Mostrar mensagens com a etiqueta António Lobo Antunes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta António Lobo Antunes. Mostrar todas as mensagens

25.8.10

A EFÍGIE

O que a Carla quer dizer é que quem se arrepende é fraco duas vezes. Isto é do Nietzsche e resume bem Lobo Antunes e os pobres prosélitos que o imaginam a literatura portuguesa.

23.8.10

UM PORTUGUÊS FAMOSO

22.8.10

QUEM TEM CU DE JUDAS TEM MEDO


A única coisa interessante lida no semanário brasileiro Expresso - que decadência! - vinha na última página do 1º caderno. Alguns militares, entre os quais o antigo CEMA Morais e Silva, pretendem sovar o melancólico escritor Lobo Antunes. O termo correcto é "ir-lhe ao focinho". Parece que o nosso frustrado Nobel (e quase só compreendido lá fora apesar das "edições" e "edições" portuguesas dos seus livros) Lobo Antunes, numa entrevista em forma de livro, assestou baterias contra a guerra colonial e a tropa em geral. Deixei de ler o homem há muitos anos mas, se bem me lembro, muitos dos "romances" iniciais eram como que ditados num divã por um "stressado" da guerra. E foi esse "trauma" que lhe trouxe fama literária e, agora, eventualmente um enxerto de porrada. Lobo Antunes pelos vistos não sabe estar à altura de ex-combatente que foi, nem que tivesse sido só num escritório. E tanto assim é que ontem, invocando questões de "segurança", não apareceu num evento qualquer em Tomar porventura com medo que os outros cumprissem a ameaça. Julgo que os militares em causa deviam satisfazer-se com esta demonstração pública de coragem física e moral. Mais do que a entrevista em forma de livro, talvez seja este o verdadeiro Lobo Antunes.

4.10.09

A ESTÁTUA JACENTE OU O EMPADÃO REEDITADO


Com esta, é segunda vez que Pedro Mexia aparece neste blogue. A "estreia" deu-se aquando da apresentação que ele fez de um livro do Paulo Rangel. Agora é porque Pedro Mexia "desafia" essa estátua jacente da literatura portuguesa contemporânea que é António Lobo Antunes - quando (como recorda) escreve sobre a dita literatura há dez anos. Das últimas vezes que tentei lê-lo, fiquei a meio ou a menos de meio. Lobo Antunes há muito que deixou os livros para se dedicar à culinária. Ao pastelão, para ser preciso. Do L. Antunes de outros tempos resta apenas o cheiro do pastelão e edições inflaccionadas sobre edições inflaccionadas. É como uma cantora de ópera retirada que só concede recitais de meia-hora em cidades do interior. Vergílio Ferreira, por exemplo, quando morreu ainda cantava ópera completa. Chapeau, Mexia.

14.3.09

"NÃO ENTRES TÃO DEPRESSA NESSA NOITE ESCURA"


É pena que os jornais, como a literatura, sejam uma estrebaria de porta aberta: devia ser reservada aos profissionais sérios, como os nomes de que há pouco falei, e que decerto existem.” - escreveu Lobo Antunes no editorial com que o PÚBLICO assinalou o seu 19º aniversário. Gostaria de perceber como seria controlado esse direito de admissão: por um grupo de amigos? Uma comissão de avaliadores de textos? Uma entidade reguladora com poderes de saneamento? Infelizmente o jornal não perguntou a Lobo Antunes, seu director em dia de aniversário, como faria essa triagem, logo a mim só me ocorre a forma habitual. Ou seja, o visto prévio que, como todos os vistos prévios em todos os lugares e regimes do mundo que o tiveram ou têm, nasceria e sobreviveria em nome da qualidade e da decência. E da luta contra a estrebaria. Não conheço ideia ou fé mais perigosa e falsa do que aquela que afiança que se os governos incluíssem mais artistas seriam mais tolerantes. Escritores de língua portuguesa como os angolanos Agostinho Neto, Rui Monteiro e Pepetela provam-no numa sangrenta evidência. Outra das boas certezas sobre a gente da cultura, que a prática infelizmente não demonstra, prende-se com a ideia de que um executivo que integre artistas ou criadores - como agora soe dizer-se - não só legislaria com mais acerto como apoiaria muito mais a cultura. Esquece quem assim pensa que não é necessário ser culto para ser artista. Infelizmente muitos daqueles que se identificam como tal apenas se interessam pela sua obra, fazendo gala do seu desinteresse pelo saber e sobretudo por aquilo que os outros criam, fazem e produzem. Por fim e baixando destas alturas executivas às questões do dia a dia, defrontamo-nos com declarações como as de Lobo Antunes que para bem de todos nós nunca teve poderes executivos para impedir que a literatura e o jornalismo sejam uma estrebaria de porta aberta. Em matéria de informação e criação antes estrebaria de porta aberta que salão de porta fechada.»

Helena Matos, Blasfémias

16.2.09

ANTUNES EXIT

Mas nem tudo é mau. Lobo Antunes revelou ao país que vai deixar de escrever livros daqui a dois anos. Ninguém lhe terá explicado que há já muitos anos que ele deixou de escrever? Livros, pelo menos?

6.7.08

LOBO ANTUNES NA JUSTA PRATELEIRA

«Evito olhar, sob pena de comoção, os romances de António Lobo Antunes. Porquê? Não por causa dos ditos, que aliás li pouco e parcialmente, sem proveito nem rancor. Mas porque Lobo Antunes é o caso de maior desproporção entre a conta em que um escritor se leva e a relativa indiferença das massas. Ano após ano, o homem lança um livro e concede inúmeras entrevistas a afirmar a "evidência" (sic) da sua superioridade: ninguém pode permanecer alheio ao talento com que ele reinventou a narrativa; ninguém lhe chega aos calcanhares; ninguém escreve como ele. Tirando os devotos que qualquer um possui, ano após ano ninguém o ouve, e num ápice as suas inestimáveis obras jazem no indistinto silêncio da estante comum. Imagino que Lobo Antunes sofra. Certo é que não se resigna, e, a troco da sua vital continuidade, já acordou com os novos donos da D. Quixote a remoção do "lixo literário" da editora. Infelizmente, será mais complicado remover o lixo das Fnac e similares, de modo a que estas deixem brilhar o que realmente importa: os "clássicos" da Antiguidade, dois ou três russos, talvez um americano e, em natural destaque, Lobo Antunes. A solução coerente passa por Lobo Antunes retirar as suas obras-primas desses espaços promíscuos. Fora das livrarias e das péssimas companhias, ele sofreria menos. Dentro das livrarias e poupado à lembrança do génio angustiado, eu também.»

Alberto Gonçalves, in Diário de Notícias

29.12.07

NÃO É FÁCIL DIZER BEM

«Para qualquer contrato há uma forma de o rescindir e, se não me forem dadas essas garantias, vou-me embora. Se não puder ir embora, farei a coisa mais horrível para mim, que é deixar de publicar em Portugal», disse o dr. António Lobo Antunes ao Diário de Notícias. Lobo Antunes é um dos maiores mitos editoriais do país. Conseguia ter resmas de livros de sucessivas edições em armazém e, cá fora, a edição seguinte como se as anteriores estivessem esgotadas. Com a chegada de Paes do Amaral à Dom Quixote, Lobo Antunes "ameaça" deixar-nos bem como às suas improdutivas edições. Faça favor.

15.3.07

UM CAMÕES

O Prémio Camões deste ano foi ter às mãos do hiper-angustiado António Lobo Antunes. Por altura do "Auto dos Danados", parei. Os calhamaços do premiado deixaram de me interessar e, tanto quanto julgo saber, interessam pouquíssimo ao "leitor" médio português. A D. Quixote, porém, acumulava em armazém edições sobre edições dos calhamaços invendíveis do laureado. Nelson de Matos sabe do que é que estou a falar. O "inner circle" deleitou-se com a "atribuição". Lobo Antunes de há muito que espera sentado pelo seu Nobel. Enquanto este vai e vem, a nomenclatura "cultural" doméstica vai dando o que pode e o que tem. Sempre aos mesmos, dos mesmos e para os mesmos.