15.3.08

O PRIMEIRO VETO POLÍTICO

Quando, com a pompa e circunstância próprias da propaganda, Costa e Sócrates trocaram ternuras públicas por causa da transferência da gestão da zona ribeirinha de Lisboa para a Câmara, o segundo afirmou que estava a reparar um "erro estratégico". Cavaco Silva, pelo contrário, entendeu que quem estava a incorrer num erro - político - era precisamente a deslumbrada dupla socialista. O veto que apôs ao diploma do governo não necessita explicações. A brigada do betão, no entanto, é muito imaginativa, persuasiva e tem bons advogados. Literalmente. Aguardemos os próximos passos.

6 comentários:

  1. Talvez valha a pena ler a opinião de Alfredo Barroso, fundador do PS, acerca dos 3 anos de governo Sócrates: «Um “governo com resultados”... maus» [aqui]

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  2. Pois, isto cheira a mais uma vigarice e cedência a quem dá as massas aos partidos. Não tarda muito, até vermos a zona ribeirinha cheia de centros comerciais. Entretanto, vão demolindo o que resta da cidade.

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  3. «Entretanto, vão demolindo o que resta da cidade».

    Vejam em «O Estado Sentido» o ritmo assustador de "lesa-arquitectura" na cidade de Lisboa.

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  4. PR 2 - PS 0
    Graças a um PR apoiado por Eanes,
    já se evitaram dois erros monumentais:
    O da Ota e agora o de Lisboa/Tejo.
    JB

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  5. João, ora vejamos:
    novo aeroporto
    TGV
    nova frente ribeirinha
    novo parque logístico da área de Lisboa
    mais uns troços de autoestrada lá para a zona centro
    reabilitação da baixa de Lisboa (o mamarracho do observatório da droga, ao cais de Sodré, é um EXCELENTE exemplar daquilo que o regime deixa à posteridade)
    enfim, mais umas oportunidadezinhas para descascar meia dúzia de montanhas, destinadas a alimentar mais umas cimenteiras. De preferência, situadas em zonas protegidas que logo após, decerto estarão prontas para o sector imobiliário. Ah, como é doce, a fragrância do diesel das retro-escavadoras!

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  6. Não houve veto nenhum, a Presidência da República já desmentiu o Sol. O diploma (como tantos noutras circunstâncias) foi reenviado ao governo para "afinação". O desmentido é claro: "Não houve veto político".

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