3.7.07

UM LIVRO


Como diz a editora, a silly season ajuda a ler certas coisas. Este livro de António Costa Santos, sobre alguns "interditos" do Estado Novo, tem piada e tem uma excelente mancha gráfica. Salvo a óbvia separação dos tempos, teria tido a sua graça se Costa Santos comparasse a subtileza dos "proibidos" de hoje com a evidência, por vezes pueril, dos de ontem. E tem razão quando explica que adoramos policiar-nos uns aos outros. O Doutor Salazar e o engenheiro Sócrates, entre outros, não caíram do céu. Limitaram-se, afinal, a explorar este "Portugal profundo", o dos "proibidos" domésticos. "Proibido", de António Costa Santos, destina-se simultaneamente a fazer-nos sorrir e a pensar. Muito do que ali se conta, desapareceu. Só não desapareceu - nem nunca desaparecerá por completo - o que dá causa ao título do livro. O "proibido" está dentro de nós como uma doença incurável.

4 comentários:

  1. Por falar em interditos:

    http://cafepuroarabica.blogspot.com/2007/07/its-all-good.html

    Manifestantes anti-sócrates processados por determinação do governo civil de braga.

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  2. Anónimo2:01 p.m.

    Lá porque você vê as imagens dos posts, não quer dizer que elas estejam disponíveis para todos os outros visitantes.

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  3. Anónimo3:42 p.m.

    homessa. então quer dizer que qualquer um é bufo/controleiro/policia/ditador pelo simples facto de ser português. porra. é triste.
    é fado.

    (cheira-me que o livro poder ser excelente, mancha gráfica incluida, tirando as conclusões, que não sei de quem são: se suas se do autor)

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  4. Anónimo6:11 p.m.

    exacto, mas que merda é esta?

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