A partir de agora, o espólio de Sophia de Mello Breyner está na Biblioteca Nacional. E entre hoje e amanhã decorre na Gulbenkian o "COLÓQUIO INTERNACIONAL SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN", promovido por Maria Andresen de Sousa Tavares e realizado com a colaboração do Centro Nacional de Cultura. Tardava este reconhecimento a uma grande poeta portuguesa contemporânea.
Faz da tua vida em frente à luz Um lúcido terraço exacto e branco, Docemente cortado Pelo rio das noites.
Alheio o passo em tão perdida estrada Vive, sem seres ele, o teu destino. Inflexível assiste À tua própria ausência. Do livro de Sophia, ali à direita (e emprestado do Almocreve)
Venho do lançamento do livro ali à direita que reúne a obra poética édita de Sophia de Mello Breyner Andresen. Notável trabalho da Caminho/Leya. Não devemos gastar muitas palavras a falar de poesia. Por isso, para Sophia, bastam duas: austeridade e precisão. «Não procures verdade no que sabes/Nem destino procures nos teus gestos/Tudo quanto acontece é solitário/Fora de saber fora das leis/Dentro de um ritmo cego inumerável/Onde nunca foi dito nenhum nome.»
Clips: João César Monteiro, 1970: Sophia de Mello Breyner Andresen