
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
16.10.11
À FRANCESA

16.5.11
PORTAS LARGAS
15.5.11
PREPARAÇÃO E FARSA
17.2.11
NÃO TÊM VERGONHA?
Duas notas no facebook:
«Se alguém estiver a ver a quadratura do círculo a partir de Marte e escutar o edil Costa, imaginará seguramente um grande doutrinador político-económico quando, afinal, não passa de um pequeno powerpoint ambulante sedeado algures entre o Rato e o Intendente.»
«"Estilo sóbrio do ministro Rui Pereira", "resiliência" do dito e mais tolices deste jaez diz Costa, comentador e edil, na sicn. Em breve inaugurará uma estátua ao dito Pereira algures entre o Rato e o Intendente. E é nisto que alguns pensam para suceder a Sócrates.»
1.2.11
O CIDADÃO ANÍBAL ANTÓNIO CAVACO SILVA

27.1.11
OS MORTOS SÃO A ARMA DO VOTO

25.1.11
POBRES ESQUIZOFRÉNICOS
SOARES, O MAGNÂNIMO

24.1.11
O "FENÓMENO DO ENTRONCAMENTO"

CAVACO E OS FARISEUS
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR
23.1.11
OS QUE NÃO CRESCEM
NOITE DOS POLTRÕES
O C.U. DE ANTÓNIO COSTA
Adenda: Miserável é o mínimo com que se pode classificar a prestação de Nuno Godinho de Matos, da CNE. Tudo digno de um país latino-americano ou de uma ditadura africana mais primitiva e rasca. Um país onde o 1º ministro, porém, vai votar de carro eléctrico.
ISTO AQUI
22.1.11
VOTAR CONTRA OS NOVOS ANESTESISTAS
OS ESTADOS DE ALMA E A REALIDADE
«Enquanto as sondagens variam entre os mais improváveis resultados, multiplicam-se as almas que apelam à abstenção nas eleições presidenciais. Porque os candidatos não prestam; porque a campanha foi pobre, caricata e falha de ideias; porque o papel do Presidente é irrelevante; porque o regime tem os dias contados – embora se possa dizer que há anos que nos anunciam que o regime tem os dias contados; porque, enfim, qualquer pretexto serve para se exibir uma hipotética superioridade intelectual. Dando de barato que o dia-a-dia desta campanha não foi propriamente dos mais recomendáveis e que ouvir candidatos a sugerir que podem levar um tiro na cabeça ou que a democracia – essa frágil violeta adquirida à custa de muitos sacrifícios e lágrimas – está em perigo, a um passo de ser "mutilada" pela tenebrosa direita, não convida a grandes entusiasmos, convém perceber que, tendo em conta os anos que nos esperam, o próximo Presidente da República não será propriamente "o verbo de encher" em que o querem transformar. Não só as circunstâncias exigem um mandato mais activo, como as dificuldades com que se depara o país fazem com que Belém se transforme num centro decisivo de influência e poder. Sem ir ao ponto de antever um "novo ciclo" – uma antecipação recorrente que dá invariavelmente em nada – limito-me a registar um pequeno pormenor que, para uns tantos, parece ser irrelevante: em plena crise económica, financeira, social e política não é indiferente ter X ou Y na Presidência da República. Aparentemente, esta singular evidência não tem sido fácil de engolir. Principalmente, pela direita, como não podia deixar de ser. Mais do que ser detestado pela esquerda, Y é tolerado pela direita. Uma direita que sempre o viu como um intruso, que não lhe perdoa as origens, que se envergonha do seu "provincianismo" e da sua proverbial "falta de cultura". A direita ou, para ser mais precisa, uma certa direita, que na sua insignificância tem como grande ambição ser reconhecida pela esquerda, faz questão de manter as distâncias em relação a um candidato que, mesmo sem o seu voto, foi o único que lhe deu duas maiorias absolutas e a Presidência da República. Três vitórias que esta gente, coitada, nunca conseguiu compreender.»
REFLEXÕES
«O chamado "dia de reflexão" antes da realização de qualquer acto eleitoral não pode ser entendido como um convite a uma espécie de luto espiritual, qual sexta-feira santa em termos cívicos. É impossível evacuar por decreto toda a carga da agenda política em vigor. Vamos então aproveitar este sábado para reflectir sobre algumas características das campanhas presidenciais. Em primeiro lugar, são campanhas essencialmente personalizadas, sem programa, assentes no carácter e demais qualidades do pretendente a titular de um órgão de soberania uni-pessoal, eleito por voto livre, universal e directo dos cidadãos desde há 35 anos. A estabilidade deste órgão de soberania atesta a bondade do processo: todos os presidentes assim eleitos cumpriram os seus mandatos, contrariamente aos presidentes da República eleitos pelo Congresso. Basta recordar que só António José de Almeida o completou para se perceber o mérito da eleição directa do PR. Não é só uma questão de competências, é também uma questão de independência do jogo parlamentar. Em segundo lugar, as eleições presidenciais são tratadas com filtros diversos pelos partidos. Já serviram por vezes para uma espécie de "Adeus português" aos candidatos. Se por um lado estas eleições servem aos candidatos para se emanciparem dos seus partidos de origem, por outro também permitem aos partidos desembaraçarem-se de certos líderes e reorganizarem-se à volta de outras hierarquias e de outros grupos de interesse. Em terceiro lugar, com a excepção da eleição de 1976, as campanhas presidenciais desenrolam-se em pleno Inverno, o que não deixa de ter as suas consequências, nomeadamente na mobilização que provocam, e no possível estímulo climático à abstenção. Acresce que a própria quadra natalícia interrompe o ritmo político da campanha, introduz as institucionais mensagens de Natal e de Ano Novo, que podem confundir os planos e os discursos. Mais, vistas as imagens do estrangeiro, hão-de pensar que Portugal é um país de sobretudos e cachecóis… Ora este mau calendário das presidenciais deveria ser corrigido pelo próximo PR, já que é este que marca o dia das eleições para o cargo. Porque não experimentar um período mais primaveril? Por exemplo, o feriado do 25 de Abril. Seria uma maneira de assegurar maior aquecimento nas campanhas, além de mudar a forma de comemoração da data de cinco em cinco anos.»