
Por cada novo "investimento" que promete ou celebra, Sócrates fala numa "nova era". Teoricamente, ele e o imaginativo Manuel Pinho andam, há quase quatro anos, a inaugurar "novas eras" dia sim, dia não. Pinho, o proto-ministro da cultura, até fala em "direcção comercial de luxo" para se referir ao governo e à sua extraordinária "vocação negocial" com gente tão improvável quanto imprevisível. Em breve, no ano que se segue, haverá ocasião para avaliar as "novas eras", em tese abertas por Sócrates e pelos seus ajudantes "de luxo". Numa delas, lembram-se decerto, garantia-se cento e cinquenta mil novos empregos numa legislatura. O camarada de Sócrates que preside à Câmara de Évora estava muito contente porque a "nova era" que abriram ontem por perto representará mais não sei quantos postos de trabalho e menos desertificação alentejana. A ver vamos. Era bom que os nossos jornalistas, sempre tão atentos, venerandos e obrigados ao poder socialista, começassem a preparar dossiês, preferencialmente isentos, sobre o que deram as "novas eras" sugeridas por Sócrates em quatro anos. Onde estão, o estado em que encontram e os benefícios que trouxeram. Nicolau Santos, por exemplo, podia "coordenar" esse trabalho já que é tão levianamente impressionável por "anúncios". Aguarda-se o balanço.