O actual presidente do BPP, Adão da Fonseca, escolhido pelo Banco do dr. Constâncio depois do desastre Rendeiro, queria (muito legitimamente) ir embora. Adão da Fonseca - e eu meço bem as palavras - é um homem sério. Se, no comunicado que enviou aos trabalhadores do banco, fala em insolvência do FEI (leia-se, falência do banco) e em "guerra civil" no sistema financeiro, é porque sabe do que é que está a falar. O governo e o dr. Constâncio - que "combinaram" com os grandes accionistas do banco, gente do regime, "aguentar" a coisa - sacudiram a água do capote. A dois meses de eleições, a última coisa que interessa trazer à colação é o BPP. O BPN, esse, está sempre presente através de "ex-ministros de Cavaco". Um, ignora-se depois das melhores atenções. O outro, nacionaliza-se. Nada acontece (ou não acontece) por acaso. Esta gente, para além de manhosa, é mesmo perigosa.
Foto: O banco da mais famosa passagem do tempo por ele.
Foto: O banco da mais famosa passagem do tempo por ele.