17.1.10

BATATAS E NOIVAS


A pseudo polémica em torno do não assunto das "noivas de Santo António" parece dar razão àqueles, como eu, que sempre acharam que a imagem relevava mais do que a substância. As "noivas" foram uma criação do Estado Novo e o Estado Presente (uma inovação terminológica de Medina Carreira) quer apropriar-se dela para a propaganda tal qual o primeiro daqueles Estados. Lá onde as "noivas" se destinavam a satisfazer um princípio de caridade caro ao regime - os casais eram invariavelmente de origem social "baixa" -, agora, em nome do folclore ideológico chique que só se "casa" no Lux, as respectivas parcas já começaram a zurzir as canelas do edil de Lisboa, dado que as mordidelas na Igreja fazem, por natureza, parte do manual destes prosélitos. Vão cavar batatas.

9 comentários:

  1. ana laura7:22 da tarde

    Lisboa não é propriamente uma Cidade que saiba venerar o seu Santo. O Estado Novo criou as noivas de Santo António, o Santo casamenteiro. Alguma coisa fez ao invés desta gente que, deixa a Pádua a sua Veneração. Aliás, infelizmente, Santo António é conhecido como Santo António de Pádua e, a Igreja não é isenta de culpa.
    Aprovaram os casamentos entre homossexuais, têm todo o direito a candidatarem-se. Santo António, Santo da minha profunda devoção não se incomodará decerto com isso. Só que a Igreja de Santo António não é o Lux, nem as Vickies Fernandes de uma sociedade miserável nos seus valores. As leis quando se fazem aplicam-se, ponto. António Costa é o último modelo de coerência e outros epítetos. Valha-lhe Santo António.

    ResponderEliminar
  2. radical livre7:45 da tarde

    o actual nacional-socialismo é o estado novo em versão suburbana.

    das obras públicas aos subsídios nada mudou além das moscas e da ...

    até mantem ex-comandantes de bandeira no ministério
    e ex-seminaristas no grande oriente

    as noivas esconde
    fripór / cova da beira / face oculta / ...

    nas Caldas continua o ar-tusa-nato

    tragico-cómico

    ResponderEliminar
  3. Garganta Funda...8:09 da tarde

    O edil Costa, com essa atitude em relação aos casamentos de Santo António de Lisboa, deve ter ganho um lugar nos altares da Igreja Católica.

    À atenção de Suas Exc.Reverendíssimas...

    ResponderEliminar
  4. Não há mais nada em que gastar o dinheiro?
    Eu não sou católico e, como habitante de Lisboa, não quero ver o dinheiro dos meus impostos usados em casamentos de quem eu não conheço. Os que conheço ainda tento encorajar a fugir à forca...
    Enquanto houver esta mistura de religião com o estado nunca haverá progresso.
    Acabe-se com o casamento do dito santo e os gays deixam de queixar-se! Prontos! Tá resolvido!

    ResponderEliminar
  5. Cara D. Laura,

    Lisboa, os seus autarcas e habitantes não devem nada ao Sto António. Nem à igreja católica e todos os seus símbolos palpáveis anti-cristãos.
    Que diga que os católicos (cristãos) não tratam bem o Sto. António, aceito. No fundo quero lá saber. Mas não tome como certo a obrigação de tratar bem um santo num estado (pseudo) laico. Defenda os princípios de Sto. António mas não tente impor-nos as suas crenças.

    ResponderEliminar
  6. Cara D.Laura

    O Santo Padroeiro de Lisboa é S. Vicente de Fora.
    Nunca Sto. António.

    ResponderEliminar
  7. observador1:04 da manhã

    Já vai sendo tempo de se porém alguns pontos nos íís:

    1º - Os Casamentos Católicos, como os "de Santo António", são antes de mais regidos pelas regras desta religião;

    2º - A participação do Estado, via Câmara Municipal de Lisboa, deve ser só de apoio, como o deve fazer para outras Religiões, e NUNCA como mentor, impondo as suas regras cívis.

    Sendo assim, é conveniente:

    - que os homossexuais católicos, resolvam o seu "problema" com a sua religião;

    - que casamentos, de qualquer Religião, sejam essencialmente sustentados pela própria "confraria", sem grandes apoios do Estado;

    - se é por Caridade, para com os noivos, que se faz o evento, melhor fica á respectiva Religião prestar esse apoio, em exclusividade.

    Aliás, o princípio da Caridade é transversal a todas as Religiões, e das do Livro em particular.

    PS - Começa a ser monótona as estórias das "70 virgens". Infelizmente, as más acções não são exclusivas delas .....

    ResponderEliminar
  8. Pessoalmente, Santo António é o Santo de Lisboa porque aqui nasceu. Obviamente que falamos de algo diferente se nos referirmos ao padroeiro.
    Quanto aos políticos, no seu deve e haver com o Santo, ficam muito mal na fotografia. Como laicos, os presidentes João Soares e Costa deveriam evitar fazer a triste figura de, nas celebridades de Sto. António, a 13 de Junho, terem encabeçado a Sua procissão ao lado do Patriarca e toda a hierarquia católica lisboeta. Como já vi o triste filme, posso falar. A razão é simples, Sto. António é venerado pelo Povo de Lisboa, não pelas novas luminárias da inteligência e da moda e, esse POVO, dá muitos votos na contagem das freguesias. É aí, que a prosmicuidade política/Igreja é mais arrepiante, nestes fretes dos políticos que, terminada a função, voltam ao "modernismo". Quando dá jeito até parece que vão a rezar, quando não dá, nunca te vi e não te conheço.
    Católica e heterossexual, começo a sentir-me enxovalhada pela ortodoxia vigente, mas a diferença sabe bem.

    ResponderEliminar
  9. Muito bem escrito, meu caro João!
    Mais uma pérola! heeh

    Forte abraço,
    JB.

    ResponderEliminar