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2.3.11

UM LIVRO DE POESIA

1.1.10

VADE MECUM

Aparentemente o blogue Da Literatura completa cinco anos. Apesar de lá ter escrito outra pessoa, o blogue é Eduardo Pitta. Pitta era até ao ano passado um blogger estimulante. Decidiu, porém, tornar-se num vade mecum do pior "socretinismo" apenas ultrapassável por dois ou três sacos de lixo colectivo, assinados ou anónimos. Ficou, por isso, refém duma inexplicável língua de pau acrítica que não abona o crítico em outras matérias que o Eduardo supostamente é. Mesmo assim, parabéns à prima.

Adenda (da noite): Filipe Nunes Vicente - um blogger decente -, não sei porque carga de água, adora fazer links para um desses sacos de lixo que é, pelos vistos, "muito lá de casa" do Eduardo. O exemplo que escolheu é concludente. Deve desculpar-se a autora daquele dejecto porque alegadamente é "artista"? Ou não se deve desculpar porque é fundamentalmente parva?

9.8.09

SHALLOW


A presença do meu amigo Eduardo Pitta num blogue apelidado de Simplex como que lhe simplificou as ideias. Abriu-lhe um buraco daqueles que os estalinistas usam no lugar onde costuma estar a cabeça. E isso, infelizmente, limita-o. Torna-o estupidamente superficial sem o tornar estalinista. Em inglês soa melhor. Shallow.

17.7.08

"O VARIADO GRAU ESTRUTURANTE"


A semiótica do regime ou o variado grau estruturante. Por que é que o Eduardo não reescreve, em português "socrático", as "Mitologias" do Barthes? Vejo que o sol latino-americano lhe fez mal à cabeça embora ela já fosse daqui devidamente "amanhada".

23.5.07

O ROMANCE ANTI-LAURENTINO - 2

À consideração do Eduardo Pitta. Com a minha concordância genérica. A literatura é boa ou é má independentemente de ter dois ou três olhos.

18.5.07

O ROMANCE ANTI-LAURENTINO



Li, não necessariamente por esta ordem e quando devia ler, Maurice, Confissões de uma Máscara e as memórias de Beckford em Portugal. Maurice deu um filme, uns anos depois, uma daquelas estopadas do sr. Ivory com um Hugh Grant já a despontar para o cabotinismo habitual. Portugal, que não tem tradição de coisa alguma, também não tem "tradição" neste género de literatura, se é que é forçoso falar de genéro quando se escreve sobre relações entre pessoas do mesmo sexo. E. M. Forster só largou o seu Maurice às feras depois de morto. Mishima foi o que se sabe e sabe-se como tratou da sua cabeça, ele, o mais ocidental dos escritores japoneses. Beckford era um curioso e, como curioso, achou curiosa, sem a poupar, a sociedade portuguesa daquele século. Por cá, poucas linhas se recomendam. Guilherme de Melo, no princípio dos anos oitenta - também a partir das suas memórias moçambicanas - escreveu A Sombra dos Dias no qual, em centenas de páginas, nunca ousou nomear "a coisa". Tudo se diluia em miosótis e em pétalas, designações manifestamente infelizes para qualquer parte do corpo humano. Há uns anos chegou Frederico Lourenço e a sua muito celebrada escrita-maricas, cheia de seguidores. Também não nomeia coisa alguma. Envolve-se em erudição clássica e numas vaguíssimas memórias de colégios ingleses em que o tocar é sempre debroado como no crochet. Safa-se a poesia contemporânea, pouquíssima, silenciosa. Cidade Proibida, de Eduardo Pitta, vem, depois do livro de contos Persona, agora reeditado, dar um nome às coisas. Sem violência verbal inusitada, sem maneirismos amaricados, sem escândalo - sim, não esperem que do livro escorra o que quer que seja apesar do autor não designar por pénis um órgão em função -, Pitta, naquele que é o seu primeiro romance, não nos captura por causa de uma trama. A "história", aliás, é relativamente simples para tantas "referências". Perdemo-nos por entre famílias e cidades, nossas e ultramarinas. Por entre as pequenas biografias de personagens fugazes. São escassas as páginas para tantas "histórias" pessoais que ficam pelo caminho. Quase a terminar, a mais densa, se quisermos, é a de uma professora universitária de 55 anos, cujo passado não a recomenda para a "felicidade", e que é corrida da academia sul-africana por causa do envolvimento com um aluno de 20, um híbrido de zulu com grego. O protagonista de Cidade Proibida é a impossibilidade, malgré tantas vidas aparentemente bem sucedidas. O avô mal resolvido da carreira diplomática, o tio low middle class do amante inglês, amante do sobrinho e de muitas mulheres, a cunhada incluída, esposas mal fodidas, etc., etc., tudo ressuma impossibilidade. Martim, o betinho jovem executivo e o seu "rapaz" inglês, Rupert, que acabou a dar aulas no Instituto Britânico de Lisboa, vivem uma "história" trivial entre dois homens, cheia de cornos no armário e com um gato mantido prudentemente à distância. Como em Persona, Pitta é enxuto e, quando quer, cruel. De tal maneira que, num romance supostamente queer, são as mulheres as figuras de recorte mais interessante. Maurice amava um fellow student que acabou casado com uma rapariga insignificante. A impossibilidade foi transposta pela janela quando o rapaz que distribuía as bolas no cricket- se não erro - subiu as escadas até ao quarto do menino rico. Na hora certa, Maurice, como lhe competia, trocou o incerto - o amor - pelo certo, a paixão e o sexo. Martim, no fim, com a cumplicidade de uma tia prevenida, também assenta numa avença com o porteiro do prédio, um despreocupado de vinte anos a quem o facto de a cidade ser proibida, não incomoda. A mim, leitor, também não.

29.4.07

TUDO O QUE ELE ESCREVEU E TUDO O QUE NÃO ESCREVI

Eu sei que não sou, nem pretendo ser, da "situação" e faço a justiça ao Eduardo Pitta de, em matérias bem mais importantes como a literatura, os livros e a identidade, também não ser. Todavia, e apesar de ainda não ter tido acesso ao "objecto em si", há mais de um mês que falei dele e, como em tudo o que escrevemos, de mim. Colocar dentro de um livro esta "poeira levada pelo vento" que são os posts é obra. Parabéns por ela.