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28.3.09

FARÁ PARTE DA CAMPANHA NEGRA?



Adendas:

«Não é o facto de a vaia ter existido que me impressiona. O que acho especial é o facto de a ópera ter sido atrasada meia hora não por questões técnicas, não porque um dos artistas se sentisse indisposto, mas sim porque o casal real estava atrasado.» (João Sousa)

«Não estou a ver isto acontecer na Reikjavik ou na Oslo que tanto inspira ( ambiente/tecnologia/ direitos dos gays/lésbicas/transexuais/cyborgs) as partículas que nos governam.» (Filipe Nunes Vicente)

22.6.08

MALEDICÊNCIA


Sócrates fala em maledicência a propósito de oposição. Na voz deste insigne dirigente do absolutismo democrático em vigor, deixar as SCUT para depois das eleições, é maledicência. Não ter dinheiro para a intendência das universidades e para a investigação científica, é maledicência. Não ter mais postos de trabalho (eram 150 mil...) mas mais desemprego, é maledicência. Não ter economia, mas fantasia e especulação, é maledicência. Não exercer a autoridade do Estado oportunamente mas apenas por oportunismo, é maledicência. Em suma, Sócrates redescobriu no registo dengoso de Guterres, o bonzinho, a justificação para tudo o que o espera daqui para diante. Numa coisa tem razão. A melhor oposição é a realidade, algo a que ele é indemne porque só está atento à semântica. E isto sou só eu a falar. Como irreprimível maledicente.

13.12.07

OS PARTIDOS DO ESTADO


O José Adelino Maltez é das poucas pessoas com quem ainda aprendo alguma coisa. Por isso, chegar a casa e vê-lo comentar, na SIC Notícias, o provável encerramento de pequenos partidos à conta da lei aprovada pelos grandes há três anos, foi uma lição. Como ele bem recordou, muita da gente que nos pastoreia não teria sido nada na vida se não tem passado pela ecologia do "radicalismo pequeno-burguês" - de esquerda ou de direita, passe o recurso ao título de Álvaro Cunhal -, na maioria dos casos, ou pela "dissidência" em relação aos quatro maiores. Nenhum grupúsculo ou partideco fez realmente mal a estes trinta e tal anos de democracia. Pelo contrário, os partidos do Estado - e estou à vontade porque pertenci a um deles durante vinte e um anos - induziram na sociedade e na vida política tantos vícios e tanta cupidez que o cidadão cada vez mais desconfia de uma democracia que se confunde com eles. O fenómeno Alegre nas presidenciais, a derrota do PS numas autárquicas escassos meses após uma maioria absoluta, a eleição do edil de Lisboa por apenas cinquenta e tal mil votos, o progresso da abstenção em todas as consultas populares, nada disto obriga os partidos do Estado a usar a cabeça, se é que a têm. Defendem-se com legislação "caseira" que serve de muro ao que se passa lá fora e que, excluídos os "partidinhos-satélites" estilo "verdes", "PPM's" e outros que tais, expulsa do folclore democrático (uso benevolentemente o termo) outros com idêntico direito à "animação partidária". Ninguém se iluda. Os partidos do Estado - incluo na designação o PC e o CDS - estão destinados a reproduzir humanóides sob a forma de políticos, "replicantes" em linguagem "Blade Runner". Basta olhar para as bancadas parlamentares para se perceber como se degradou, em todos os sentidos, a composição institucional mais representativa. Os partidos do Estado precisam urgentemente de uma "cimeira de Bali" ou de um "protocolo de Quioto".

22.5.07

O VEREADOR COSTA


Jorge Sampaio "quebrou" o silêncio - sim, ele é uma eminência internacional que acedeu a descer por breves instantes à Baixa lisboeta - para pedir uma maioria absoluta camarária para o camarada Costa. Sampaio raramente acerta. Desta vez não foi excepção. Se existe alguém a quem adequadamente os lisboetas não devem conceder tamanho privilégio, esse alguém é António Costa. Acaba de sair de um governo de absolutismo democrático dividido a meias com Sócrates e, francamente, a experiência foi péssima. Quase deixou irreconhecível o ex-garboso e tolerante Costa dos anos 80. Por exemplo, a sra. D. Margarida, a censora-ouvinte de bufaria, está directora-regional da Educação no Norte porque foi nomeada pelo governo de que Costa era o "nº2". E Mário Lino, o da Ota, era seu colega. Quem garante que, na "turma autárquica" que Costa vai arranjar, não aparecem "margaridinhas" e bufos reinadios? É para este peditório absoluto que Sampaio quer que os lisboetas contribuam?