
Enquanto Ferreira Leite não se liberta - alguma vez conseguirá? - daquele inconsumível "economês" com o qual se dirige ao país, Sócrates deu mais uma corridinha no calcetão. Desta vez foi no Brasil, depois ou antes de uma prosa com esse "herói" da esquerda patológica mundial, o sr. Lula da Silva. O sr. Silva e Sócrates "convergiram" na "necessidade" de a política tomar conta disto. O "isto" é a economia e a regulação financeira dos mercados. Lula sabe do que fala. O seu PT não tem feito outra coisa senão "render-se" às luzes e às sombras desse agora execrável mercado. E cá, até há uns escassos dias atrás, a "esquerda moderna" também achava que tudo se movia perfeitamente e de acordo com os seus "ritmos" próprios, razão pela qual os nossos "reguladores" (fossem lá do que fossem) ou não se dava por eles ou eram (são) de gargalhada. O sr. Lopes, da ERC, por exemplo, só se aceita a título de uma trágica comicidade. O reinado do "lulismo" já conheceu melhores dias. As eleições em curso têm-lhe valido valentes pancadas, não só pelo primitivismo oportunista de muitos dos seus candidatos, como pela avaliação negativa que os brasileiros fazem do absolutismo "petista" instalado um pouco por todo o lado. Nietzsche explicou como os tempos ditos "modernos" seriam marcados pelo ressabiamento. O PT e os seus satélites, como o MST e outros, são a prova viva disso com a ocupação escandalosa que fizeram do Estado e das instituições brasileiras. Por seu lado, Sócrates, um anti-ideólogo, nunca perdeu tempo com falsas utopias. Todavia, e porque é essa a "moda" empurrada pela crise, convém-lhe trazer o Estado de volta e, à sombra dele, exibir a sua magnífica pessoa como "garantia" de que nada nos vai faltar. Como se, deste ou do outro lado do Atlântico, alguém pudesse garantir alguma coisa.Esta "cimeira" vale apenas o seu preço facial. Mais uma corrida, mais uma viagem.