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12.8.10

ENCARAR A MORTE DE FRENTE COM UM CASAQUINHO PELAS COSTAS



Que espantosa maneira de acabar com isto encarando, contrariamente à lenda, a morte de frente! E com um simples casaquinho pelas costas antes da imolação pelo fogo. Talvez seja a melhor gravação "audio" do Crepúsculo, juram alguns entendidos. O final - literalmente- por Birgit Nilsson acompanhada pela Filarmónica de Viena dirigida por Georg Solti. É tudo, de facto, gente morta.

6.8.08

EM VIAS DE EXTINÇÃO ?


Alguns "primatas" dão-se ao trabalho de vir aqui deixar os tradicionais insultos. Anónimos, naturalmente, porque, apesar de primatas, não estão à altura dos originais. Falta-lhes os tomates. Pena que não estejam em vias de extinção. Pelo contrário, reproduzem-se como autênticas ratazanas de esgoto que são. É gente que, como diria Sloterdijk, falhou duplamente porque «fracassou no seu ser-animal e no seu manter-se animal.»

4.6.08

"MODESTOS E MANSOS"

«Redondos, justos e bondosos são uns com os outros, assim como são redondos, justos e bondosos os grãozinhos de areia entre si. Abraçar modestamente uma pequena felicidade - a isto chama eles "resignação"!... No fundo, o que mais querem é simplesmente uma coisa: que ninguém lhes cause dano... Virtude é para eles o que os faz modestos e mansos: com isso converteram o lobo em cão, e o homem no melhor animal doméstico do homem.»

Nietzsche, Assim Falava Zaratustra, citado por Sloterdijk

3.6.08

"A VOCIFERANTE MATILHA DO ESPECTÁCULO"


Um livro que é uma conferência, uma conferência que fez os bonzos (e não só: Habermas, por exemplo) rosnar de "indignação". Regras para o Parque Humano, de Peter Sloterdijk (Angelus Novus). Altamente recomendável em tempos de "Euro-circo". «O humanista devia cortar com o hábito da própria bestialidade potencial e distanciar-se da escalada desumanizadora da vociferante matilha do espectáculo.»

30.3.08

DIZER O QUE É O MUNDO

«São, sobretudo, aqueles que o mundo perdeu que se dispõem a dizer definitivamente o que é o mundo no seu todo. Para poder determinar o mundo nos seus rasgos básicos, há que possuir já a experiência da sua negação - quiçá fosse melhor falar da sua perda ou distância.»

Peter Sloterdijk

10.3.08

TUDO CERTO


Fora o Tomás Vasques, ainda não dei pela alegria da brigada "zapateira" nacional depois de mais uma gloriosa vitória da "esquerda moderna". De facto, não há nada para celebrar. A Espanha ainda é um país que a Europa escuta, não por causa do irrelevante Zapatero, mas apesar dele. Por si, o homem não vale politicamente um chavo, como é, aliás, timbre do resto da nomenclatura dos vinte e oito. Esse é o segredo da longevidade actual no poder e na oposição: não voar, fazer de morto-vivo ou de palhaço com um microfone na mão, consoante os gostos. Como escreve Sloterdijk, Deus transformou-se em homem e o homem converteu-se num imbecil. Bate tudo certo.

8.3.08

WELTFREMDHEIT


Que apropriado e belo é o título da última tradução de Peter Sloterdijk na Relógio D'Água, "o estranhamento do mundo": "Weltfremdheit", no original de 1993.

1.9.07

«NO FIM, FICAREI SÓ»


Num dos livros que ando a ler devagar, já citado, encontro esta referência a propósito de Michaux, um trágico sobrevivente, nas palavras de Sloterdijk: "o descobrimento traumático de que o Outro íntimo se tornou inalcançável, e que, por conseguinte, uma pessoa tem de enquistar-se em si mesma e endurecer-se. De modo geral, resulta inclusive válida a sabedoria de que só poderá converter-se num indivíduo independente aquele que sabe de uma vez por todas ou que quer saber o seguinte: «No fim, ficarei só».

30.8.07

EMBOTAMENTO



«Não podemos deixar de considerar a nossa actualidade, de um ponto de vista subjectivo, como uma situação única de embotamento: a vulgaridade no campo social, a neo-escolástica na teoria, o embrutecimento nos media, o ressentimento entre os mais velhos, a ambição agressiva e por vezes maldosa dos mais jovens... em suma, uma época carente de espírito. Entre os raros que ainda velam o fogo, a maioria isola-se nos seus túneis. Provavelmente, o menos que podemos dizer desta situação é, sem dúvida, que não se trata de uma época favorável às grandes sínteses.»

Peter Sloterdijck, O Sol e a Morte, Relógio D'Água, 2007

9.5.07

AS CELAS PORTÁTEIS

Não sou de heróis, salvo na ópera ou nos livros. Já mencionei Eanes como um grande português contemporâneo neste país de bananas. Outro - que não conheço - parece-me ser o Sargento Gomes, um militar de corpo inteiro como já não se fabrica. Depois de cinco horas de hemodiálise, ouvi-o dizer que a sua prioridade era "apresentar-se" amanhã ao seu comandante e, depois, cuidar da sua filha. O Tribunal da Relação de Coimbra libertou-o da imbecil detenção. Ao fazê-lo, o Tribunal "libertou" por momentos a justiça portuguesa das suas "celas portáteis".

8.5.07

A "RACAILLE" DE CÁ

Corre em alguns blogues e em alguma "imprensa" grave indignação pela eleição de Sarkozy. Não sei quantos milhões de franceses, numa votação amplamente participada, não respeitaram a "racaille" - o nome adequado dos pequenos bandidos que destroem bens públicos e privados e que o "correcto" acarinha em nome da sempre porreiraça "revolta" - e não faltam por aí democratas que parecem preferir a "racaille" ao voto. Depois de terem experimentado tudo, por que é que esses democratas não experimentam "desidiotizar" o respectivo Eu?

6.5.07

DOIS LIVROS


De Peter Sloterdijk, O Sol e a Morte, diálogos com Hans-Jürgen Heinrichs (Relógio d'Água) e Ensaio sobre a intoxicação voluntária, um diálogo com Carlos Oliveira (Fenda)

3.5.07

PETER SLOTERDIJK


Peter Sloterdijk vem ao Porto, à Fundação Serralves, falar de "A técnica na sua relação com o humano". "Com o estabelecimento mediático da cultura de massas no Primeiro Mundo em 1918 (radiodifusão) e depois de 1945 (televisão) e mais ainda pela actual revolução da Internet, a coexistência humana nas sociedades actuais foi retomada a partir de novas bases. Essas bases, como se pode mostrar sem esforço, são decididamente pós-literárias, pós-epistolares e, consequentemente, pós-humanistas. Quem considera demasiado dramático o prefixo "pós-" nas formulações acima poderia substituí-lo pelo advérbio "marginalmente" — de forma que nossa tese diz: é apenas marginalmente que os meios literários, epistolares e humanistas servem às grandes sociedades modernas para a produção de suas sínteses políticas e culturais." Às 21.30.