber escrever. Li o texto do acordo e posso dizer que dificulta a compreensão da língua.»

17.8.11

A "TESE" DO AMIGO DO PORTUGUÊS ACORDOGRÁFICO

«Com tanta artilharia pluriparadigmática, os "inimigos do Acordo Ortográfico" não ganharam para o susto e ainda se arrepiaram mais ao lerem que, na nona tese, o autor propõe para a CPLP "o nome mais cairológico e menos restritivo de Comunidade Lusófona", implicando assim que a referência à língua portuguesa na sigla é afinal redutora.(...) Um chorrilho de asneiras deve ser o factor de aproximação da maneira de escrever a língua portuguesa nos vários espaços em que é falada.»

Vasco Graça Moura, DN

27.7.11

LER OS OUTROS

24.7.11

MARIA LÚCIA LEPECKI (1940-2011)


A última vez que vi Maria Lúcia Lepecki foi numa apresentação do terceiro volume da biografia política de Cunhal da autoria de José Pacheco Pereira. Aconteceu em 2005, na FNAC do Colombo. Mas, muito antes disso, "conhecia" a professora brasileira de um livrinho original acerca de Eça, "Eça na ambiguidade". Era, literalmente, uma amante da nossa literatura. «Eu sempre achei que o acordo ortográfico não é preciso: um brasileiro lê perfeitamente a ortografia portuguesa e um português lê perfeitamente a ortografia brasileira.» Concordo consigo, Maria Lúcia. Até sempre.

30.11.10

PARLAMENTO LULIZADO

Jaime Gama quer levar a "lulização" da língua portuguesa ao parlamento, obrigando-o a usar o linguarejar acordográfico em 2012. Vamos ver como é que aqueles amiguinhos que se sentam no dito parlamento, alfabetizados ou não, reagem a isto. Se é que reagem.

Adenda (do Impensável): «Proponho, aproveitando este blog, que enviem um protesto a Jaime Gama. Podem fazê-lo aqui: http://www.parlamento.pt/sites/PAR/PARXLEGA/Contacto/Paginas/default.aspx Poderiam lembrá-lo de que a petição com mais de 100000 assinaturas não foi discutida em plenário, como foi recomendado pela Comissão de Ética, cultura e sociedade e que o Dr. Gama não demonstrou então qualquer pressa em promover uma real discussão sobre o "acordo:»

19.8.10

DILMA LULA DA SILVA



O Brasil prepara-se para eleger o substituto do pantomimeiro Lula, o herói das esquerdas e dos negócios mundiais, cada vez mais uma e a mesma coisa. O seu fantoche é uma mulher de nome Dilma. À semelhança de Putin, outro modelo de democrata, Lula engendrou Dilma para, como não se cansa de repetir, continuar a exercer a sua "influência", presume-se, enquanto "gestor de negócios" do PT. Lula é muito apreciado por cá tal como Chávez. O regime tem inveja de não poder ser totalmente latino-americano. Por exemplo, um tipo repelente como Ricardo Costa - da sic e do brasileiro Expresso - podia perfeitamente ser exportado para porta-voz de qualquer um daqueles dois. É um ditadorzinho enfatuado que não deixa falar ninguém, apesar de convidar toda a gente para o ouvir, e que prevê o futuro como um vulgar Karamba da Reboleira. À "lulização" da língua portuguesa seguiu-se a "lulização" geral da opinião que se publica, das grandes negociatas e das nomenclaturas. Dilma fará de notário desta porcaria toda e, um dia, virá cá recebida em ombros pelos panhonhas de serviço. Nem já a língua - que foi o que sobrou dos "perigos e guerras esforçados" - se aproveita. Vendemos tudo ao desbarato. Nem talento para putas temos.

22.7.10

SEM CARÁCTER


Houve para aí um patusco, reitor da Universidade Lusófona, que, apropriadamente, referindo-se ao pedido de adesão da Guiné Equatorial à CPLP e à alegação de que tal implicaria a "descaracterização" da dita, disse que não se pode descaracterizar uma coisa que "não tem carácter". O senhor é favorável à referida adesão porque, salienta, ditadura por ditadura, a CPLP já lá tem parecido e que enquanto o Brasil não for o "motor" da "comunidade", a "comunidade" não vai a lado algum. Precisamente o "motor", o sr. Lula, estará ausente mas pairará sobre a cimeira como entidade fantasmagórica ameaçadora da integridade da língua portuguesa a que os chefes de Estado e de governo que a falam e escrevem se preparam para dar valente catanada. Ora a "falta de carácter" da CPLP também passa por aqui e menos por pruridos com "ditaduras" quando se sabe que membros efectivos da organização não são propriamente modelos de democracia ou de preservação de elementares direitos humanos. O cinismo diplomático costuma engolir tudo e o seu contrário em nome do pragmatismo e de boas contas-correntes. Vão ver.

21.7.10

CONTRA O PORTUGUÊS ACORDOGRÁFICO


Vasco Graça Moura por vezes tem razão. É o caso. «O Instituto Internacional da Língua Portuguesa não está em funcionamento porque nenhum dos países membros da CPLP lhe dá meios para o fazer. (...) Isto corresponde a uma coisa chamada CPLP, que é uma espécie de fantasma que não serve para rigorosamente nada, que só serve para empatar e ocupar gente desocupada», constituindo o IILP «uma entidade fantasma criada dentro de outra entidade fantasma.» Mais. «Não se nota que exista qualquer espécie de política da língua da parte do Governo português e nota-se, da parte da mesma entidade, uma enorme estupidez na forma de tratar a língua, no que diz respeito ao Acordo Ortográfico. (...) Os crimes que este Governo está a cometer e está em vias de cometer em relação à língua diz respeito ao Acordo Ortográfico. Portanto, não há política de língua digna deste nome. (...) O acordo ortográfico é um atentado criminoso contra a língua portuguesa tal como se fala em Portugal, Angola, Moçambique, na Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe (...) que tenta desfigurar completamente a língua e é absolutamente irresponsável da parte de quem negociou e da parte de quem o aprovou.» Chapeau.

28.4.10

A MORTE DO FACTO

Como a adesão ao acordo ortográfico lulístico pode matar, logo na primeira frase, o resto. «Aldous Huxley dizia que "os fatos não deixam de existir só porque são ignorados."» Tal como as camisas, as gravatas ou as cuecas, já agora.

30.12.09

LÍNGUA


Nem aqui nem em nada do que terei de escrever daqui para diante sobre o que quer que seja alguma vez "aplicarei" o acordo ortográfico que impõe a "lulização" do português. Não aceito a degeneração da minha língua por causa de não sei quantos milhões que alegadamente a falam ou escrevem como analfabetos funcionais. Quando me apetecer ler algum autor brasileiro (dos "palops" não tenciono ler nenhum), leio e ponto final. Para além disso - e literalmente - burro velho não aprende línguas. Os prosélitos e os literatos do regime tratam da questão como tratam, aliás, de tudo. Como os pequeninos "kim-il-zinhos" de trazer por casa que são. É que um "intelectual" que fala em "uniformização da língua" não é um intelectual. É uma besta.

21.7.08

LÍNGUA TROPICAL


O Doutor Cavaco Silva - aproveito para o classificar assim enquanto a "língua" o permite - promulgou o "acordo ortográfico" que "abrasileira" a língua portuguesa. O presidente porventura julga-se mais "moderno" pelo facto perpetrado e também deve imaginar que é bom (para ele, naturalmente) ficar associado a tamanha "gesta". Que lhe faça bom proveito porque ao português, ao meu português, não faz nenhum.

10.6.08

LATIM OUT


Já não bastava o "acordo". Agora também o latim não tem aparentemente lugar no "progresso" visto pela nossa "esquerda moderna". Lá fora é ao contrário, mas quem são eles comparados com Valter Lemos?

3.6.08

O ECLIPSADO

Foi preciso deixar de ser ministra da Cultura para Isabel Pires de Lima, por uma vez, ter razão. «Não será o Acordo que fará o português ganhar um único leitor, um só falante ou o direito a ser língua veicular num único forum internacional», escreveu ontem no DN. O seu sucessor, o fantasticamente inócuo Pinto Ribeiro, não pensa assim. Anda com o "acordo ortográfico" ao colo em todas as visitas que faz lá fora (é só o que tem feito) e usa um argumentário confrangedor para o sustentar. Ribeiro não sabe defender a língua portuguesa. Não existe como ministro nem garante os "mínimos" como tal. Não vale politicamente nada.

17.5.08

UM ADEUS PORTUGUÊS


Nem tudo é mau com o acordo ortográfico destinado a "colonizar" a nossa língua. Por um lado, a deputação nacional mostrou, uma vez mais, a "fibra" de que é feita. Por outro, passa-se a ler mais em francês, espanhol, italiano e inglês. Não se perde grande coisa.

16.4.08

O IMPÉRIO TAGARELA

Isabel Pires de Lima passou praticamente todo o mandato de ministra da cultura na ilusão de que "vivia" no Hermitage. Pinto Ribeiro também já arranjou um Hermitage privativo com o "acordo ortográfico". O resto é com as "produções fictícias". Por isso é mais do que oportuno reproduzir o artigo de Rui Ramos no Público. Não vale a pena gastar mais português com o assunto.

«Já venho tarde, mas não queria deixar de saudar a boa nova. Não me refiro à baixa do IVA, anunciada pelo ministro das Finanças, mas à nossa "expansão", prevista pelo ministro da Cultura. É verdade: vamos expandir-nos. Está para chegar um Portugal maior. Talvez a sua população e riqueza até venham a diminuir, mas que importa? Temos uma arma secreta para conquistar o mundo: aquela que Fernando Pessoa insinuou maliciosamente ser a "pátria" dele - a língua portuguesa. É o que nos prometem os crentes do Acordo Ortográfico: um Reich na ponta da língua. Não vou discutir ortografia, mas os termos curiosos em que a temos debatido nas últimas semanas. De um lado, falaram-nos do "c" de "facto" com a intransigência possessiva que os sérvios dedicam ao Kosovo, e avaliou-se o Acordo "estrategicamente", como se estivéssemos perante uma nova partilha de África, com o Brasil no papel oitocentista da Inglaterra. Do outro lado, recomendaram-nos a nova grafia como a oportunidade de não "ficar aqui como uma espécie de dialecto" (horror), e podermos desfilar ao lado do Brasil na "afirmação de um poder à escala mundial" (segundo o nosso entusiasmado embaixador em Brasília). Acho comovedor este uso despudorado da linguagem típica do imperialismo ("expansão", "estratégia", "afirmação do poder à escala mundial", etc.) para nos referirmos à língua que partilhamos com mais umas dezenas de milhões de pessoas de outras origens e nacionalidades. Quando nos puxam pela língua, acontece-nos isto: de repente, este país pachorrento e decadente revela-se uma potência beligerante, ciosa das suas aquisições e decidida a novas conquistas. Sim, porque através da "pátria" de Pessoa, nós somos grandes. Tal como a casa da velha canção brasileira, o nosso "império" não tem soldados, nem dinheiro, mas é feito com muito esmero - da língua que outros usam na América, na África e (segundo gostamos de acreditar) na Ásia. E assim prosseguimos a nossa expansão ultramarina, por mais que ninguém dê por isso. Definitivamente, continuamos a não ser um país pequeno. No tempo do Estado Novo, isso provava-se com os mapas das colónias; agora, pacífica e correctamente instalados em democracia, evocamos a "quarta língua a nível mundial", e os seus "200 milhões" de súbditos. É compreensível. No fundo, há algo de deprimente nas nações reduzidas. George Simenon dizia que ser belga é como não ter país. E talvez por isso, muita gente está preparada para lhe atribuir a ele ou a Hergé, tal como aos suíços Rousseau e Constant, uma pátria (a França) mais consentânea com a sua grandeza individual. As elites portuguesas, que durante a Monarquia sonharam fazer aqui um país tão próspero como a Bélgica e durante a I República tão democrático como a Suíça, nunca se conformaram com o estatuto de pequeno país que era o dessas nações, apesar de liberais e ricas. E depois de perdida a soberania com que nos ampliámos em África, agarrámo-nos à língua, a ver se por aí continuávamos a fazer uma sombra grande no mundo. Não nos fica mal desejarmos ser muito mais do que aquilo que somos. O que talvez seja menos recomendável é o modo como usamos esta grandeza imaginária para nos pouparmos ao reflexo da nossa realidade. A Europa pesa cada vez menos no mundo, e Portugal pesa cada vez menos na Europa. A língua é a balança avariada com que nos atribuímos robustez. Infelizmente, tudo o que assim sobe acaba por descer: eis que a Venezuela proíbe às suas crianças os Simpson e quer (como compensação?) ensinar-lhes português - e logo o nosso Governo tem de confessar que nos falta dinheiro e pessoal para acompanhar o último capricho de Chávez. O Brasil, muito citado acerca do Acordo Ortográfico, forma outro capítulo pungente do nosso irrealismo. Nunca percebemos que a ignorância mútua, ritualmente lamentada, não está à mercê de um "acordo". Fingimos desconhecer o fenómeno do "nativismo" no Brasil, que faz com que por cada Gilberto Freyre haja dez Sérgio Buarque de Holanda, ardendo em fervor antilusitano. Imaginamos que a incapacidade dos livros portugueses para hoje chegarem onde chegou Cabral em 1500 se deve simplesmente ao "c" de "facto". Nem sequer admitimos que o Brasil, no fundo, não nos importa demasiado. Vamos lá de férias: quantos aproveitam para ir ao teatro ou às livrarias? E quantos conhecem a política ou os escritores mais recentes do Brasil? A verdade é que o Brasil ainda não é suficientemente interessante para nós, e nós já não somos suficientemente interessantes para o Brasil. O resto é conversa de um império de conversa.»

15.4.08

O REIS

Ainda bem que a maioria dos espectadores do programa da D. Fátima Campos Ferreira desconhece a criatura Carlos Reis. A criatura já passou por algumas sinecuras do regime, designadamente foi director da Biblioteca Nacional escolhido pelo PS noutra encarnação, "tema" que remeto ao Miguel para "desenvolvimentos". Reis escreveu umas tretas sobre Eça. Esquecíveis, aliás, como ele. Reis defende o "acordo ortográfico" com um argumentário chineleiro, um misto de literato provinciano com deslumbrado em sentido "técnico". Reis pretende "abrasileirar" a língua portuguesa, um direito dele. Todavia, parece-me que o termo "piroso" ainda é relativamente consensual.