Desgraçadamente os advogados reelegeram Marinho e Pinto seu bastonário. Da primeira vez, saudei a escolha porque julguei que o dito cujo, atípico e alheio a interesses e a negociatas, pouco dado a amabilidades, poderia alterar qualquer coisa na altiva corporação. Sucede que Marinho e Pinto se revelou um galhofeiro e inconsequente compagnon de route do 1º ministro (e da Fatinha Campos Ferreira no seu habitual espectáculo televisivo das segundas-feiras) que trocou o velho espaço de Coimbra - onde o Expresso o albergou como jornalista "correspondente" da província - pelas simpáticas instalações da Ordem ao lado do Palácio da Independência em Lisboa. Podia perfeitamente ir para o governo substituir o sr. Correia (outra vetusta luminária da Ordem) na Justiça.
«Somos poucos mas vale a pena construir cidades e morrer de pé.» Ruy Cinatti joaogoncalv@gmail.com
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27.11.10
3.4.08
RES, NON VERBA
O dr. Marinho Pinto, cuja eleição para bastonário da Ordem dos Advogados apreciei, veio criticar a decisão do Conselho Superior da Magistratura que veda aos juízes pronunciarem-se publicamente sobre processos, mormente de outros. Falou em "lei da rolha". Não tem razão. A justiça não deve ser secreta mas só será eficaz se for discreta. Não se exibem e discutem processos como se vendem tapetes nas feiras. Não é por se lhe exigir discrição que a justiça é menos "democrática". Pelo contrário. É justamente uma garantia da democracia que a justiça seja oportuna na decisão e resguardada do espalhafato mediático. A incontinência verbal e a vaidade de alguns magistrados não se podem sobrepor ao interesse abstracto da justiça. O mesmo se diga do bastonário. Res, non verba.
5.2.08
GRANDEZA E MESQUINHEZ
O dr. José Miguel Júdice, a mais recente aquisição moralista do PS, apelidou Marinho Pinto de populista e comparou-o a Chávez e a Mussolini. Mais. Acusou-o de querer ser um candidato de esquerda, a Belém, contra Cavaco. A cabeça de Júdice de há muito que já não é o que era, apesar de, como a de todos os narcisistas, continuar a estar demasiado apaixonada por si mesma. Júdice imputa a Marinho o que porventura lhe vai na alma. Júdice gostaria de ser candidato presidencial do PS, agora ou depois. Um homem com esta ambição não precisava passar pelo vexame de ser sócio de um restaurante de luxo que só paga quinhentos euros de renda e que chega a vender vinhos a mais de dois mil. A "grandeza" supostamente não devia ser mesquinha.
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28.1.08
AUTO-RETRATO
«Eu conheço-o, tive de o afastar de responsabilidades, porque é uma pessoa que não respeita os compromissos e que só pretende estar na ribalta. Acho que as luzes, o calor dos holofotes o perturbam», eis o brilhante comentário do dr. José Miguel Júdice sobre Marinho Pinto. Serve como auto-retrato.
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26.1.08
DIGA LÁ OS NOMES
Como bem se recorda no Blasfémias, há no regime pessoas que podem livremente "atirar o barro à parede", com acusações genéricas e abstractas, e ninguém lhes pede "nomes" ou responsabilidades. De Marinho Pinto, e em menos de 24 horas, já exigem nomes, moradas, números de telemóvel, a sua presença no Parlamento e a resposta em inquérito. Em que é o Marinho é menos do que os outros?
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O NOME DA COISA - 2

O PS costumava ter um excelente "cabeça de lista" pelos Açores. Agora tem um senhor embotado e inócuo, de apelido Trindade, se não erro, que é vice-presidente da respectiva bancada. Ele e mais uns quantos "colegas" reagiram às declarações de Marinho Pinto com ampla indignação. Eu recomendava a estas "virgens" (para recorrer a um termo do próprio Marinho Pinto) a leitura de alguns livros de história de Portugal nos dois séculos pretéritos e uma ou outra conferência ou artigo de jornal do jovem lente de Coimbra, Oliveira Salazar, coisas escritas entre 1908 e 1928, editados por Manuel Braga da Cruz na Bertrand. E, depois, se conseguirem perceber o que lá vem, fechem os olhos e imaginem que aquilo tudo foi escrito ontem. Não encontram grandes diferenças.
25.1.08
O NOME DA COISA
Segundo o novo bastonário da Ordem dos Advogados, «o fenómeno da corrupção é um dos cancros que mais ameaça a saúde do Estado de Direito em Portugal» porque «há aí uma criminalidade em Portugal muito importante, da mais nociva criminalidade para o Estado, para a sociedade» onde «alguns deles andam aí a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade.» Mais. «Alguns, inclusive, ocupam cargos relevantes no Estado português», afirmou Marinho Pinto. De Espanha, Pinto Monteiro mandou abrir o habitual inquérito. E há partidos que reclamam a presença do homem para explicações no Parlamento. No seu tom peculiar, Marinho limitou-se a apontar o dedo à plutocracia em vigor - ao regime - mais conhecida pelo abastardado nome de democracia. Compete-lhe agora o ónus da prova e ao regime defender-se. Vai ser um fartote de rir.
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